Hyuga Harumi.

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Na minha cabeça o madara quem está cantando essa música para a Harumi :(
Boa leitura ;)

(...)

O sol raiou naquela manhã de outono. Enquanto nosso amado casal repousava em um
sono profundo e perfeito. Os Hyugas já estavam acordados e em consequência disto
sabiam que era hora de despertar suas "patroas".
— Senhorita Hinata! — A governanta batia na porta há pelo menos 10 minutos. — Senhorita
Hinata?
— Hein? O que? — O Uchiha sonolento abriu os olhos.
— Senhorita Hinata? — Bateu na porta sem descanso.
O Uchiha observou sua amada, que repousava em um sono tranquilo. Sorriu abertamente,
agora eram um do outro além do amor que sentiam. Deu um beijo sutil em sua testa, mas
por conta das incansáveis batidas na porta a viu abrir os olhos e sentar-se rapidamente na
cama.
— Sasuke-kun? — O olhou espantada. — isso só pode ser um sonho! — Sorriu.
— Senhorita Hinata?! — A empregada continuava a bater.
— Naná?
— Acho que deve ter alguém morrendo! — Zombou o Uchiha.
— Senhorita Hinata, está bem?
— Sim senhora, por que?
— Sei que costuma acordar mais tarde no domingo, mas já passa do meio dia. — Ambos
arregalaram os olhos. — Pensei que pudesse ter passado mal ou algo do tipo, já iria
mandar arrombar a porta.
— Não se preocupe Naná, foi apenas o cansaço. — Riu da preocupação da empregada que
a tratava como filha.
— Vai querer um café ou um almoço? Hanabi já almoçou e saiu há alguns minutos.
— Pode ser o almoço.
— Como quiser. — disse se retirando.
Os dois respiraram aliviados.
— Eu te avisei que vir para cá não era uma boa. — disse o Uchiha de forma azeda.
— Bom dia pra você também. — A morena proferiu dando as costas.— Tsc! Não fique assim, eu tava brincando. — O Uchiha se aproximou colando os corpos
novamente. — Bom dia pra você também meu amor! — Deu um beijo na bochecha corada
e em seguida na curva do pescoço alvo.
— Bom...bom dia Sasuke-kun! — expressou, o abraçando de volta sem o encarar.
— Eu preciso ir… .— expôs, acariciando os fios negros.
— Eu…
— Mas antes preciso de um banho, quer me acompanhar? — perguntou erguendo uma de
suas sobrancelhas de forma maliciosa.
— Sasuke-kun! — A pobre Hyuga ficou vermelha como uma pimenta.
De fato o fizeram. Porém a garota comentou que está dolorida, então Sasuke entendeu.
Foram para debaixo do chuveiro, no entanto não fizeram nada que não passasse de alguns
beijos e carícias. Em um certo momento ficaram completamente quietos. Não moveram
nem um músculo sequer. De mãos dadas, com os corpos colados apenas ouvindo o bater
do coração um do outro enquanto a água caía.
Depois de se vestirem de forma adequada —
Hinata com suas roupas caseiras e Sasuke com as que ganhou da garota. — se
despediram.
— Tenha cuidado Sasuke-kun! — pronunciou a morena com o peito apertado.
— Eu terei, não se preocupe. — Colou os lábios nos da Hyuga de forma sutil. — cuide-se!
— Humrum.
— Te amo! — Declarou, e pulou da varanda.
— Sasuk… — A perolada iria gritar, mas quando chegou no parapeito da varanda avistou o
namorado inteiro. — Também te amo! — Lançou um beijinho no ar e o viu correr para
longe.
Adentrou o quarto e respirou fundo. Acabou de fazer uma loucura, a melhor de sua vida!
Foi em direção a cama observando o lençol sujo de sangue. Estava feito! Agora era uma
mulher… Não que já não fosse, mas agora de fato não era mais a garotinha frágil de antes.
Pegou os lençóis e foi ela mesma lavar. Seria um domingo como todos os outros.
(...)
O Uchiha engoliu em seco ao cruzar o portão dos Hyugas com o emblema Uchiha nas
costas. Os guardas apenas fizeram uma troca de olhares e voltaram a mirar a rua.A algumas quadras de lá o moreno pode respirar direito.
Chegou à mansão Uchiha vendo ainda alguns vestígios da grande festa da noite anterior.
Os empregados nada lhe questionaram, estava indo para cozinha tomar seu desjejum,
quando trombou de cara com Itachi.
— Ei, ei, aonde vai com tanta pressa?
— Estou morrendo de fome. — proferiu, indo em frente mais o irmão pegou em seu ombro.
— Acho que me deve boas explicações! — O encarou feio.
— E desde quando te devo satisfação? — Perguntou debochado.
— Desde que nasceu porque é meu irmão!
— Tsc! O que quer saber então?
— O que tem na sua cabeça em estar com uma Hyuga! — O coração de Sasuke parou. —
Uma Hyuga não, a herdeira primogênita deles.
— C..como você?
— Estava curioso para saber quem era a sua paixão da vez, então o segui... e fiquei de
boca aberta ao descobrir quem era.
— Tsc! Você não tinha esse direito.
— Ah eu tenho. — Tocou forte na testa dele.
— E o que pretende fazer? Vai me dedurar para o papai?
— Não, porque esse direito é seu, não farei nada a respeito. — Encarou o irmão sério. —
Mas se não quiser sofrer lá na frente, sugiro que termine com ela agora.
— Eu nunca vou deixá-la!
— Bom, a vida é sua, faça o que quiser, mas depois não diga que não avisei. — Assim se
retirou.
Teria sido uma ameaça?
Não!
Sasuke sabia que seu irmão nunca faria nada para prejudicá-lo, mesmo que fosse para seu
bem.
Correu para a cozinha precisava recarregar as energias.
(...)Colocou as mãos na cintura e observou o gigantesco muro à sua frente, realmente digno de
ser chamado de fortaleza. A mansão Hyuga deveria guardar um gigantesco tesouro, ou
uma bela princesa.
Mas se tinha algo valioso lá dentro, também havia um feroz dragão guardando o local.
— Quem é você, e o que faz aqui? — perguntou um dos guardas.
— Sou o técnico que o senhor… — Tentou relembrar o nome. — Kouh! Senhor Kouh me
chamou.
— Mas o Kouh disse que viria um técnico, não um… — O outro Hyuga o olhou torto.
— Uma garota? — Ergueu uma sobrancelha.
— Kenzo e Hitel! — Kouh os chamou de longe. — Preciso de um fav… — Então ele
observou a garota ainda na entrada da casa.
Pele levemente bronzeada, o cabelo em dois coques castanhos no topo de sua cabeça, o
rosto belo porém sujo de graxa, o macacão velho e surrado e os tênis em um estado ainda
pior.
— Você é…
— Sou Tenten Mitarashi! — Se apresentou, sorrindo largamente. — Meu pai está muito
doente, então estou trabalhando no lugar dele. — falou com orgulho.
— Entendo... vamos entrar. — Kouh sorriu gentilmente.
A garota então pegou sua mochila e sua mala de ferramentas.
Kouh explicou que todos os climatizadores da casa estavam com defeito. Então ela
começou o trabalho.
— Senhorita Hinata? — Chamou Tenten enquanto batia na porta da mesma.
— Ah! Olá, seja bem-vinda! — Sorriu gentil fazendo a garota corar. — Kouh disse que iria
trabalhar aqui no meu quarto, eu afastei alguns móveis e estou saindo, qualquer coisa pode
me chamar.
— Sim senhora!
Logo a garota peculiar de dois coques começou o serviço no climatizador. Mas logo
percebeu que aquele não era o único problema naquele quarto...
O sol já estava se pondo, quando Tenten adentrou a cozinha.
— Já terminou? — Kouh já estava com o pagamento em mãos.— Infelizmente não senhor Kouh, encontrei um pedaço da parede do quarto da senhorita
Hinata, fofo, acho que foi proveniente da infiltração.
— Terá que voltar amanhã então? — perguntou Hanabi comendo uma maçã.
— Eu temo que sim... mas em duas horas resolvo este problema. — Explicou dando um
joinha.
— Você também conserta chuveiros? — perguntou a Hyuga menor.
— Eu trabalho...
Logo uma conversa divertida começou entre os três Hyugas e a Mitarashi. Tenten era alegre
e ousada, pouco se importava com o que pensavam de si. Seus pais eram muito pobres,
então desde cedo teve que aprender a dar conta de muita coisa. Infelizmente largou os
estudos para trabalhar com o pai, e quando ele ficou doente assumiu a responsabilidade de
trabalhar e sustentar a mãe e os irmãos.
— Bem, esta casa está precisando de muitos reparos como pode observar... que tal passar
alguns meses trabalhando aqui? — Sugeriu Kouh.
— Seria incrível ter um emprego fixo! — Ficou com os olhos marejados.
— Por mim, você ficaria para sempre para divertir a gente. — disse a pestinha Hanabi.
— Você é muito habilidosa e inteligente Tenten-chan! Seria ótimo se ficasse! — proferiu
Hinata sorridente.
— Ah, senhorita Hinata! Me lembrei de algo que preciso falar com você sobre a reforma no
seu quarto amanhã. — Puxou a Hyuga pelo braço.
Hanabi e Kouh se entreolharam, depois riram, aquelas duas já haviam se tornado amigas.
— E o que seria? — perguntou em frente ao quarto.
— Quando eu vi o oco na sua parede, pensei que fosse um vazamento de água, mas não
era. — cutucou o bolso do macacão. — Então eu fui quebrando a parede até achar isso.
Ergueu uma chave dourada no ar. Era muito bonita e detalhada.
— Com certeza quem a colocou lá dentro não queria que ela fosse encontrada — Entregou
nas mãos da Hyuga. — Ela é sua?
Hinata pegou o pequeno objeto nas mãos até que sua mente explodiu, aquela chave só
poderia ser...
— Tenten-chan muito obrigada por ter achado essa chave! — A abraçou forte. — Por favor,
não comente com ninguém nada sobre issoE saiu correndo para o quarto se trancando lá dentro. Procurou pelo diário, e quando o
encontrou tentou respirar fundo, mas nem isso conseguiu, estava ansiosa e animada de
mais, e com medo do que iria encontrar naquele pequeno caderno.
Encaixou a chave na fechadura e como esperado, ela o fez abrir o diário.
"Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo fogo, às vezes acordam do seu sono
para contar notícias do passado. É assim que se descobre algo novo de um nome antigo"
Hinata se arrepiou. Teria sua mãe planejado deixar aquela mensagem? Pois todos os
pertences de Harumi foram consumidos pelo fogo!
Engoliu em seco e virou a folha.
" 31 de janeiro de 1987.
Querido diário, hoje ganhei você de presente da minha amiga Mikoto! Hoje é meu
aniversário de 15 anos, estou muito feliz. Foi um dia divertido na escola, e todos do clã me
desejaram parabéns.
Algo não sai da minha cabeça... Mikoto insiste em dizer que o primo dela Madara estava de
olho em mim! Ela só pode estar louca! Além do mais eles são Uchihas, nossa amizade nem
deveria existir."
" 15 de Maio de 1988
Hoje aconteceu algo inusitado, eu e Mikoto conversamos muito e chegamos a conclusão
que deveríamos abrir uma escola de canto! Como não temos dinheiro para isso, vamos falar
com o professor Sarutobi para ele nos ceder uma sala, e daremos aula de canto.
Mas não era disso que eu me referia.
Nos últimos meses tenho me aproximado bastante de Madara. Apesar dele ter uma cara
amarrada é ser ranzinza, ele tem um bom coração, também adora cantar, ele é bem
divertido e tem uma risada muito bonita, tão quão seu sorriso... me questiono por que ando
passando tempo demais com ele e o por que de estar reparando destes detalhes!?"
Hinata arregalou os olhos o famoso Madara Uchiha parecia...
— Sasuke-kun!
Passou mais algumas páginas que se referiam a outros assuntos.
" 13 de agosto de 1989.
Querido diário, estou tão feliz! Finalmente entendi. Amo Madara! E o quero pra sempre
perto de mim.
Irei tentar me declarar para ele esta noite."
Hinata já não conseguia acreditar no que lia naquele diário." 14 de agosto de 1989.
Eu nem consigo acreditar! Madara também me ama e se declarou para mim, e não é só
isso! Ele me beijou! BEIJOU!
Foi tão fofo e lindo...igual a ele!
Agora vamos lutar por esse amor, não me importo se ele é um Uchiha e eu uma Hyuga.
Vamos ficar juntos e seremos muito felizes!"
A pobre Hyuga fechou o caderno que tinha nas mãos com força. Não seria possível, seria?
" 14 de dezembro de 1990
Hoje foi o pior dia da história! Além das aulas terem acabado, e eu não poder mais ver
minha amiga Mikoto, também não posso me encontrar com Madara.
E o pior de tudo foi a reunião que tive com os anciões do clã! De todas as garotas, foram
escolher logo eu para casar com o Hiashi.
Ele não é mau, mas não o amo! Meu coração é do Uchiha, somente dele e de mais
ninguém!"
" 03 de fevereiro de 1991.
Consegui trocar algumas cartas com Madara graças a Mikoto. Vamos fugir! É a única
solução!"
" 26 de março de 1991.
Não conseguimos fugir. Agora meu casamento foi adiantado! Estou desesperada. Eu não
quero isso, não QUERO! Eu quero ser livree!"
" 02 de abril de 1991
Querido diário, hoje eu queria ter morrido. A morte seria menos dolorosa que isso...
Hinata apertou o peito, o que seria pior que a própria morte?
" Hoje fui obrigada a me casar com Hiashi. Não pude fazer nada além de obedecer... jamais
poderei ver Madara outra vez.
O pior de tudo foi aquele monstro me tocando e dizendo coisas sujas... ele disse que pouco
se importava se eu gostava dele ou não, mas eu era sua esposa e devia servi-lo na mesa e
na cama... Eu morri no segundo que ele tocou meu corpo sem minha autorização "
Hinata jogou o caderno ao longe e correu para o banheiro. Não conseguiu segurar, teve que
vomitar! Como seu "pai" poderia fazer e dizer coisas tão monstruosas?
Sentou-se no chão do banheiro, sua cabeça doía e já estava entardecendo. Mas precisava
de mais, precisava saber de tudo, não importava o quão horrível fosse." 18 de junho de 1991.
Hoje soube que Mikoto está grávida do primeiro filho. Estou tão feliz por minha amiga! Ela
finalmente conseguiu ser feliz! Rezo e peço por sua saúde e de seu bebê.
Por outro lado estou com o coração em pedaços, vim descobrir hoje que Madara casou e
está pra ser pai, ele me esqueceu... quebrou nosso juramento e deixou de me amar! Eu lhe
pergunto: Deus, por que?
Hiashi agora que sabe que os Uchihas terão um herdeiro vai intensificar meus abusos...
continuarei a tomar os anticoncepcionais escondidos, eu não quero uma criança desse
monstro!"
Hinata sentiu em peso aquilo. Ela provavelmente não foi desejada ou planejada por sua
mãe. Se sentiu suja... uma verdadeira desgraça!
" 07 de setembro de 1993.
Hizashi sofreu um acidente e veio a falecer, que tristeza! Ele era uma das únicas pessoas
que eu poderia contar. Sua esposa teve que ir embora do clã, agora cuidarei do pequeno
Neji. Pelo menos ele tem a amizade do pequeno Kouh."
" 19 de outubro de 1993
Hoje fiquei sabendo que Madara se tornou pai outra vez, desta vez foi uma menina, fruto de
outro casamento.
Já não aguento mais ser criticada pelo clã, que insiste que eu estou ficando velha e não
poderei gerar um herdeiro forte. Ah se eles soubessem..."
"12 de julho de 1994.
Me encontrei com Mikoto depois de anos, temos dinheiro suficiente para abrirmos nossa
escola de música! Em breve começaremos, irei nos horários que Hiashi estiver na empresa,
será a minha chance! Estou um pouco inquieta, pois Mikoto disse que Madara se separou
outra vez... Mas o que eu poderia fazer? Estou casada com Hiashi, apesar de tudo, devo
ser fiel ao meu marido, pois foi isso que lhe jurei no pé do altar."
As lágrimas rolavam livres pelo rosto pálido da Hyuga. Sua mãe era tão incrível.
" 23 de março de 1995.
Estou tão feliz. Nossos alunos progrediram muito. Principalmente a pequena Konan! Vejo
muito potencial nela, e fiquei imensamente feliz quando seus pais a confiaram para ser
minha afilhada e aluna extra particular.
Mas não é apenas isto.
Voltei a me encontrar com Madara. Nos vemos todos os dias...
É tão bom sentir o seu cheiro, seu beijo, seu abraço! me sinto feliz e segura ao lado dele. É
completamente diferente de Hiashi, que só me vê como um objeto sexual e só...
Principalmente agora que ele encucou que quer um filho."— Não, por favor não me diga que… — A Hyuga suplicava baixinho.
" 05 de Abril de 1996.
Mikoto continua a insistir que me daria apoio caso eu Madara quisermos fugir. Tenho
certeza que Hiashi faria um inferno para me trazer de volta. Sei que Madara faria de tudo
para nos proteger.
Mas agora terei de ficar em casa. Pois dentro de mim existe uma vida, uma vida pela qual
devo lutar! Meu filho."
Hinata arregalou os olhos. Ela se referia a ela! Céus! Mas ela não disse de quem ela era
filha, nas páginas seguintes ela falava sobre coisas do dia a dia e da escola de música que
lecionava com Mikoto. Achou até uma foto das duas com seus 10 alunos na frente. E um
homem de longos cabelos negros, Madara!
— Será que ele?...
A cabeça da perolada girava, eram tantas informações!
Passou mais algumas folhas e chegou ao ano de seu nascimento em 1996.
" 29 de dezembro de 1996.
A dois dias ganhei meu presente atrasado de Natal. Minha bebê nasceu. Tão pequena e
magrinha, de olhinhos tão brilhantes... ela nasceu durante a nevasca mais forte do ano, na
noite do dia 27. Apesar de ter nascido em condições climáticas contrárias, coloquei seu
nome de Hinata, que significa "lugar ao sol" pois ela é minha luz. Hiashi mal a olhou.
Quando descobriu que era uma menina, se retirou do quarto sem dizer uma única palavra!"
O choro da Hyuga então aumentou o suficiente para que se alguém passasse do lado de
fora a ouvisse. Passou alguns minutos inerte no choro, depois de beber um copo de água
retornou a leitura.
Mas coisas aleatórias, momentos felizes com os alunos, Mikoto e Madara. Além de sempre
falar sobre como se sentia sozinha e triste em casa e os incontáveis abusos de Hiashi. Que
logo passaram a ser de violência, ele precisava de um herdeiro homem urgentemente!
" 28 de março de 2001.
Minha segunda filha acaba de nascer. Hanabi veio ao mundo durante o festival de
primavera, por isso recebeu este nome. Hiashi surtou com a chegada de mais uma garota.
E não é só isso, ele me proibiu de sair de casa para dar aula às crianças, pois alguém me
viu com Mikoto e Madara! Agora estou presa aqui. Nem Hinata pode mais ir à escolinha!
tudo para que não brinque com Sasuke!"— Brincar com Sasuke? — Do que Harumi falava? Folheando mais algumas páginas a
Hyuga achou uma foto dos dois pequenos de mãos dadas. Céus! Se conheciam desde o
princípio e sequer lembravam disto.
Mais algumas páginas falando que Harumi já não se alimentava direito e tinha inúmeras
discussões com Hiashi, e todas acabam em abusos sexuais, psicológicos e físicos.
" Já não aguento mais viver nesta casa. Eu irei me arriscar! Vou fugir com minhas filhas!
Mikoto alugou uma casa para mim e Madara fora da cidade na fronteira com as montanhas.
Passaremos uma noite lá e em seguida partiremos para fora do país. Só peço pela
segurança de minhas bebês! Ainda são tão pequenas e tão inocentes neste mundo tão
podre.
Quero ao menos uma vez em minha vida ser feliz, ser amada, e ficar de fato ao lado
daqueles que amo."
" Tenho medo do amanhã, pois é amanhã que colocaremos nosso plano em prática. Tenho
medo, porém também tenho coragem de enfrentar Hiashi se for preciso, não me importo
que ele me machuque outra vez. Eu só quero me livrar disto."
" para Hanabi:
Você é minha filha preciosa. Você não foi planejada, mas a amo incondicionalmente, e daria
minha vida por você! Sempre irei te amar... viva uma vida alegre e feliz. Tenho certeza que
sua irmã sempre irá ficar ao seu lado e te proteger.
Com muito amor, mamãe!"
" para Hinata:
Você é meu primeiro amor! Tem se tornado uma garotinha cada vez mais linda e educada,
continue crescendo meu amor! Sempre estarei ao seu lado zelando por sua felicidade!
Cuide muito bem de sua irmãzinha! A proteja e fique sempre ao lado dela, sei que será uma
irmã excelente! Deixarei esse diário para você! Quando for a idade certa irá o encontrar e o
ler... talvez você fique ainda com algumas dúvidas... mas se quiser as esclarecer, procure
por Madara! Ele sabe de tudo.
Te amarei sempre!
Com muito amor, mamãe"
"Para Mikoto:
Se você estiver lendo este diário foi porque o pior aconteceu. Só tenho a lhe agradecer por
tudo! Você é minha amiga e minha irmã de coração! Te amarei sempre! E por favor cuide
das minhas meninas como se fossem suas!
Com amor Harumi!"" para Madara:
Se estiver lendo isto é porque não conseguimos ficar juntos mais uma vez.
Obrigada por cada momento, cada risada, cada música cantada...
Você fez a minha vida ter sentido! Você me deu motivos para viver, não há dúvida alguma
que você é o amor da minha vida! Não importa quanto tempo passe, ou onde eu esteja! Eu
vou sempre amar você! Sempre, sempre, sempre!
Te amo com minha vida!
Para todo o sempre sua, Harumi!
Hinata estava sem reação, procurou por mais alguma coisa e só encontrou folhas em
branco. Folhas estas que poderiam estar todas preenchidas se Harumi não tivesse partido.
Já não aguentava mais nem chorar. Pegou seu telefone e discou o número que sabia de
cor.
— Alô? — Ele falou do outro lado da linha.
— Preciso de você... AGORA!
Sasuke percebeu que ela estava chorando. Largou tudo que estava fazendo. Iria dar apoio
a Hinata, seria seu alicerce.

Sasuke & Hinata. (Sasuhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora