𝑽𝑰𝑰𝑰-𝑰𝑰

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O atleta sorriu quando notou a expressao confusa se formar no rosto dele, achou aquilo adorável.

— O que?

— Eu preciso de alguém para cuidar de mim: ajudar a me locomover, tomar os remédios, sair da cadeira e essas coisas. Quero que você faça isso.

— Não. — O ruivo diz simplista, recolhendo suas coisas do chão e levantando.

— Claro que sim!

— Vai me obrigar a entrar no seu carro de novo e trabalhar para você? Acho que bateu a cabeça muito forte quando te atropelei. Isso é trabalho escravo.

— Você é um fugitivo. — Han retrucou, a língua afiada como nunca.

— Idaí? Apenas roubei uns remédios, ainda tenho meus direitos.

— Da polícia. Você está fugindo da polícia, de um farmacêutico e do meu pai que quer acabar com a vida de quem me colocou nessa cadeira de rodas.

— Justamente docinho. — O ruivo foi sarcástico ao olha-lo. — Se sabe que estou fugindo tenho certeza que viu que eu matei alguém.

— Você não fez isso.

Yongbok vacilou, seus olhos lhe observaram com afinco e alguma coisa surgiu em seu peito, como um leve sentimento de esperança.

— Como tem tanta certeza?

— Um assassino não estaria ajoelhado a minha frente implorando por desculpas minutos atrás. Olha, sem querer te ofender nem nada mas você é magrelo e fraco demais para conseguir até mesmo bater em alguém.

Lee não sabia se sentia-se aliviado ou ofendido, sua situação obviamente era precária e ver algo como aquilo sair dos lábios de um estranho era confuso demais para si.

— Tudo bem. — Han pareceu dar o braço a torcer, sua expressão se tornou minimamente triste e ele olhou para os lados. — Não irei te obrigar a nada.

— Não ia conseguir mesmo. — O ruivo rebateu, colocando sua mochila sobre as costas e se virando para sair dali, Han se sentiu desafiado por aquilo e fez um bico emburrado nos lábios.

— Ei! Não vai me deixar aqui sozinho vai? Precisa me levar de volta até o carro, sabe que não consigo. — Como se fosse óbvio o menor levantou o pulso direito, mostrando a tala que limitava seus esforços ali.

O ruivo suspirou cansado, recolocando o capuz para tampar os fios e parte do rosto, suas mãos foram até o suporte da cadeira passando a empurrar menino de volta ao local de encontro, não sem antes checar se o caminho estava livre.
Alguns passos foram dados, enquanto Lee desejava correr as engrenagens da cabecinha de Jisung giravam, começando a preparar a atuação para conseguir o que queria.

Não demorou muito tempo para Han avistar Christopher, o moreno fez seus olhos lacrimejarem e chamou pelo mais velho.

— Chris!

De imediato o homem se virou e correu em sua direção, o ruivo pareceu congelar atrás de si ao ver o tamanho dos músculos daquele cara, por um segundo ele pensou que se apanhasse dele estaria morto.

— Jisung, onde estava? — O loiro se abaixou em sua frente o tocando por todos os cantos e checando se o menino estava bem, olhou seus olhos molhados e depois voltou sua atenção ao homem que lhe trouxera até ali, este que tentava se afastar de ambos sem ser visto. — Quem é esse?

Lee sentiu todos os seus músculos travarem no lugar, o jovem medroso mal respirava assustado, pensando se o garoto iria dedura-lo ou não.

— Esse é Felix. — Han foi rápido em responder o primeiro nome que lhe veio em mente, tendo novamente a atenção voltada a si não deixando nem um pouco a mentira transparecer por sua expressão. — Ele acabou de me ajudar, desculpa sumir assim.

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⏰ Última atualização: Aug 09 ⏰

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