— Elizabeth, huh? — foi a primeira coisa que saiu da minha boca.
Love, quer dizer... Elizabeth e eu estamos há alguns minutos olhando para o rosto uma da outra sem dizer nada.
Depois que eu a vi em sua sala, ela simplesmente fugiu, correu, sem deixar que eu perguntasse, ou falasse algo. Eu fiquei confusa e não soube o que fazer. Não sabia se eu deveria correr atrás dela, ou se deveria ficar parada e fingir que tudo aquilo não havia acontecido, que a noite passado foi apenas um surto da minha cabeça.
Eu decido ir atrás dela. Porque de alguma forma, eu não quero esquecer, não quero fingir que a noite passada foi um sonho. Love ou Elizabeth, ou seja lá qual for seu verdadeiro nome, mexeu comigo. Com minha mente, meu corpo. E eu só queria uma explicação.
Infelizmente, não a encontrei no Campus, mesmo tendo procurado em cada canto do lugar e eu não me orgulho de dizer que naquele dia, não compareci em nenhuma das minhas aulas, apenas para procurar por ela.
Minha busca sendo totalmente em vão.
Nós próximos dias, eu continuei procurando, eu até consegui encontrar o seu horário, mas toda vez que eu me aproximava, Love fugia e sumia.
Eu esperei, e depois de uma semana tentando de maneira falha falar com ela, havia chegado o dia da aula de direção.
Eu nunca acordei tão cedo e nunca fui tão animada para a faculdade como naquele dia.
Para a minha infelicidade, a professora Elizabeth teve complicações e precisou faltar a aula, deixando que a coordenadora aplicasse a matéria.
Foi nesse dia que eu desisti de procurar por ela.
Eu não a seguia mais em suas aulas, e também faltava todas as aulas de direção, mesmo que isso significasse ganhar uma reprovação no fim do semestre.
Achei ser a melhor opção para mim e para ela.
Alguns dias depois talvez umas três semanas, ou quatro (não que eu estivesse contando), quando faltavam apenas uma semana para a primeira prova do semestre letivo, eu estudei pela manhã e na parte da tarde fui para o meu turno na cafeteria como todos os dias.
Mais uma vez, meu chefe pediu que eu ficasse encarregada de fechar a loja. Eu fiquei lá até o fim da noite, e quando eu pensei que não receberia mais nenhum cliente, a porta de abriu, fazendo com que o barulho do sino chamasse minha atenção e ela entrou.
Eu não esperava recebê-la ali. Love, a mulher com quem eu transei bêbada no bar, e mesmo estando bêbada as lembranças ainda estavam vivas na minha mente. Love também era Elizabeth, minha professora de direção que seria responsável pela minha primeira reprovação na faculdade.
Ela pediu um café, e se sentou em um dos bancos.
Eu fiz seu pedido, indo até ela e lhe entregando. Love fez um sinal, e depois dele eu me sentei à sua frente, sem me preocupar em trancar a porta.
Eu sei que não receberia ninguém naquele momento.
— O meu segundo nome é Love, na verdade. Eu não quis dizer meu primeiro nome porque, bem... Você era uma estranha — ela diz, bebendo um gole do seu café.
— E você transou comigo — foi minha resposta. Mesmo que eu tenha soado um pouco imatura.
— Eu estava bêbada. E você também — sua voz continuava a mesma. Eu ainda me lembrava.
Também me lembro dos seus gemidos, dos seus dedos dentro de mim e da maneira com a qual ela me tomou. Ainda era muito recente, e toda vez que eu fechava os olhos, as imagens vinham na minha mente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
BAD THINGS •Billie Eilish• ✅
FanfictionOne shots com a cantora, compositora e diretora Billie Eilish © Okaytamys, 2021