The Protected [HyunIN - Stray Kids]

🍫⚟ - 05

[P.O.V Autora]

Jeongin não se lembrava de absolutamente nada.

Desde o momento que sua bolsa estourou na cachoeira, até estar dentro da banheira prontamente cheia, não se lembrava de nada.

Em torno de uma hora antes, quando Hyunjin havia notado que a bolsa do marido tinha estourado, tudo se tornou uma confusão. Os amigos saíram correndo da água e tiveram tempo de pegar Jeongin antes que este demaiasse, todos em desespero pelo repentino acontecimento, os bebês deveriam nascer só daqui um mês. O Hwang mais velho foi quem mais entrou em pânico, jurou que iria perder o Yang ali mesmo, no entanto, foi tranquilizado por Minho que afirmou que era apenas uma queda de pressão pela dor. A imagem do menor respirando com dificuldade e dizendo coisas sem sentido se estagnou na mente dele, o colocando em estado de alerta total. Com a ajuda de Chan e Changbin, eles levaram o Yang o quanto antes de volta para casa, o deixando na cama do casal até que recuperasse os sentidos e pudesse ir para o banheiro preparado pelo resto dos amigos.

Durante alguns minutos, Jeongin ficou na cama se contorcendo de dor, pedindo à Deus e o mundo que ele e seus filhos ficassem bem. Hyunjin não saiu em momento algum do lado do menor, por mais que este não conseguisse dizer uma palavra, o mais velho sabia que ele estava com uma dor absurda e um medo maior ainda. Minutos depois, o Hwang menor já estava ciente de tudo que ocorria ao seu redor, e não demorou à pedir que fosse levado até a banheira de plástico no banheiro de seu quarto. E agora, Jeongin se encontrava em lágrimas dentro da água morna, com Hyunjin fora da banheira dando sua mão para que o menor apertasse o quanto precisasse, ainda tinha o apoio emocional de Jisung, o único dos amigos que não tinha pavor de ver sangue e, por uma sorte gigantesca, ser auxiliar de enfermagem.

─ Jeongin, está me ouvindo bem? ─ Perguntou Han. ─

─ Estou... ─ Disse o Yang, sendo seguido de um alto grunhido de dor. ─

─ Okay, numa escala de um à dez qual sua dor?

─ Porra Jisung, dez é óbvio! ─ Jeongin não tinha costume de dizer palavrões em nenhuma situação, mas com uma dor tão forte e uma pergunta tão besta, era impossível não ser agressivo, sem a intenção, com o amigo. ─

─ Certo, deveria ter imaginado. Você ainda está com apenas cinco dedos de dilatação. Quero que toda vez que você sentir uma contração, empurre o máximo possível, okay? ─ Jeongin assentiu, e quando uma forte pontada o atingiu, ele fez o que lhe foi pedindo, chorando ainda mais quando a dor só aumentou. ─

─ Não dá, não dá mais. Eu não consigo. ─ Reclamou choroso. ─

─ Você consegue sim, Innie. ─ Hyunjin se pronunciou, beijando a bochecha vermelha do menor. ─ Pense que logo isso vai acabar e vamos estar com nossos três pequenos aqui, hm? Imagine a Yuqi, o Sunoo e o Sunghoon brincando pela casa, a gente ouvindo a primeira palavra deles, vendo eles andarem pela primeira vez, levando no primeiro dia de aula... Lembre, um momento de sofrimento, para uma vida inteira de alegria. Você consegue, Hwang Yang Jeongin.

Jeongin não poderia estar mais inspirado pelas palavras do amado, suas lágrimas de alegria se misturavam com as lágrimas de dor, foi das palavras reconfortantes de Hyunjin que o menor tirou forças para empurrar outra vez, seguindo com outro grito, porém este não desistiu e continuou seguindo as ordens de Jisung. No andar de baixo, todos se agoniavam com a dor do mais novo, ele era o protegido deles, o 'bebê' do grupo, saber que ele estava gritando de dor deixava o coração de todos partido, no entanto, sabiam que mais tarde teriam ele inteiro junto com os três sobrinhos deles. O parto seguiu por horas à fio, até que finalmente o primeiro choro foi escutado.

─ É a nossa Yuqi! ─ Exclamou Hyunjin, pegando a filha no colo quando Jisung a entregou em seus braços enrolada em uma toalha verde limão. ─

─ Ah, meu Deus. ─ Jeongin sorriu para a pequena, toda delicada, com cabelos castanhos ruivos assim como os dele, uma pintinha abaixo de um dos olhos, como a de Hyunjin, e por fim a cauda e as orelhas felpudas de raposa. ─ Você é tão linda meu amor...

─ Yang, força, temos mais dois, e estão vindo! ─ Avisou Jisung, todo sorridente e choroso, sua sobrinha era realmente linda. ─

Não demorou até os meninos aparecerem para ajudarem à cuidar das crianças. Seungmin foi o segundo à segurar Yuqi depois do pai da mesma, a colocando para dormir enquanto seus irmãos vinham ao mundo consigo. Minutos depois, nasceu Sunghoon, que diferente da irmã quietinha, chorou horrores, até o pai Hyunjn o segurar e acalmá-lo, o dando para Chan deixar o pequeno híbrido no outro berço ao lado de Yuqi, enrolado numa manta roxa. Sunoo demorou um pouco mais para vir, e para surpresa dos demais, ele nasceu humano, sem traços híbridos, porém, assim como todos os irmãos, nasceu ruivo e com a pintinha de Hyunjin à baixo do olho, os três pareciam cópias quase perfeitas um do outro.

Jeongin já não aguentava os olhos abertos, porém sorria sem limites, toda vez que via um de seus filhos vindo ao mundo, seu sorriso aumentava mais. Hyunjin estava igual, os olhos vermelhos de tanto chorar de felicidade, beijando o rosto cansado de seu marido. Ao que finalmente toda a dor havia passado, o menor já se encontrava banhado e bem acomodado na cama de casal com Hyunjin ao seu lado, Sunoo em seus braços sendo alimentado e Yuqi e Sunghoon dormindo tranquilamente nos berços improvisados.

─ Eles são lindos, não são? ─ Hyunjin comentou segurando na mãozinha do filho no colo do Yang. ─ Eles parecem mini cópias suas.

─ São perfeitos, eles também se parecem demais com você. ─ Aquela maldita pintinha debaixo do olho dos filhos e de Hyunjin eram a maior graça, Jeongin não conseguiria citar detalhe mais bonito do que aquela pintinha. ─

─ Como você se sente, anjo?

─ Para ser sincero, com um pouco de incômodo lá em baixo. ─ Riu baixo para não acordar as crianças. ─ Porém bem. Estou feliz em ter nossas crianças aqui conosco. E eu tenho que te agradecer, sem você, acho que não teria aguentado. Você me ajudou demais naquela hora, me deu forças, me deu esperança. Obrigado amor.

─ Você não tem que agradecer, fiz o mínimo para a pessoa que amo e o que você merece, todo o cuidado e carinho do mundo, agora esse carinho vai ser dividido com outros três, mas nunca que meu amor por você ou por eles vai mudar. ─ Hyunjin deixou apenas um selinho no menor, sabia que estes não tinha lá forças para qualquer coisa que não fosse ficar deitado pelo resto daquele fim de tarde. ─

─ Por favor, não me faça chorar de novo, eu já nem tenho mais lágrimas de tanto que chorei hoje. ─ Jeongin brincou já sentindo as lágrimas se acumularem nos olhos finos. ─ Eu te amo, e amo nossos pequenos. ─ Disse enquanto acariciava os cabelos rasos do filho humano, Sunoo. ─

─ Eu também amo você e nossos pequenos, vocês são as minhas maiores preciosidades.

Alguns minutos depois, Sunoo adormeceu no berço, e por fim foi a vez de Jeongin cair no sono ao lado de Hyunjin, que só saiu dali para buscar o jantar para este. Enquanto o Hwang mais velho jantava com os outros amigos, estes o enchiam de perguntas, sobre ele, Jeongin e os bebês. O maior respondeu alegremente, afirmando que os cinco estavam em ótimas condições de saúde, apesar do casal estar cansado não só fisicamente, como era o caso de Jeongin, como mentalmente, pois não havia sido fácil ouvir o choro descontrolado do marido por horas, doía saber que não podia acabar com aquela dor. Ao final, todos foram dormir tranquilos, a maioria deles ansiosos para ver as crianças, e Hyunjin não poderia estar dormindo melhor, com seu marido consigo e seus filhos ao seu lado...

Iria fazer de tudo para proteger eles.

Continua...
Acabou ainda não, segura que vêm mais! Espero que estejam gostando, estou aberta à sugestões ou idéias para está fic!
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