Kwon nunca superou a morte do seu irmão.
Sua mãe menos ainda, a depressão a consumiu aos poucos e logo, seu estado piorou.
Com isso, depois de perceber que não poderia ficar parada diante da doença, a mais nova acabou assumindo o controle da casa.
Minji se tornou alguém tão fria desde cedo por conta da imensa responsabilidade, já que em sua cabeça, precisaria sempre resolver tudo e não teria tempo para o lazer, ou qualquer outra atividade.
Terça-feira
Seis diasNo dia seguinte, sua rotina foi a mesma.
O sentimento de tormento pelo aniversário da morte de seu irmão estar se aproximando aumentava cada vez mais e ainda não poderia fazer nada em relação.
Pois sabia que iria acontecer algo de ruim. Sempre acontecia. Já tinha um mau presságio e nada poderia impedi-la.
Sua mãe ainda não tinha se alimentado devidamente, e então, resolveu medicá-la assim como o doutor tinha lhe receitado.Enquanto o fazia, não conseguiu parar de pensar no garoto misterioso do dia anterior. Aquele que apesar do incômodo, lhe intrigava.
Seu trajeto para a escola foi repleto de pensamentos.
– Quem ele seria? O que queria comigo? E por que justo eu!?
Minji estava tão concentrada, ainda mais por conta de seus fones com a música alta, que nem se deu conta de que alguém estava lhe chamando há algum tempo, assim que a viu.Ele estava prestes a pular por cima dela.Gritou por seu nome, abanou os braços, correu em sua direção, cambaleou, quase caiu.
— Ei. — Sentiu um cutucão em seu ombro e rapidamente virou para o lado, percebendo que estava acompanhada.
Ele.
— Ontem eu vi que você saiu cedo e perdeu a aula da tarde, então se quiser eu posso te passar as anotações. — O garoto esboçou um sorriso curto e logo aprontou-se para retirar a mochila das costas.
— Nos conhecemos? — Minji arqueou uma das sobrancelhas e imediatamente ele parou com a ação anterior. — Você com certeza é novo por aqui e deve estar querendo se enturmar, mas não sou a pessoa certa para isso, tudo bem?
— Vi que anda sozinha pela escola inteira e sei que precisava de uma mão para não perder a matéria. — O mais alto coçou a nuca, envergonhado.
— Eu não preciso de sua ajuda. — Desviou o olhar. — Mas obrigada por tentar, talvez funcione com outra pessoa. — Seus lábios tentaram formar um sorriso falso e curto enquanto se aprontava para desviar daquela conversa e seguir o seu caminho para sumir entre a multidão e deixá-lo só na entrada da escola.
Mas o moreno não desistiria tão fácil assim, não era de seu caráter. Ele estava tão intrigado pela moça, que não conseguia se contentar em se aproximar e querer conhecê-la melhor. Isso da forma mais rápida possível.
Minji balançou a própria cabeça para sair do pequeno transe em que estava, depois daquela pequena conversa com o desconhecido, novamente.
— Vamos tentar não ligar para esse inconveniente e viver a sua vida normal, Kwon? Vamos! Exatamente. — Enquanto caminhava até o seu armário e selecionava os livros para a primeira aula que teria, soprou para si e riu da situação, até porque não esperava que o veria se aproximar.
Quanto a aula, a má sorte que continha era que seria aquela que perdeu no dia anterior, por conta de suas saídas mais cedo.
Encarou a porta, antes de respirar fundo e entrar naquela sala de aula que se preenchia aos poucos.
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REMINISCÊNCIA - Jeong Yunho
Фанфик- Você vai parar de me seguir ou...? - 'Nah, não tô afim! - Disse o menino dos cabelos loiros e tão radiantes, que acompanhava aquela resmungona pelos corredores da escola. - Por favor, eu nem te conheço! - Ela sussurrou, virando-se em sua direção...