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Capítulo cinco: Place me in my casket tonight
Because I'm already dying inside
...
My hollow heart finds it too hard to trust
We're all alone until we turn back to dusk
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𝕵á se passavam das 20:00 quando o trio chegou a delegacia. Eunseok parecia mais irritado que mais cedo, Minho se mantinha completamente em silêncio, com os braços cruzados e sequer olhando para o intruso ali. E Jeongin, coitado, o pobre se sentia entre dois explosivos soltando faícas um contra o outro. O Yang mais novo concordava com o parceiro que eles deveriam estar acobertando algo, porém diferente dele, Jeongin tinha a consciência que não se tratava de um mero abuso de poder e que aquilo com toda certeza envolvia gente poderosa. Minho parecia não ligar para isso.

Anotando com agilidade cada pensamento em seu caderninho ele seguia a dupla, tão atento as palavras que mal percebeu quando eles se separam, Eunseok resmungando algo para Minho e entrando na sala espelhada onde assistiria tudo enquanto ele e o colega adentraram a própria sala de interrogatório.

Assim que a porta foi aberta por Minho, o garoto algemado que se encontrava sentado e com a cabeça repousada sobre a mesa no centro se atentou, endireitando a postura e encarando seriamente a dupla que adentrava. Lee não demorou, se sentando em frente ao jovem e devolvendo o olhar julgador na mesma intensidade. Jeongin continuou de pé com o caderno em mãos a postos para anotar qualquer coisa nele (mesmo que houvesse um computador na sala apenas para essa função, o jovem Yang não parecia se agradar com a ideia).

— Kim Seungmin, correto? — Minho iniciou, vendo o jovem padeiro cruzar as pernas e sorrir falsamente, não esperou por sua resposta para continuar. — Fiquei sabendo que você se recusa a falar. Sabe que isso apenas aumenta nossas suspeitas quanto ao seu envolvimento, não é?

Novamente silêncio, nem um suspiro da parte do jovem Kim. Seungmin parecia firme em olhar Lee diretamente nos olhos se recusando totalmente a demonstrar qualquer reação diante de suas perguntas, muito menos interesse em colaborar. Minho suspirou, precisaria apelar para fazê-lo dizer algo, caso contrário perderia o pouco de paciência que ainda lhe restava naquela noite.

— Bom, você não quer então eu mesmo te explico qual a situação. — O investigador iniciou, jogando a pasta em suas mãos de lado para se sentar de maneira confortável na cadeira e cruzar os braços. — A perícia contou que você foi o último a entrar em contato com o assassino através de uma liga-...

— Yongbok não é um assassino! — O jovem de mechas loiras na franja esbravejou, com o olhar furioso desejando queimar aquele maldito policial com fogo.

Minho sorriu ladino, se aproximando mais da mesa e percebendo uma veia saltada no pescoço do mais novo.

— As evidências mostram o contrário, podemos provar o que diz se você me contar sobre o que conversaram antes dele fugir. — Lee tentou convencer ele, porém o jovem Kim parecia esperto e enfurecido demais para cair naquele papo.

Essa era a vez do garoto algemado rir baixinho, zombando da cara do detetive. — Não trabalho com porcos. Vocês são sujos. — O asco em seu tom de voz era visível, demonstrava seu incômodo com aquele a frente.

Sua sentença pareceu uma faísca prestes a acender toda a explosão que Minho vinha contendo na última hora. No exato instante em que suas palavras escaparam pelos lábios delineados Lee fez menção de se levantar, sendo impedido por Jeongin que rapidamente segurou-o pelo ombro. Apertando com força o policial para lembra-lo de se controlar. O sorriso do Kim aumentou quando viu que não seria difícil fazê-lo desistir de si, exatamente como a dupla que viera antes deles.

Run - ❛ 𝙅𝙞𝙡𝙞𝙭 ❜Onde histórias criam vida. Descubra agora