Sasuke & Hinata. (Sasuhina)

Romeu e Julieta II

Sua cabeça ainda girava de forma dolorida e quando abriu os olhos percebeu realmente estar em apuros. No galpão haviam inúmeras caixas e caixotes de importações e exportações, algumas poucas luzes iluminavam o local e o único barulho que Hinata conseguia ouvir era o enorme ventilador de teto girando. Ao focar seu olhar a frente percebeu estar deitada naquele chão imundo, e viu também rostos conhecidos.

- Aqui...todo o dinheiro que me pediu!- o platinado entregou a ruiva uma maleta recheada de dinheiro vivo.
- Toneri sem dúvidas foi ótimo fechar negócios com você!- sorriu amarelo.
- e o que eu pedi Mei?- questionou Hiashi de sombrancelhas erguidas.
- Aqui está!- a ruiva estendeu uma pasta repleta de documentos ao Hyuga.
- Finalmente! Finalmente as empresas Sharingam são minhas!- o velho tinha um sorriso de orelha a orelha.
- Bom, acho que todos aqui já estamos com o que desejamos não é mesmo?- proferiu a ruiva.- Hiashi agora tem as empresas Sharingam, Toneri tem Hinata e eu meu dinheiro!
- Eiii!- A Hyuga chamou a atenção de todos.- por favor... alguém me ajuda..eu...ah...- as contrações estávam voltando a aumentar.
- Hinata!- o platinado correu para junto da amada.- o que está sentindo?
- os bebês...os bebês vão nascer...- falava ofegante.
- Shion!- berrou pela fiel escudeira.- por favor ajude a minha esposa com o parto!
- esposa?- a morena franziu o cenho.
- agora vc é minha meu amor! Assim que essas aberrações nascerem me livrarei delas e poderemos começar uma nova vida!- o de olhos azuis segurou as mãos da Hyuga com força e animação.
- O que? CLARO QUE NÃO!- ela tentou o empurrar com a pouca força que lhe restava mais foi inútil.
- Bom isto já não é mais problema meu, então com licença e tenham uma boa noite!- Hiashi se afastou pegando a pasta de documentos indo em direção a porta, ia finalmente conseguir destruir os Uchihas.
- Mamãe?- Karin surgiu da porta para chamar Mei, tinham que desaparecer de Tóquio o quanto antes!
- AAAAAAAA- Hinata arqueou as costas sentindo uma dor descomunal.
- fique quieta!- berrava Shion desesperada, não tinha nem um conhecimento na área médica e odiava Hinata por estar tomando Toneri de si.
- Hi..na..ta?- olhou o cenário caótico.

Karin sempre teve uma personalidade forte, as vezes chorava por bobagens, costumava comer os doces de Gaara apenas para provocalo e de acordo com Mei era uma boboca! Ela também era frágil, era humana, e quando gostava de alguém se preucupava. E a preocupação estáva nítida em seu rosto, então ela correu para junto da "inimiga".

- Você entrou em trabalho de parto não foi?- dizia preucupada enquanto rasgava um pedaço enorme de tecido de sua saia longa.
- Karin-san por favor, me ajude!- suplicou a morena com olhos inundados de lágrimas.
- Claro!- sorriu nervosa, nunca imaginou que faria o parto da mulher que mais odiou na vida.
- O QUE RAIOS ESTÁ FAZENDO?- Mei se aproximou.- Temos que ir!
- Não vou deixar a Hinata numa situação dessas!
- e você não a odeia?- a mãe a encarou confusa.
- odeio! Mas não as crianças que vão nascer! Não os filhos de Sasuke-kun!- tirou um canivete de autodefesa de sua bota.
- Por favor Karin-san! Faça o parto de minha Hime! Você pode ficar com as crianças pra você se você quiser!- Toneri dizia desesperado.
- Quieto!- a ruiva o fuzilou com o olhar.- Shion segure ela pelos ombros! Hinata abra mais as pernas!

Faltavam alguns minutos para a meia noite e a lua cheia estava apino no céu. As estrelas também cintilavam fortemente naquela noite e a brisa estáva muito agradável. Mas Sasuke não tinha tempo pra reparar nessas coisas. Ele estáva numa batalha árdua contra o tempo, não podia perder Hinata, não podia perder seus filhos. Por isso estáva disposto a matar e morrer se fosse pra defender sua família.

Um tiro foi ouvido tirando todos do transe, e na sequência outro e outro e outro...

- Mas o que raios é isso?- Mei pensou alto.
- Será que...- até Hiashi tinha ficado parado observando o parto de Hinata.

De repente a porta foi aberta com brusquidão. Sasuke entrou por ela correndo. Tinha um revolver na mão e seu terno azul escuro estáva manchado de sangue igual seu rosto.