17. Eu te amei

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Capítulo 17

Gabriela, a diretora, jogou um bolo de papéis na mesa.
- Não é a primeira vez que isso acontece.
Olhei para Harry, para em seguida, olhar para Laura, sua noiva, na verdade, ex-noiva.
- Várias meninas vieram aqui a pedido dos professores porque elas falavam demais sobre Harry. E eu claro, nunca me importei que elas sentissem alguma atração ou paixão. Namoro um cara 15 anos mais novo, então...
- Mas isso é crime! - Laura rugiu.
- Não é, se os dois quiserem. - olhou para mim e o Harry.
Ouço a porta abrir, minha mãe entra e fecha os olhos, respirando fundo.
- Olá, senhora Martins, sabe o porquê que está aqui?
- Espero que seja sobre como minha filha é uma ótima aluna. - falou, com certa ironia.
- Sua filha, além de ser uma excelente aluna, atrai homens da sua idade.
- Eu não o atraí. Fui eu que insisti. A culpa é minha.
Ele respirou fundo, olhou para minha mãe, que desviou o olhar.
- Era por isso que você ia quase todos os dias dormir na casa da Carol ou da Joyce?
- Eu...
- Sem contar as diversas vezes que eu ligava para casa das outras meninas e elas diziam que você estava na casa de uma, de outra, sendo que você estava dormindo profundamente na sua cama.
- Mãe!
- Você sabe que eu odeio mentira, ainda mais quando é sobre amor. Você é igual ao seu pai, burro velho e mentiroso. E não duvido nada que esse seu professor não seja um.
As lágrimas e a vergonha subiram à pele.
Todos esses dias, passei me arriscando por ele, mas em nenhum momento pensei nas conseqüências e no final disso tudo.
Eu amei profundamente o Harry, sua lábia e seu corpo perfeito havia me enganado seriamente.
Mas algo na minha cabeça apitava e se a gente fugisse? Mas isso não iria acontecer, porque ele não me ama.
- Ela vai para a casa da Avó. Está decidido. - gritou
- Mãe, já chega!
Um estalo soou na sala. Ela havia me dado um tapa.
Eu estava acostumada com ela me batendo, mas ela nunca foi capaz de fazer isso na frente de pessoas.
- Não chore, na hora de você transar com esse homem, você não chorou.
A diretora observava quieta e sem interesse.
- Olha, isso já basta. - Laura levantou. - Eu deveria ter escutado o seu irmão, Harry. Você não presta.
- Mas...
- Você ainda quer debater? Você não tem mais argumentos! Você acabou com a vida dessa garota! - apontou para mim. - e de sei lá quantas outras. Você me decepcionou.
Ela bateu a porta.
- Você vai fazer suas malas. – minha mãe me empurrou.

As lágrimas caíam, eu me sentia indo para prisão. Era como no livro que eu havia lido, a menina se arriscou e infringiu uma lei, porém ela e o seu namorado foram apunhalados juntos.
Eu estava sofrendo por nós dois, a cicatriz feia havia sido construída de uma forma lenta.
- Harry... Eu te amei, muito. E você sabia disso. - falei, entre lágrimas. - Espero que você não precise saber o que é viver sem uma pessoa por tanto tempo, é doloroso demais.
- Vamos, sua piranha!
Senti os olhares em cima de mim, eu estava levantando uma bandeira invisível com as palavras: "eu desisto, vocês ganharam"

Nota: Parei de escrever por causa de uns motivos bem tensos, desculpa!

Teenage Dream | Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora