Sex Call - Parte I

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Juliette freire Intersexual
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- Ah sarão, qual é. Eu não acredito que você fez isso! - A voz de Thais soava estridente e eu me encolhia enquanto andava mais rápido em direção a saída.

- Thais, para. Só.. Para e me deixa em paz. - Murmurei olhando por cima do ombro mas no momento seguinte tropecei no meio fio. - Xinguei para o nada ao mesmo momento em que recebia olhares e tentei ignorar, ajeitando meu óculos de grau que havia escorregado pelo meu nariz.

- Merda Sarah, se você continuar desse jeito não vai só morrer virgem mas vai morrer bv também! - Thais sussurrou a última parte e eu fechei ainda mais meus olhos negando com a cabeça.

- Olha, entende uma coisa Thata. Eu vou falar devagar pra ver se entra de uma vez na sua cabeça. - Falei ao mesmo tempo em que parava de andar e fiquei virada para ela que a havia parado a alguns centímetros de distância.                     

- Hum. - Ela resmungou olhando as unhas e eu esperei ela erguer o olhar para que eu começasse a falar.                  

- Algumas pessoas nascem desinibidas. Algumas nascem tímidas fofas e tem eu. Que não me encaixo em nenhuma dessas opções. Eu não sou desinibida, eu não sou tímida do tipo fofa eu só... Existo Thais. Eu nasci pra ser sozinha.              
- Sarah eu não consigo entender, as garotas literalmente caem aos seus pés e você.. Você nada, fica abobada encarando parecendo que sei lá, te deram um pause muito louco. - Thais falava e gesticulava me fazendo soar ainda mais de nervoso. - A Luiza queria te beijar agora a pouco, você fugiu. SARAH VOCÊ FUGIU, VOCÊ CORREU! - Ela falou mais alto e eu olhei para os lados vendo que sim, já estávamos chamando atenção. E merda eu odiava qualquer tipo de atenção.

- Thais eu não consigo, ok? Eu não me sinto confortável beijando uma pessoa que eu mal conheço e pelo amor de Deus, para de chamar atenção. As pessoas estão olhando. - Resmunguei e Thais revirou os olhos.

- Eu vou te deixar em paz Sarah, mas você precisa urgentemente de ajuda. Isso não é normal. - Thais resmungou e eu revirei meus olhos voltando a andar pela calçada.

Já havia se passado uma semana e aquela frase de Thais continuava martelando na minha cabeça. "Isso não é normal" realmente poderia não ser. Não é como se eu quisesse morrer sozinha ou se não quisesse fazer algum sexo. Eu queria, porra, como eu queria... Só que as coisas simplesmente não funcionavam quando tinha outra pessoa na minha frente. Minhas mãos soavam, minha boca secava e eu perdia completamente minha habilidade de fala e isso acontece desde que entrei na escola. Enquanto minhas amigas falavam de garotos, garotas, beijos e sexo eu focava em livros. Lia tudo e qualquer tipo de exemplar que colocassem na minha frente e com isso, fui deixada cada vez mais de lado acabei apreciando ainda mais minha própria companhia.                     

Suspirei novamente olhando para o link que direcionava diretamente para o canal de comunicação e novamente as palavras de Thais soaram em meu cérebro. - Merda que seja. - Cliquei no link azul e aguardei alguns segundos para a página abrir.

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A página me direcionou novamente após um clique e rapidamente vi meu próprio telefone completar a ligação. Respirei fundo e coloquei meu telefone na orelha, Deus me ajude.

- Olá bom dia, me chamo Juliette freire, com quem eu falo?

A voz soou do outro lado da linha e como de praxe, fiquei muda alguns minutos sentindo as primeiras gotas de suor se formarem em minha sobrancelha.

one shots (sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora