Talvez em outra vida

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Prólogo

Dumbledore carregava um pequeno embrulho em seus braços, um pequeno pagodinho como ele gostava de chamar, embrulhado em um cobertor azul combinando com um macaquinho azul que usava.

Azul destacava seus olhos, um deles pelo menos - pensou Dumbledore admirando com carinho o bebê em seus braços. - azul também era a cor preferida de Gellert.

Pensou se estava realmente fazendo a coisa certa levando Safira para Gellert conhecer, mas ele nunca vai sair daquele lugar e ele merece conhecer a filha, melhor vê- la agora do que quando ela crescer, assim ela não vai ter lembranças do pai, lembranças machucam demais.

Safira nasceu enquanto Gellert estava preso, ela era linda, a cópia perfeita dele, desde os cabelos platinados até a heterocramia.

Abertou seu pequeno pacote enquanto atravessavam o portal parando em frente a fortaleza de Gellert Grindelwald, que era sua prisão. Seu peito doía em vê- lo novamente, uma última vez prometeu a si mesmo, apesar de que sabia que nunca deixaria de ama- lo, ele foi seu primeiro amor e sabia que seria o último.

Caminhou a passos lento, não poderia entrar no castelo sombrio e deserto no meio do nada, assim como Gellert não poderia sair, mas abriria uma pequena fresta para Safira passar e pegar Safira, apenas alguns minutos.

- Fico feliz que veio - Gellert sorriu procativo ao ver Dumbledore. Seu sorriso vacilo ao ver quem ele estava segurando. Vacilou pela saudade antecipada. Merda, ele sabia que doeria larga aquele pacotinho assim que segurasse em seus braços, mas não podia evitar de querer segurar em seus braços e sentir seu calor, olhar para aquela carinha nem que seja apenas uma vez. - É ela? Ela a minha filha? Safira?

Dumbledore concordou sem conseguir pronunciar uma palavra, mas abriu a fresta entre ele e Gellert, entregou Safira sem relutar, sabia que ele jamais a machucaria.

- Ela é tão pequena - Gellert a pegou com um sorriso emocionado em seu rosto. - minha Safira, minha pedra preciosa. - abraçou levemente com medo de machuca-la, sentiu seu cheiro doce de bebê e acariciou seus pequenos cabelinhos platinados. - Ela se parece tanto comigo. Poderia passar horas apenas olhando para ela.

- Você só tem alguns minutos Grindelwald - Dumbledore disse com pesar.

- Eu sei, eu sei! - o sorriso de Grindelwald se desmanchou enquanto lágrimas desciam pelo seu rosto. - Oh minha pequena, eu sinto tanto em ficar longe de você, não pode - la ver crescer, mas saiba que eu te amo e acredite, eu não sou uma pessoa que ama, em toda minha vida eu só amei duas pessoas e elas estão bem aqui - olhou de relance para Dumbledore. - Promete que vai cuidar dela? Que vai dar seu sobrenome pra ela? Da nossa filha?

Dumbledore queria pedir pra ele não fazer isso, não falar aquelas palavras, que fez os muros em volta do seu coração cair, como ele sempre caia pra ele.

- Eu prometo! - respondeu tentando ser forte emocionante. - Vou cuidar da nossa filha.

- Quem sabe em outra vida você seja minha garotinha -  Grindelwald beijo o pequeno nariz de Safira. - Ela tem os olhos defeituosos como o meu, um cinza e outro preto, talvez ela seja uma vidente também, vai ser muito difícil pra ela o começo, ela não vai saber o que é real ou não e vai ser assustador.

- Eu vou estar com ela, ela não vai passar por isso sozinha. - Dumbledore tentou tranquilizaro. Assim como eu gostaria de ter estado com você quando você passou por isso sozinho, talvez o final para nós três teria sido diferente? Eu poderia ter feito alguma coisa para mudar seu futuro? Eu teria feito qualquer coisa Gellert.

- Por favor, eu te imploro, me escreva cartas contando como ela esta crescendo, a pessoa que ela esta se tornando e conta coisas boas sobre mim, não quero que ela me veja como um monstro, não quero ser o pesadelo que adormenta seus sonhos, não suportaria. - Gellert falou entre lágrimas enquanto entrega Safira de volta para Dumbledore, se a segurasse mais um pouco não a deixaria ir.

Dumbledore se odiava por sentir seu peito doer em ver Gellert naquele estado, odiava sentir aquela vontade de correr para o abraço e secar aquelas lágrimas que nunca tinha visto em seu belo rosto e odiava principalmente a vontade de entrar naquele lugar e viver com ele e Safira, apenas eles, mas não podia fazer isso com ela e nem com ele mssmo. Gellert precisava pagar pelos seus crimes.

Dumbledore e Gellert se encraram por alguns segundos, eles não precisavam dizer nada, só doeria mais, os olhos falam mais que mil palavras e os deles se entendiam bem. Alvo saiu deixando seu coração para trás e levando sua última chance de felicidade em seus braços.

Os Marotos e Uma Grindelwald ( CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora