one shots (sariette)

Paixão Na Academia

               
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Sem personagem Intersexual
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Acordei com o som estridente do despertador, um gosto amargo na boca e uma dor de cabeça insuportável.

                     

— Oh merda, eu nunca mais vou beber. - Falei pra mim mesma enquanto passava a mão no rosto tentando tirar a franja que caía em meus olhos.

                     

— Se não me engano você disse essa mesma frase semana passada e na anterior também.

                     

A voz de Thais era alta o bastante para me fazer afundar o rosto de volta no travesseiro.

                     

— Não precisa gritar caramba! - Rebati com a voz abafada.

                     

— Levanta branquela, já preparei seu café. E na próxima aprenda a beber. Qual a graça de encher a cara se for pra ficar assim no dia seguinte?

                     

— "Encher a cara" já é um motivo perfeito. - Respondi esticando a mão para pegar a xícara que ela estava segurando em minha direção. — Obrigada.

                     

— Só tenta maneirar na próxima. - Retrucou piscando.

                     

— Não terá próxima. - Falei depois de aspirar o cheiro de café.

                     

— Me fale isso semana que vem, quando você "não" me ligar completamente bêbada pra eu te trazer pra casa. - Ela usou o tom parecido com o que minha mãe usava quando eu aprontava quando era pequena. — E se apresse. Está quase na hora. - Ela falou olhando para o visor do celular e se levantou pegando a mochila.

                     

— Por Deus Thais, quase na hora de quê? - Arqueei meu corpo para bebericar o líquido quente.

                     

— Você começa hoje na academia, esqueceu?! - Perguntou levantando uma sobrancelha.

                     

— Eu vou na próxima segunda, prometo!

                     

— Nada disso Sarah, você vai levantar essa bunda branca daí, vai se arrumar e descer em quinze minutos. - Thais falou séria e bateu a porta em seguida, me fazendo fechar os olhos com força e respirar fundo.

                     

—Filha da puta! - Murmurei direção a porta fechada que se abriu na mesma hora.

                     

— O que você disse Sarah? - A voz de Thais ecoou alto no quarto.

                     

— Que você me assusta Thais r, me assusta! - Reforcei quase enfiando a xícara dentro da boca.

                     

Ela fez um som com a língua. — Pensei ter escutado outra coisa. Deve ser coisa da minha cabeça não é?!