15. Jantar

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Capítulo 15

- Você tem certeza que ele não está...

Olhei para ela, por cima do ombro.

Tive que contar sobre isso com a Carol, ela estava tentando entender à situação. Nem eu conseguiria. Eu estava abalada.

- Claro que não. – falei, suspirando.

- Ele pode estar sendo certinho demais, não acha?

- Não acho, acho que ele está sendo ele mesmo. O que há de errado?

- Não é isso, acho que ele está fazendo isso porque não agüentaria te ver triste. Você não entende? Flores, cartões, abraços, jantar! - apontou para mim, enquanto arrumava o vestido preto. - Ele está indo longe com isso.

- Aonde você quer chegar com esse discurso?

- Quero que você tome cuidado, não... Pra... Tipo, fugir dele. E sim, tomar cuidado com essas ações dele. Eu não confio nele. - cruzou os dedos.

Mordi o lábio, ela podia estar certa.

- O que acha? – abri a mochila, colocando o vestido que iria usar no jantar.

- Vulgar. - falou, ainda brava. - Estou falando sério. Tome cuidado.

Reviro os olhos.

- Eu vou.

- Eu não quero vê-la sofrendo. Sabe que me dói muito te ver chorando.

2 horas depois...

Sinto seu olhar pelo meu vestido preto, justo.

- Você está incrível. – Harry abraçou-me, senti seus dedos em minhas costas nuas. Eu não demonstrava emoção. Eu ainda estava um pouco triste.

Olhei para o chão do carro, a pulseira ainda estava ali, ele sequer tinha tirado.

Comecei a ter paranóias. Imagens aleatórias dele com outra mulher me faziam ficar louca e queimar de raiva por dentro, eu não aceitava que ele ficasse com outra, se é que ele tem outra. Eu me importava muito com aquilo. Será que só porque sou uma adolescente, ele vai me desvalorizar e achar que sou burra o suficiente para não acreditar naquilo tudo?

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- Larissa, você não vai comer? - falou, indignado.

Eu apenas revirava aquela mini porção de comida em meu prato, porque que restaurantes chiques têm que ser tão desconfortáveis e ter comidas tão minúsculas?

- Ahn... Acho que não estou com fome.

Ele olhou para mim sério e depois colocou os garfos em cima do prato, com raiva.

Olhei para ele assustada, ele nunca se exaltava.

Ele se levantou e saiu.

Eu fiquei ali, bebendo água, eu não estava nem um pouco a fim de beber algo alcoólico, nunca bebi e não vejo graça de beber.

Depois de alguns minutos ele voltou.

- Vamos, já chega.

Levantei-me, ele andava furioso e um pouco inalcançável. Ele estava intocável.

Entramos no carro.

- Harry... O que há de errado?

Ele suspirou.

- Eu que te pergunto, eu queria que essa noite fosse perfeita!

- Eu... Eu...

- Sempre que te agrado, você se fecha e me ignora a noite inteira.

- Desculpe. - comecei a soluçar. - Me desculpe!

- Me diga o que está acontecendo!

Coloquei as mãos em meu rosto. Eu odiava chorar com alguém me olhando.

- Os comentários das pessoas estão me rodeando. – menti e comecei a chorar, mas não era por esse motivo.

Ele suspirou.

- Eu sinto muito. - me abraçou.

Eu precisava mentir. Eu preciso de provas para dizer sobre a pulseira e a possível "traição", pode ser de outra pessoa, ou de uma prima, ou de uma irmã, ou da mãe... Eu não sei. Mas não posso julgá-lo.

Ele me beijava tão delicadamente, mas meus sentimentos nem sequer pulavam de meu coração. Apenas lágrimas e mais lágrimas, aquilo seria muito difícil.

Eu não sentia absolutamente nada naquele momento.

Eu não sentiria orgulho nenhum em ser amante dele, mesmo que eu o ame com todas as forças.

- Eu a amo muito, lembre-se disso.

Talvez... Talvez...

Pode ser pena, pode ser tudo. Existem tantas reações... Tantos finais diferentes... Eu me sentiria horrível se o final fosse o pior.

Os toques, que eram super intensos, ficaram fracos. Cada dia mais eu tinha dúvidas e mais dúvidas, eu fingia acreditar em cada uma de suas palavras. Mas quando eu fechava a porta de casa e sentava no sofá, eu desabava de chorar.

A última coisa que eu queria, era me afastar dele. Eu amo ele tanto, ele é o mundo pra mim, perco fôlego em pensar perder ele.

Mas não posso arriscar ter uma vida que não deveria ter. Eu não me vejo assim, a fruta proibida de uma pessoa, será que essa "namorada" sabe da minha existência? Ela é mais velha?

Dúvidas, elas são muito dolorosas.

Fiquei o resto da semana tentando entrar no Facebook dele, quando finalmente consegui, ri de mim mesma por ter ignorado a primeira senha, eu achava tão tola, pior que era só isso mesmo.

Fui direto às mensagens, minhas mãos começaram a tremer.

Eu não era a única namorada dele.

Teenage Dream | Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora