27- Final

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olha quem tomou vergonha na cara e decidiu voltar 🥳

gente, sério, me desculpem pela demora :(

esse é o último capítulo de Monster, mas resolvi dividir ele em duas partes pra não ficar tantaaaa coisa num lugar só

enfimm, boa leitura. leiam as notas finais por favor ^^'

-x-

Ushijima me deixou no meu apartamento minutos mais tarde, com uma quantidade exagerada de sacolas cheias de lanches e ele ainda teve a audácia de passar no mercado e comprar algumas frutas pra mim. O mais velho afirmou que eu estava muito magro e que soube que eu não estava me alimentando direito na prisão, então seria bom eu me comer aquilo tudo pra não ter um troço no meio da noite.

– Sabe que não precisava disso tudo, né? – falei olhando pra ele com a mão na cintura.

– Ora, claro que precisava. Veja só pra você; pele e osso.– ele balançou a cabeça de forma negativa.– Agora vai tomar um banho, enquanto eu esquento algumas coisas pra você.

Revirei os olhos com o exagero vindo da parte do mais velho.

Enquanto ele arrumava as coisas no balcão da cozinha, eu aproveitei pra olhar o meu apartamento. Estava do mesmo jeito, nada fora do lugar.

Eu andei pelos cômodos, parando no quarto e olhando fixamente para o guarda-roupa, tendo lembranças daquela noite. Ainda doía lembrar das expressões assustados dos meninos e da cara de desprezo do Wakatoshi.

Tentei afastar essas lembranças ruins e tomei coragem, abrindo a porta do guarda-roupa para pegar minhas coisas pra ir tomar banho. Olhei para baixo, onde ficavam minhas armas e vi que ali estava vazio.

Provavelmente os policiais vieram pegar tudo, mas eu não ligava... Não sinto falta delas.

❁❁❁❁

– Tendou, vem comer! – ouvi a voz do Hayato, assim que acabei de vestir uma roupa mais confortável.

Eu andei lentamente até a cozinha e me sentei no banquinho à frente do balcão. Olhei para o homem, que estava de costas para mim, colocando o refrigerante no copo e sorri.

Uma vez, Wakatoshi me contou que seu pai era muito antecioso e criava um afeto muito rápido por algumas pessoas. Eu me sentia estranho em relação a ele, até porque, por minha culpa o filho dele quase morreu, mas por algum motivo ele me tratava muito bem, se preocupando comigo e tudo mais.

Era como se eu fosse seu filho... Eu gostava disso.

– Prontinho, um refrigente geladinho pra você e um X-bacon caprichado! – ele colocou o copo, o prato com o X-bacon e alguns sachês de ketchup na minha frente e pôs as mãos na cintura, orgulhoso.

– Por que tá orgulhoso? Não foi você que fez o X-bacon.– eu falei rindo. Ele estreitou os olhos e suspirou.

– Você é um estraga prazeres, sabia?

– Você não vai comer? – eu perguntei e ele negou.– Por que?

– Eu não gosto de hambúrguer.– deu de ombros.

– Velho...– falei baixo, mas ele ouviu e acabou rindo. Agradeci pelo alimento e comecei a comer, tentando não parecer emocionado demais ao comer um x-bacon depois de dois anos.

– Bom, eu já vou porque tenho muitas coisas pra resolver na delegacia.– ele começou a falar depois que eu terminei de comer, fazendo eu levar minha atenção para ele.– Sua boca tá toda suja de ketchup.

Monster [Satori Tendou]Onde histórias criam vida. Descubra agora