quarta-feira

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Quarta-feira
Cinco dias

Fragmentos de uma mente tão bagunçada...


Ofegante e molhada em suor, depois de novamente interromper o clima melancólico de seu sonho tão repetitivo, por volta das três e meia da manhã, Minji acordou em um suspiro.

— Eu preciso fazer algo, não aguento mais isso...


Diante desse episódio, seus olhos não pesaram mais.

O resto da madrugada foi desgastante, pois para passar o seu tempo, tentou organizar a matéria tão complicada que tinha perdido.

A jovem estava completamente um caos, sua impaciência, ansiedade e principalmente o horário que demorava tanto para passar, atrapalharam a todo o custo de produzir algo durante. Tanto que o desregular do sono a fez preparar toda a rotina da manhã, bem mais cedo.


Ás cinco e meia, já estava vestida e preparava o café para sua mãe. Por mais que não tenha apetite, não seria acordando mais cedo que a mais velha teria. Minji, durante essa adrenalina deixou a comida por cima da bandeja e saiu correndo para a escola, deixando até mesmo de se despedir.





























FECHADO.

Era o baque que ela precisava para perceber que o estresse estava a consumindo aos poucos. Minji respirou fundo e tentou se acalmar, já que estava agindo impulsivamente desde o dia anterior.

— Mas que merda!

Esperar quase uma hora e meia para o portão abrir poderia ser ruim (e era), mas tentou ao máximo ser otimista e se convencer do contrário.


Sentou-se no canto e mais uma vez, insistiu em tentar entender o conteúdo, já que também não tinha contato algum em seu celular para responder. Tempo desperdiçado, pois não obteve nenhum progresso.

Minji bufou irritada quando viu a multidão de alunos se reunir e por alguns olhares que insistiam em julga-la. Como sempre.

Mas estranhou não ver o loiro que tanto a incomodava.

— Finalmente ele entendeu o recado!

Interrompeu a sua busca despercebida pelo citado, com um pequeno susto assim que escutou o sinal tocar.

— Espere, por que estou me importando?

— É Minji, você está com a cabeça nas nuvens mesmo.

















Mas por onde ele deveria estar?

Questionou pelos três primeiros horários, onde nem mesmo o chamar do professor poderia interromper os seus pensamentos.

Suas dúvidas foram respondidas assim que durante uma troca, o encontrou sentado na primeira sala do corredor, mas que feliz (ou infelizmente), não seria a mesma que a sua.

Quase tropeçou, e apoiou-se com as duas mãos no enorme vidro que a dividia para observá-lo com atenção, movimento um tanto impulsivo e controverso de sua parte; tão, que menos notou o suspiro baixo que soltou. Aquele rapaz estava a intrigando. E sem querer, seu olhar entregava total curiosidade.


Já ele, notou a sua presença, mas apenas a olhou de soslaio. Queria ver quanto tempo o observaria.


Novamente sua mente estralou. Minji saiu de outra distração, através de um pequeno estralo e quando percebeu que já estava a algum tempo ali, apreciando o rapaz sem vergonha alguma, ergueu as sobrancelhas e sacudiu a própria cabeça antes de sair dali em rapidez.

REMINISCÊNCIA - Jeong YunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora