Capítulo 51

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CHERYL POV

Eu não gostava de manipular todos ao meu redor, não gostava mesmo, mas eu precisava. Toni disse que isso não era certo, afinal eu estava me metendo diretamente na vida de duas pessoas e Lucy ainda tinha uma filha, admito que isso me deixou bem pensativa, quando cheguei ao escritório de Carlos pela primeira vez, esperei ele gritar comigo que era loucura e me expulsar, mas o homem concordou e afirmou que Vero era o melhor para Lucy e a queria para administrar suas finanças futuramente. Então toda a duvida se dissipou, teria o apoio de Carlos e isso facilitaria muito minha vida em relação ao Nick, mas antes teria que bancar o cúpido.

- Como andam as coisas com Lucy? – Vero franziu a sobrancelha.

- Não tenho nada com Lucy.

- Não disse isso, só perguntei porque ela sempre te liga, pensei que poderia ter acontecido algo.

- Não aconteceu nada.

- Certo. – Estacionei o carro e descemos. Eu já tinha conversado com Carlos, mas fazia parte do plano Vero ir falar ele, afinal ela não sabia de nada, então tinha que parecer que foi tudo natural, coisa do destino.

Entramos na empresa, velhos funcionários cumprimentaram Veronica, perguntaram como ela estava a morena tratava todos muito bem, como velhos amigos. Ela sabia exatamente o caminho e ia me guiando, eu fingindo estar alheia a tudo a seguia. Chegamos ao escritório de Carlos, para minha surpresa a menina, filha de Lucy estava com ele, brincando de boneca no tapete de seu escritório.

Muito esperto, Carlos.

- Veronica, quanto tempo. – O homem a abraçou. – Senhora Blossom.

- Pode me chamar de Cheryl.

- Carlos, que bom vê-lo. – Vero sorria abertamente para o homem, era notável que ela gostava dele.

Quando contei a ele que Vero e Lucy tiveram algo no passado, pensei que o homem iria praguejar, gritar e xingar-me de tudo quanto é nome, mas não fez, sorriu, parecia bobo com a noticia.

- Vero, já conhece minha neta? Ana venha conhecer a tia Veronica.

Pegou pesado.

- Eu já a conheço e não precisa me chamar de tia, me sinto velha. – Vero fez uma careta. – Olá pequena, como está?

- Olá Vero. – Sorriu pra ela.

- Vocês se conhecem? Então tem falado com minha filha?

- As vezes, nos esbarramos um dia no shopping.

- Ela me deu um castelo. – A menina sorriu para Vero, parecia querer fazer algo, mas não sabia se podia. Vero se abaixou e a menina correu e a abraçou.

Se viram só uma vez uma ova, essa menina já tem um carinho por ela, com certeza andam tendo encontros.

Eu estava sentada apenas observado tudo, Carlos sorria ao ver a cena. Ana era linda, cabelos castanhos, pele clara, olhos cor de mel e algumas sardas pelo rosto. Vero a tirou do chão, as duas brincavam e conversavam baixinho, até que Carlos soltou um pigarro.

- Então agora eu preciso conversar com seu avô. – Ela a colocou no chão de novo que voltou a brincar com suas bonecas.

- Então... – O homem se sentou em sua cadeira.

- Serei direta, queremos sua ajuda para encontrar alguém – Fui a primeira a falar. Claro que Carlos já estava a par da situação, mas Vero não sabia.

- Ele é um homem que está tentando nos prejudicar, então precisamos da sua rede de contatos. – Vero foi direta.

- Você sabe, tudo tem um preço.

MASKS - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora