𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐅𝐎𝐔𝐑 | ❛ Jules esperou vinte e quatro anos para conhecer sua alma-gêmea ❜
Julieta nunca imaginou, nem em seus maiores devaneios, que suas vinte e quatro horas no corpo de sua alma-gêmea seriam voltadas exclusivamente para salva...
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Smithsonian, Jules mal se lembra da última vez que pisou ali, e já deve ser a décima vez que agradece mentalmente às muitas placas de instruções e aos guias muito dispostos a lhes mostrar os caminhos. Ela está apenas se deixando ser levada. Nolan, por outro lado, é a personificação de excitação, sua mão enrolada na de Julieta enquanto a puxa para todos os lados com uma animação de dar inveja.
Jules está feliz que ele esteja feliz, mas que Deus lhe ajude a lidar com toda a cafeína que o menino consumiu antes de chegarem ali.
— Que lugar maneiro! — Nolan exclamou no momento em que atravessaram a entrada da Exposição do Capitão América.
Sorrindo suavemente, ela se diverte com as reações da criança, mas não consegue negar que também está bastante impressionada. Maneiro, é o eufemismo do século. Tudo é bem diferente do que ela se lembrava, positivamente é claro, moderno, a iluminação é escura e as cores são harmônicas.
Há uma suave música ambiente saindo por todos os auto-falantes embutidos no teto, um som que é sobreposto apenas pela voz masculina que narra cada etapa da exposição, uma linha do tempo estrategicamente ordenada para levá-los do início ao "fim" do caminho que Steve Rogers percorreu como Capitão América.
Jules não perdeu um único detalhe, porque Nemo queria ouvir tudo sobre a vida de Steve Rogers, antes, durante e depois do soro. Ele salta de exibição em exibição, seu celular em mãos tirando fotos de tudo, meio alheio ao fato de que a irmã está tirando suas próprias fotos.
Ela, no entanto, ouviu com um pouco menos de empolgação infantil. Suas fotos da exposição são mais sóbrias e sérias, mescladas com as iluminadas e lúdicas que ela tira de Nolan e de si mesma. Julieta se recusa a ouvir aquela história com qualquer coisa além da significância que ela merece. Porque tudo aquilo é real, não um conto de ficção criado para inspirar soldados, mas coisas que alguém fez, e que foram feitas à alguém, em favor de uma guerra.
Steve Rogers era alguém real, ele é, ainda vivo por algum milagre, ainda lutando suas batalhas.
Ela não se considera uma fã do Capitão América. É grata, profundamente, mas também espera de todo o coração que o homem possa ter uma vida boa e pacífica, um pouco de descanso depois de tudo que já passou.
Se é que isso existe para pessoas como ele. Como eles.
— Nossa, o homem é enorme. — Nolan parece verdadeiramente chocado quando para ao lado do holograma que representa Steve Rogers em tamanho real após o soro.
Jules ergue a câmera, capturando aquele momento com um clique, e rindo da careta engraçada que seu irmão faz ao reclamar do quanto é pequeno comparado ao homem. Certo, em defesa de Nemo, ela poderia facilmente ficar ofendida com os quase vinte centímetros de desvantagem que tem em relação ao Capitão.