Capítulo 10

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- Sim Cheryl, eu ligo, eu nem te conheço, mas eu ligo para o seu bem estar. Sua babaca resmungona. - Cheryl conseguiu fazer com que eu me descontrolasse coisa que nunca acontecia.

Ela ficou me encarando por um tempo, enquanto eu ia ajeitando seu lençol e mexia no seu soro. Depois peguei o termômetro infravermelho em cima da mesinha e coloquei no ouvido de Cheryl. Ela estava com trinta e sete e meio. Eu considero febre, ainda mais sabendo que ela tem um corte enorme na barriga que esta infeccionado.

- O que está fazendo? - Nem ao menos lhe respondi. Coloquei o termômetro ali em cima e no segundo seguinte a Doutora Cooper entrou.

- Senhorita Blossom, como se sente?

- Hamm... bem, ótima para falar a verdade. – Cheryl sorriu e eu revirei os olhos. A Doutora começou a fazer basicamente as mesmas coisas que eu fiz, mas como ela viu que não havia em que mexer, ela apenas deixou como estava.

- Vamos medir sua temperatura.

- Eu medi e deu trinta e sete e meio.

- Foi com o infravermelho?

- Sim.

- Não está tão alta, mas é arriscado liberá-la assim. – Ela anotou algo na prancheta. – Sente falta da correria?

- Sinto falta de tudo. – Sorri.

- Quando volta?

Eu nem sei se volto

- Provavelmente mês que vem.

- Espera um pouco ai. Doutora eu não sinto dor, não sinto nada, você não pode me liberar. – Cheryl parecia um tanto nervosa.

- Veja bem Cheryl, eu não posso te liberar nesse estado.

- Você sabe que sou enfermeira aqui a cinco anos e eu posso cuidar dela em casa, ainda mais agora que você cuidou dela e deu os pontos que eram precisos. – Interferi. Cheryl ressaltou diversas vezes que não gostava de hospitais e se eu podia ajudá-la, por que não?

- Toni isso é mais complicado do que parece.

- Eu me responsabilizo, vou assinar todos os papeis.

- Verei o que posso fazer lá fora, mas não garanto nada.

- Prevejo que vamos nos dar muito bem. – Falei sorrindo.

- Se você não for como sua amiga Logde, vamos sim. – Elizabeth riu. Em pouco tempo ela já estava sabendo da fama de Verônica ou talvez tenha até presenciado algo. – Eu já volto. – Ela saiu.

Ficamos em silencio. Podia notar o olhar de Cheryl sobre mim algumas vezes, ela parecia incomodada com ela, mas não disse nada. Eu estava propositalmente ignorando ela.

- Você vai continuar me ignorando? - Cheryl falou. Eu apenas fingi que não a via, tudo que não era a coisa mais madura a se fazer, mas dane-se ela precisava levar um gelo. - Sério? Então ta bom. - Ela pigarreou. - Há três dias eu fui num bar e conheci uma mulher, ela era muito gostosa, tinha uns peitões. Quando a gente chegou na minha casa a primeira coisa que eu fiz foi apertar eles e enfiar minha mão na...

- Ahhh, cala a boca! - Eu coloquei as mãos nos ouvidos.

- Vai falar comigo?

- Você é uma babaca Cheryl, o que você quer? - Revirei os olhos.

- Quero te agradecer, por tudo que tem feito por mim. - Ela falou sincera. - Eu realmente odeio hospitais, mas sei que você fez certo em me trazer e... - Ela ficou pensativa.- Obrigada por estar fazendo isso sem pedir nada em troca. Eu realmente não estou acostumada com isso.

MASKS - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora