7. Relógios que voam

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Capítulo 07

Olhei em seus olhos e sorri.

Ouvi um barulho agudo tocar, o tempo, que seria dele havia acabado.

E era recreio.

Suspirei de raiva.

- Eu tive uma ideia. - sorriu. - Que tal se hoje, você fosse lá em casa?

N-na casa dele? Caramba!

- Você quer que eu vá pra sua casa... Hoje? - gaguejei, aquilo era algo muito... Surpreendente.

- Sim. - Harry confirmou.

Olhei para o lado e comecei a pensar, se eu mentisse para minha mãe que eu iria dormir na casa da Caroline?

- Eu pensei que por ser sexta-feira, você não tivesse nada pra fazer, mas tudo bem se você não puder ou não quiser, não tem problema nenhum, eu não quero te pressionar a fazer nada, foi só um convite...

- Que horas eu posso chegar? - perguntei, meu coração dava pulos de alegria e ansiedade.

Ele olhou para mim com certa desconfiança e um sorriso malicioso.

- Quanto mais cedo, melhor - ele respondeu, parecendo realmente surpreso com a minha resposta - Eu tenho a tarde toda livre hoje.

- Combinado então - assenti, deslizando minhas mãos pra cima até envolver seu pescoço, minhas mãos chegavam a tremer - É só me dar o endereço e eu vou.

- Quer que eu vá te buscar na sua casa? - ele sugeriu.

Como se fosse normal um cara de 30 anos buscar a aluna de 15 na casa dela pra levá-la ao seu apartamento.

- Melhor não, minha mãe daria ataques loucos e meus vizinhos iriam fazer fofocas terríveis. Melhor eu ir sozinha mesmo.

É só dizer que to indo pra casa da Caroline e ela deixa na hora.

Nossas mães são amigas, e nós também, então eu vivo indo pra lá.

- Você que sabe. - Harry sorriu.

E eu pude ver que seus olhos estavam brilhando de ansiedade

- Quase desisti de te convidar com medo de que você não gostasse da idéia.

- E por que eu não gostaria? - falei, sorrindo também

- Impressão. - riu.

- Não foi você que falou que eu deveria me arriscar mais?

- Acho que não, mas seja quem for, esse cara merece muito um beijo daqueles bem caprichados.

- Ah, merece, é? - repeti, sorrindo feita boba.

É, não deu tempo de pensar, porque quando vi já estava beijando-o daquele jeito que fazia meu sangue formigar dentro das veias.

Desfiz-me do beijo e suspirei.

- Temos que ir.

- Isso magoa. - fez beicinho.

- Você tem que dar aulas, eu tenho que estudar. - apontei para ele e depois para mim mesma. - Se é que eu vou conseguir, depois dessas horas com você.

- Nem me pergunte como vou conseguir dar aula. - riu. - Você me deixa bobo, Larissa.

Rimos e saímos do carro.

Era uma sorte não haver ninguém ali.

Entramos na secretaria.

- Espere, tenho uma idéia.

Ele abriu uma porta e me deu um caderno.

- Finja que estava estudando.

Segurei-me pra não gargalhar.

- Ta bom! - ironizei - Duvido que acreditem.

- Ahh! Pelo menos tente. - sorriu.

Abraçamos-nos e depois eu saí da secretaria.

Senti os olhares dos professores e dos alunos em cima de mim, eu sou uma aberração para eles?

- Acalme-se, Larissa. - falei para mim mesma.

Teenage Dream | Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora