Capítulo 52

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Sweet Pea ficou surpreso quando segurei sua perna, então dei uma cotovelada em sua coxa, fazendo ele se afastar mancando um pouco. Levantei do chão e limpei o sangue que escorria da minha boca. Sweet veio para cima de mim com socos rápidos, sequências poderosas. Eu desviava de todos, precisava achar uma brecha. Percebi que ele quase não usava as pernas, então deveria me preocupar com os socos. Dei dois passos para trás e percebi a guarda dele aberta, acertei um jab de direita, Sweet Pea tentou contra atacar, mas não deixei, acertei a costela dele. O homem parecia estar começando a ficar irritado e as pessoas estavam animadas. Então decidi mudar meu estilo de luta, faria algo que Antoinette me obrigou a aprender, segundo ela capoeira era uma dança que também era relaxante, mas capoeira também era uma arte marcial brasileira.

- Por que está dançando? - O homem debochou.

- Já já você vai descobrir.

Voltei a gingar e Sweet Pea parecia estudar meus movimentos, como percebi que ele não iria avançar decidi ir para cima, dei alguns socos, foi o suficiente para ele voltar a atacar. Tentei acertar um chute, mas ele desviou, acabou me dando um soco na barriga. Quando Sweet veio me dar outro soco eu coloquei minha mão no chão para dar impulso e girei no ar, acertando meu pé no seu rosto, ele bambeou, mas não caiu. Então assim que recuperei o equilíbrio, girei bem rápido acertando o calcanhar no rosto dele, depois girei de novo e acertei uma segunda vez, percebi seu corpo cair no chão, fim de luta. Até que foi mais fácil do que eu pensava.

- Caramba! - Vero me abraçou. - Quando aprendeu capoeira?

- Toni me obrigou, era isso ou Tai chi.

- Quero ver mais golpes. - Vero estava animada.

- Copeira é dança e não luta, bah Antoinette Topaz. - Soltei uma gargalhada.

Os seguranças logo nos cercaram, acho que iríamos ter que lutar, mas logo Frank apareceu, ele não parecia nada feliz.

- Tragam elas para o escritório, rápido!. - Ele saiu junto com os outros dois que estavam carregando Sweet Pea. Os homens o colocaram num sofá que tinha ali. Frank pegou uma jarra de água e despejou tudo no rosto de Sweet que acordou assustado, mas em seguida resmungou de dor. Eu não estava diferente dele, queria que minha Tee-Tee cuidasse de mim.

- Frank... - Sweet falou manhoso. - Por que fez isso?

- Você precisava fazer isso? Montar toda essa palhaçada?

- Pai, eu sou um homem respeitado.

- Que tomou três chutes na cara. - Vero debochou.

- Você quer...

- Calado! - Frank o repreendeu. - Existem outras formas de resolver isso, não era preciso usar a violência.

- Vocês são pai e filho? - Vero perguntou.

- Você tem algum problema com isso? - Sweet Pea parecia incomodado.

- Não cara, relaxa.

- Ele tem mania de perseguição. - Frank revirou os olhos. - Agora resolvam logo isso, porque eu tenho que cuidar do meu filho.

Frank saiu da sala, levou os seguranças com ele, me deixando com Sweet Pea, que parecia bem aflito com algo.

- Blossom, espero que isso não saia daqui, ele acha que sinto vergonha dele por eu não o assumir como filho, mas eu me preocupo. Vivemos num mundo maldoso onde as pessoas querem ferir as pessoas que amamos tentando arrumar uma forma de nos ferir.

- Eu te entendo e da minha boca não vai sair nada. - Eu garanti a ele. Realmente nem tinha porque eu falar sobre isso. - E pode confiar nela também.

- Certo, o que querem de mim?

MASKS - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora