Teenage Dream | Harry Styles

18. Fugir?

Capítulo 18

Em meio de lágrimas, eu arrumava minhas roupas lentamente.
Quando abri a gaveta da mesinha, achei uma carta, em vez de jogar fora, abri e comecei a ler.

"Harry, Harry, Harry... Esse nome flutua pela minha cabeça 24 horas por dia. Seja na aula, na rua, no jantar em casa ou em qualquer outro lugar.

Minto para as minhas amigas quando elas me perguntam de qual cara estou gostando. Já disse uma vez para a Carol, mas ela deu um ataque de nervos louco, falando que sou uma doente e tudo mais.
Odeio quando as pessoas se importam tanto com as aparências, eu nunca liguei pra idade ou beleza, mas as outras pessoas sim será que você se importaria também?"

Refleti com aquelas palavras, a quão tola e longe eu estava indo com aquele sonho adolescente bobo.
De noite, eu encarei minha mala, não estava acreditando nesses erros tolos, traições, conseqüências... Eu quero sumir. Eu estou no fundo poço e não tenho mais o que fazer pra mudar a situação.

Ouço estalos, olho pela janela.

Harry acena para mim.
Apesar de tudo, ele nunca desiste.
Bufei e joguei o cabelo para trás. Abri a janela e a brisa fria do outono bateu no meu rosto.
- O que você quer?
- Uma segunda chance.
Revirei os olhos.
- Podemos conversar? Tomar um café?
Olhei para o lado, minha mãe dormia pesado, então ok.
Fechei a janela, coloquei uma calça, uma blusa lisa e uma jaqueta, peguei as chaves silenciosamente, junto ao meu celular.
- Oi.
- Oi. - sorriu.
Ele respirou fundo.
- Desculpe.
  Permaneci em silêncio. Beijei-o, senti meu corpo vibrar.
- Uma pergunta, você viu a data das mensagens do meu Facebook?
Olhei para o lado.
- Não, por quê?
- 2013 e 2012.
Franzi.
- Não me diga que eu me estressei...
- À toa. Isso que eu queria te falar. Laura é uma ex minha, que sempre me ameaçou. E eu a mandei pra longe faz um bom tempo. Ela me ameaçou semana passada, mas não achei que ela faria algo realmente.
Olhei para o chão, então a culpa já não era mais minha.
Entramos num café, ele pediu e sentamos numa mesa no canto.
- O tempo todo foi você que eu amei, meu coração se partiu ao ver você daquele jeito. Eu nunca confiei em sua mãe. Eu sinto muito.
Eu permanecia quieta, girando a caneca de porcelana.
- Eu não consigo dizer mais aquela frase. - olhei em seus olhos.
Ele fechou os olhos e ajeitou o cabelo.
- Eu sinto muito...
Um silêncio ficou entre nós.
- Eu estava pensando... E se nós... Sabe... Fugir?
Olhei para ele com os olhos arregalados.
- Até que não é uma má ideia.
Ele sorriu.