𝑽𝑰

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Capítulo seis: How dare you?
And how could you?
...
Try not to abuse your power
I know we didn't choose to change
You might not wanna lose your power

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𝖀m vento frio foi a primeira coisa a dar boas vindas a Jisung quando ele recobrou a consciência, o arrepio que o percorreu por inteiro da cabeça aos pés foi o responsável por trazer de volta a dor que irradiava por seus músculos.

Assim que respirou fundo aos poucos o garoto voltou a recuperar seus sentidos. Primeiro o olfato: havia um cheiro insuportável de cloro e produtos de limpeza que penetrava suas narinas o trazendo a suposição nada boa de onde poderia estar. No segundo seguinte a audição: escutava vários "bips" e a voz grossa de seu pai discutindo enfurecidamente com alguém. Porém antes de ser capaz de identificar quais palavras eram, ele retomou a visão.
Logo que abriu os olhos Han viu um clarão, em seguida pôde observar o teto branco, só nesse momento soube com certeza que estava numa maldita maca de hospital.

Quando teve novamente o controle de seus músculos Jisung tentou se levantar, a dor nas costas e os fios do acesso que ligavam seus braços a máquina ao seu lado e ao soro logo acima o impedindo de terminar o movimento. Interrupitamente um gemido doloroso saiu por sua garganta fazendo seu progenitor lhe olhar preocupado.

O homem deixou o telefone com o qual gritava de lado e caminhou até seu filho, tocando seus ombros com delicadeza para o manter deitado. Han fez uma expressão de dor e assim que abriu a boca para lhe perguntar o que tinha ocorrido sua voz não saiu, o mais velho logo entendeu.

— Espere aqui, vou chamar alguém e buscar uma água. — Dito isso ele se virou, saindo do quarto iluminado demais para os olhos sensíveis de Han.

Respirando fundo, Jisung movimentou os braços, sentiu algo firme em seu pulso e assim que o levantou a altura dos olhos viu uma tala preta que impedia que a dor que surgia dali piorasse conforme a movimentação. Aos poucos foi se lembrando do ocorrido, levantou o lençol que o cobria e após isso viu um gesso em sua perna direita, seus olhos se encheram d'água ao se recobrar do acidente.

Mesmo sabendo que não estava em condições Han não acreditou em si mesmo, arrancou a espécie de "prendedor" que tinha em seu dedo e os fios do acesso para medicação do seu braço, tentando colocar os pés no chão. O moreno respirou, tomou coragem e se pôs de pé, ele teve a certeza que ao menos com a perna esquerda conseguiria manter o próprio peso porém ao contrário do que imaginou ele foi direto ao chão fazendo um grito romper de sua garganta pela dor que o tomou, assustando a médica e a enfermeira que entravam no quarto.
Os músculos trabalhados e fortes de Jisung pareciam gelatina naquele instante, o garoto viu lágrimas se formarem em seus olhos, pensando que nunca se sentiu tão fraco em toda sua vida.

O dupla correu até si, a doutora e segurou seu braço o perguntando se estava bem, menos de alguns segundos depois seu pai também apareceu correndo preocupado e auxiliando a mulher a colocá-lo na maca novamente.

— Eu preciso que fique quieto ok? — A voz doce da jovem foi a primeira coisa boa que sentiu naquele momento, a calmaria o contagiando devagarinho. — Lembra qual seu nome? – Perguntou o analisando de cima a baixo, com sua ficha em mãos e vendo a enfermeira limpando o pouco sangue e perfurando novamente sua pele.

— Han... — Juwon levou um copo de água até os lábios de seu filho para ajudá-lo a falar. — Han Jisung. — completou após beber o líquido sentindo um alívio tomar seu corpo.

— Ok, Jisung. Sabe o que aconteceu ?

— Eu fui atropelado. — sua voz saia baixa por culpa do vazio que sentiu ao olhar sua perna engessada. — Há quanto tempo estou aqui?

Run - ❛ 𝙅𝙞𝙡𝙞𝙭 ❜Onde histórias criam vida. Descubra agora