2. Emoções a flor da pele.

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Capítulo 02

TRIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

O sinal bateu.

- Larissa? Larissa!

Olho para trás, ele estava com as caixas no braço e tentando se equilibrar com elas.

- Você está aí faz 5 minutos, você vai me ajudar? Ou vai para o recreio?

Era apenas um devaneio.

- Eu vou te ajudar. - falei desanimada.

Andamos para o auditório, aquilo era exatamente um enorme Déjà vu

A diferença é que nós não iríamos nos beijar, com certeza.

- Essas caixas são tão pesadas.

- Quer que eu as segure?

- Você não vai agüentar.

- É claro que eu agüento.

Peguei algumas caixas de som, olho para ele com uma cara de "Viu só? eu sou incrível".

- Tem certeza mesmo que você agüenta isso tudo, Larissa?

Quando eu ia responder que sim, tropeço e deixo cair 4 caixinhas no chão.

"Droga, foi a minha vez de deixar cair no chão." Pensei "Mas quem sabe dessa vez algo acontece?"

- Eu avisei.

Ele correu para me ajudar a arrumar a bagunça.

- Genial. Eu sou muito desastrada.

- Tudo bem, eu também sou, uma hora ou outra nós iríamos derrubar essas caixas. - Riu

Abri um sorriso. Apesar de acontecer alguns problemas ele sempre tem o humor em pé.

A mulher que se casasse com ele seria tão sortuda...

Depois de algum tempo, percebi que eu tinha falado isso um pouco alto demais.

- N-não o senhor, mas... Não é que a mulher que se casasse com você não seria sortuda...

- Já entendi, Larissa.

- Entendeu?

Vibrei por dentro.

- De qual turma ele é?

O que?!

- Hã?

- O cara que você ama.

Ah, ele não é de nenhuma turma, ele DÁ AULAS!

- Ele não estuda aqui.

- Em qual escola estuda?

- Digamos que ele já terminou os estudos.

Ele ficou sério, ele devia ter entendido dessa vez. Eu estava queimando de vergonha, eu não tinha coragem suficiente de ser direta.

- Sua mãe sabe que você gosta de um cara mais velho?

Silêncio. Isso, toca na ferida.

Minha mãe daria chiliques se soubesse.

- Não.

Ele sorriu e balançou a cabeça negativamente.

- Eu ainda quero saber o nome dele.

"É sério que ele não entendeu até agora?" pensei.

Suspirei, eu cansei.

- É você.

Outra caixa de som cai.

- O que?

Engoli seco.

- É você.

Suspirei, ele estava sério, ou estava assustado e eu não percebi?

- Eu tenho uma paixão platônica por você. - minha voz saiu tremida, droga, droga, droga!

- Eu? Que honra! - riu.

"Por favor, não leve isso na brincadeira!" pensei, quase sem esperanças.

O sinal bateu. O recreio havia acabado, eu me sentia uma idiota e uma boba. Porque eu não fiquei quieta?! Por que?! - Vou na sala pegar minhas coisas. - falei, eu estava prestes a chorar feito um bebê. Eu sou um bebê.

- Larissa. – me chamou - Não vou mentir que te acho uma garota incrível...

+10 pontos de esperança.

- ...Só preciso pensar sobre isso, ok? - Falou sério, com um rosto meio confuso sobre a situação.

Sorri fraco.

- Ok.

Ele assentiu com a cabeça, suspirando.

Talvez seja verdade aquele ditado, depois de uma tempestade, um arco-íris sempre vai aparecer.


Teenage Dream | Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora