8. Carol

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Capítulo 08

- Você o que?! - Caroline olhou para mim assustada.

- Sério que você está espantada? - falei com sarcasmo.

Carolina, minha melhor amiga, estava em minha casa, sem entender absolutamente do que eu dizia.

Como eu sabia? Ela estava com o rosto confuso fazia 7 minutos.

- Não acredito, não acredito. - jogou a almofada em mim e levantou. - Não tem como, juro! não acredito.

- Dá pra parar com isso e me ajudar? - questionei, ela andava de um lado para o outro e isso me irritava.

Eu havia revelado para ela, que meu amorzinho platônico acabou de ser realizado.

É claro que ela está em choque, aquilo me irritava profundamente.

- Promete que não vai contar à ninguém? - olhei em seus olhos, ela passava as mãos pelo rosto.

- Claro, mas se a situação ficar... - engoliu seco. - tensa, vou ter que contar para sua mãe.

A "situação tensa" que ela queria dizer é o que?

Fiz uma cara confusa.

- Hã?

- Gravidez.

- Ta louca?!

- Ah, você é maluca. - sorriu e deu de ombros. - vai que ele se aproveita de você e te deixa grávida? E pior, some?!

Revirei os olhos.

- Desde quando isso?! - questionou

- Ah, desde o primeiro dia de aula.

- Não é muito tempo, tem certeza que ele não está se aproveitando de você?

- Ele tem cara que aproveita de meninas? Nós conhecemos ele à 3 anos! Fala sério!

- Você deveria ter me contado isso antes. Sério.

- Você sabe que eu me arrisco demais na primeira oportunidade.

- Você não se arrisca, você SE JOGA!

- Eu preciso que você me ajude. Por favor. - fiz beicinho.

- Huh, ok. - deu de ombros. - Mas eu quero saber de tudo, ok?

Sorri e assenti com a cabeça.

- Tome cuidado, pelo amor de Deus. - me abraçou, quase me sufocando. - Se você aparecer grávida, eu mato você e aquele professor otário.

- Ok, já ta bom Carol.

- EU TÔ FALANDO SÉRIO! - apontou o dedo na minha cara.

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É claro que minha mãe acreditou. Deixou e ela nunca ligava para a mãe de Carol, somente quando havia algo muito importante.

O prédio era perto da casa da Carol, sinceramente, era bem sem graça por fora, mas por dentro parecia um hospital chique.

Olhei para trás e o vi saindo do carro.

Ele carregava uma sacola com um pote de sorvete.

- Uh, eu comprei sorvete, só não sei se você gosta...

- Claro que gosto – respondi, sorrindo. – Não me diga que você foi comprar sorvete só por minha causa.

- Eu não costumo receber adolescentes em casa, então pensei que ter um pote de sorvete me faria parecer mais... Jovem, talvez? – riu

Revirei os olhos, ainda sorrindo.

Ele não precisava de mais nada pra parecer mais jovem, seu corpo e seu jeito lhe davam a aparência de um cara de 20 anos.

Ele abriu a porta e eu o segui até o interior do prédio, não é normal um homem de 30 anos aparecer acompanhado de uma garota de 15, ainda mais no prédio dele.

Pegamos o elevador, encostei-me na parede e observei-o.

Ele apenas sorria e olhava para porta.

Ele devia achar muita graça daquilo.

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Não era um apartamento muito grande, mas era mais que suficiente pra uma pessoa só.

A organização da casa, tudo estava arrumadinho demais pra um cara que morava sozinho (o que só reforçou minha opinião de que Harry era todo certinho).

- Só me deixaeu colocar esse sorvete no congelador pra gente tomar depois – ele pediu, correndo até a cozinha e me deixando na sala.

Dei uma olhada rápida pelo apartamento, reparando nos detalhes básicos, tipo a decoração.

E não demorei muito a sentir os braços dele envolvendo minha cintura por trás de mim. 

- Esse apartamento é novo – ele comentou, colocando o queixo em meu ombro – Não faz nem dois anos que eu me mudei pra cá. É bem confortável, apesar de não ser tão grande.

- Fiquei muito feliz pelo convite. Obrigada por me deixar conhecer sua casa.

- Não sabe o quão feliz estou por apenas você estar aqui. – sorriu, me encarando profundamente – Só de saber que estamos seguros, sem termos que nos esconder de ninguém, já é um alívio enorme.

Essa frase me soou estranha.

Nós estávamos nos escondendo bastante, na escola, na rua, nas aulas.

Eu sentia a pressão em mim, mas talvez ele não.

Ele deslizou as mãos dos meus quadris até a lateral das minhas coxas, unindo nossas testas. Apoiei-me em seus ombros, e num movimento rápido, envolvi sua cintura com minhas pernas, fazendo com que ele me carregasse. Eu beijei-o, enquanto ele dava alguns passos até me prensar contra a parede.

Pressionando seu corpo contra o meu, Harry parecia estar muito mais solto do que na escola, embrenhando suas mãos nos meus cabelos e agarrando-os com força.

Eu sentia minhas mãos tremerem, fechei os meus olhos e me forcei a parar.

Passei a distribuir beijos em seu pescoço. Harry passou suas mãos por debaixo das minhas pernas, apertando o interior das minhas coxas e me puxando pra mais perto dele.

Senti meu corpo amolecer, é muito difícil de acreditar em momentos assim.

Eu aposto que depois eu iria me arrepender disso tudo.

- Se continuar caprichando assim eu vou cair, pequena – ele sussurrou, e eu me afastei, recuperando o fôlego.

- Quer que eu pare? – perguntei, com um sorriso safado e uma sobrancelha erguida. Harry fez cara de derrotado e rapidamente passou os braços por debaixo de mim, me carregando até chegar ao sofá.

- Eu ia te levar pra conhecer o meu quarto, mas parece que você tá com um pouco de pressa – ele falou todo maroto, me jogando no sofá.

Pude ver seus olhos brilhantes correndo pelo meu corpo estirado entre as almofadas.

- Teremos todo o tempo do mundo para conhecer, pode apostar. - sorri.

Entendendo minhas verdadeiras intenções ao usar a palavra "conhecer", Harry abriu a boca, surpreso, e começou a rir.

Teenage Dream | Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora