Capítulo 38

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Chegamos a segunda fase de Masks,

TONI POV

7 anos depois

Cheryl estava sentada no sofá lendo o jornal, ela sempre lia o caderno de economia. Já estávamos atrasadas, eu mais do que ela.

- Amor você já fez o que eu pedi? - Ela abaixou o jornal e me encarou, é claro que ela não havia feito, porque eu terminei de fazer. - Eu sei que não fez. Agora você só tem que levar as meninas para escola, Luna está na cozinha terminando o cereal.

- E a Bea?

- Custa levantar a porcaria do seu rabo do sofá e ir lá ver? - Nem esperei a resposta e fui para a cozinha. Luna, minha filha mais nova, terminava tranquilamente seu cereal. - Você já terminou filha? - Ela não me respondeu. - Luna?! - Falei um pouco mais alto. Ela não me ouviu, provavelmente havia desligado o aparelho. Estalei os dedos na frente do seu rosto e ela me olhou. - Já pegou todo seu material? - Usei a linguagem de sinais e ela assentiu. - Liga o aparelho novamente. - Ela ligou o aparelho.

- A mam e a Bea são muito barulhentas. - Ela sinalizou. Eu tive problemas na gestação e Luna nasceu surda, no início eu me culpei muito e ainda me culpo, eu acabei não sendo capaz de gerar minha pequena perfeitamente. Luna era fisicamente parecida comigo, mas a personalidade dela era como a de Cheryl.

- Não desligue seu aparelho novamente, se precisar abaixe, sabe que em breve vamos colocar um permanente e você vai precisar se adaptar.

- Desculpe mamãe. – Ela falou.

- Tudo bem, mi amor. - Dei um beijo na sua testa. - Eu vou ter que ir ao trabalho, mas sua mam vai te levar para a escola. Quando chegar da escola arrume suas coisas porque vamos passar o final de semana na mansão.

- AHH!! - Ouvi a voz da minha filha mais velha e a vi se aproximar. - Mama você acha que essa está curta. - Ela usava uma saia na altura das coxas e sei que Cheryl implicou com ela.

- Coloca uma calça ou sua mãe não vai parar de reclamar.

- Mas Mama...

- Sem mais Bea. Eu estou indo trabalhar e hoje é sua mãe quem resolve as coisas, então se não quiser colocar uma calça, argumente com ela. - Bea era nossa filha mais velha. E foi depois da adoção dela que Cheryl largou completamente seus 'negócios ilícitos', a Blossom Export já não fazia mais contrabandos ou coisas do gênero, apenas negócios legais. Ninguém se opôs, afinal Cheryl temia pela nossa segurança e eu temia por sua vida.

Era uma noite chuvosa de Novembro. Havíamos acabado de comemorar a ação de graças e estavamos indo para casa. A mansão deixou de ser nossa casa porque Cheryl achava melhor ter nossa intimidade e também após os acontecimentos, vulgo eu ter mandado matar o Robert. A chuva estava tão forte que fazia neblina na pista.

- Acho que deveríamos parar, não da para ver nada. - Falei receosa.

- Eu sei, mas eu quero chegar logo em casa.

- Mas é perigoso Cher e pode acontecer algum acidente... - Não terminei de falar. Cheryl desviou o carro de algo e saímos da pista, batendo em uma árvore. Sentia um gosto metálico na boca e dores no pescoço. Pisquei algumas vezes para me situar, quando voltei a mim, me virei para ver como Cheryl estava. - Cheryl?! - Ela estava com a mão no rosto e eu podia ver um pouco de sangue escorrendo por seu queixo. - Está tudo bem? - Precisei fazer bastante força para soltar o cinto, mas quando soltei fui prestar socorro a minha mulher.

MASKS - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora