» H O W A R D
— Um cappuccino com muito chantilly por cima, e waffles por favor! — faço meu pedido a garçonete.— Claro que não! Como vai pagar a conta? Não tem um centavo no seu bolso. — a garçonete que por incrível que pareça, é a minha mãe.
— Ah seja gentil senhorita Janet Howard, pode permitir que seja por conta da casa...— pisco para ela e a mesma bufa irritada.
— Já disse que não! Se quiser alguma coisa coma em casa. — ela mandou e foi para os fundos.
Qual é a vantagem da sua mãe trabalhar numa lanchonete e não poder desfrutar disso?
Dou meia volta andando em direção a mesa que estou sentada com minha amiga Lisa. Ela desvia o olhar do celular em sua mão e olha para mim com uma cara nada boa, uma cara de raiva e surpresa e eu fico tensa.
— Porque está me olhando assim? — pergunta sorrindo nervosa.
— Então é verdade? — pergunta.
— Verdade o que Lisa? — questiono confusa.
— Não se faça de sonsa Molly! — ela se altera. — Eu vi os prints.
— Do que você está falando? Que prints?!
— Das suas conversas dando em cima do meu namorado! — ela exclama com raiva.
— Você está maluca? Eu não tenho nenhuma conversa com ele! — digo.
— Ah claro, então quem mandou isso? — pergunta e estende o celular.
Vejo realmente a minha foto de perfil, e o meu jeito de escrever. Conversas do tipo "eu sou melhor do que sua namorada" , mas eu não fiz isso.
— Lisa isso é um mal entendido, alguém pode ter feito isso de propósito, eu nunca faria isso com você! — falo tentando manter a calma. — Você viu se o número é mesmo?
— Para de tentar se safar Molly, assuma que você estava dando em cima do Bryan! — ela grita chamando a atenção de algumas pessoas dali.
Rapidamente pego em sua mão para fora da lanchonete, nós não podíamos discutir no ambiente de trabalho da minha mãe, ela me mataria depois porque passaria vergonha pois todos os funcionários dali sabem que sou filha dela.
— Me solta Molly! — grita assim que chagamos perto do seu carro.
— Lisa por favor não acredita nisso, é mentira e talvez pode ter sido o próprio Bryan que— sou interrompida pelo tapa de Lisa em meu rosto.
— Como ousa dizer que foi Bryan que fez aquelas mensagens? Você é muito baixa mesmo. — diz com desgosto.
— Sabe Lisa...— respiro fundo e encaro ela. — Se você não fosse tão retardada notaria que seu namorado vive metendo chifres em você! — sorrio e ela fica incrédula.
— Eu devia ter ouvido ele quando disse que não era bom fazer amizade com você. Nessa irá se arrepender de ser sua amiga também. — fala abrindo o carro. — Você é uma vadia Molly Howard.
Ela arranca com o carro ao dizer isso, eu apenas solto um suspiro de frustração. Olha para lanchonete e minha mãe está atendendo um casal, então rumo o caminho para casa.
~ ⌚ ~
Chegando em casa percebo que o carro do meu irmão está na garagem que está aberta, droga. Pego minha chave que está no meu bolso e destranco a porta, mas senti como se alguém estivesse me observando e me virei para trás, vendo o meu vizinho estranho.
Ele estava parado na porta de sua casa, totalmente imóvel com seu cigarro em sua mão, olhando para mim. Confesso que ele me dá um pouco de medo, ele é estranho, pelo o que eu saiba não tem amigos, e é totalmente isolado.
Ele se mudou para minha rua a uns meses, e sua mãe é bem amigável, ela conversa às vezes comigo então comentou sobre isso. Ela disse que ele apesar de tudo, é um garoto normal, mais eu discordo.
Percebo que estou encarando ele demais, e uma leve curiosidade de saber quem ele é bateu. Talvez se eu conhecesse ele não seria tão ruim, mais desvio esse pensamento e meu olhar dele e então, entro em minha casa. Ela está silenciosa, e agradeço aos deuses por não encontrar meu irmão.
Chego em meu quarto e me jogo na cama, penso no que aconteceu hoje a tarde, aposto tudo que tenho que foi Bryan que fez aquilo. Lisa ama demais ele para perceber, o que ridículo, eu poderia ficar bastante chateada mas eu já esperava isso da parte dela. Depois de longos minutos pensando em mais algumas coisas, adormeço.
~ ⌚ ~
Acordo com fortes batidas na porta, um pouco sem noção por levantar rápido destranco a porta e encaro meu irmão.
— Você só sabe dormir? Não faz algo de útil na sua vida não? — começou fazendo seus insultos com seu tom grosso.
— O que você quer? — pergunto querendo voltar para minha cama.
— Vou sair e não volto hoje. Sua mãe vai chegar tarde do trabalho. — diz, com sua voz mais calma.
— Tudo bem. — digo rápida.
Ele me olha de cima a baixo, e se vira descendo as escadas e ouço a porta bater. Volto para a minha cama na intenção de dormir de novo, mais falho pois meu sono foi embora.
Desço e faço um sanduíche para mim. Eu estou entediada, uma hora dessa eu estaria conversando com Lisa.
Sinto meus olhos pesarem, então desligo a tv, e me lembro de ter que jogar o lixo fora, me arrasto até a porta saindo com o lixo enorme em minhas mãos. A rua estava vazia, e isso era mais entediante ainda.
Antes de entrar, olho para a casa da frente, e me assusto ao ver que meu vizinho está na sua janela, olhando diretamente para mim, eu sabia que era ele, pois a luz da lua refletia seu rosto perfeitamente. Com rapidez, entro em casa trancando a porta com um certo medo.
Mesmo que eu nunca tenha chegado perto dele, para analisar seus olhos, o pouco que minha visão me permitiu enxergar, vi que seus olhos são frios, sem emoção como se não tivessem vida.
Será que os olhos dele sempre foram assim?
000. primeiro cap sempre ruim.
001. eu tô muito nervosa postando isso, AAAAAH.
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the strange neighbor || Vinnie Hacker
Romantizm|• - " essas alegrias violetas, tem fins violentos. - "