BAD THINGS •Billie Eilish• ✅

Wildest dreams

Resumo: "Eu posso deixar você me foder, mas no campo ainda somos rivais"— Noémie falava toda vez que tinham um jogo juntas. E depois, ao invés de Billie ir para o bar afim de comemorar ou enterrar as mágoas, ela ia para o apartamento, onde esquecia tudo do mundo exterior enquanto se enterrava em Noémie, sua rival (ou quase).

Avisos: Geralmente quando vocês me pedem parte dois de um conto que não tem parte dois eu só finjo que não vi kkkkkk mas dessa vee quis trazer a parte dois pra vocÊs

Nothing lasts forever
But this is getting good now

— Você fica insuportável quando perde — Billie revirou os olhos ao dar um taça de vinho para a rival, não tão rival assim.

Billie e Noémie eram rivais quando se tratava do público. Elas jogavam piadas e se tratavam com indiferença. É claro, tudo aquilo era apenas em público, porque quando se viam sozinhas, as duas estavam longe de serem rivais que se odeiam.

Tudo começou há alguns meses atrás, uns três ou quatro, quando o time de Noémie venceu contra o time de Billie e no fim da noite as duas não conseguiram controlar o desejo que guardavam e acabaram se jogando nos braços uma da outra.

Precisou de dois meses para que começassem um relacionamento às escondidas, mas quando ele começou, elas começaram a se visitar quando estavam livres. Às vezes Noémie ia para a Alemanha, onde o time de Billie jogava. E às vezes, Billie ia para a França, onde Noémie nasceu e jogava.

Naquele fim de semana, liberada de seus trabalhos no campo, Billie decidiu visitar a namorada. Ela até viu o jogo da área vip, dizendo que só estava observando as adversárias para um próximo jogo. Ninguém duvidou que na verdade, ela estava ali para torcer para a namorada. E ela agradeceu o fato de só ter duas amigas de Noémie perto quando a jogadora marcou seu gol, porque Billie perdeu a voz de tanto gritar.

Mesmo fazendo dois gols, o time de Noémie acabou perdendo e sendo desclassificada da competição, o que era uma pena já que a equipe do psg tinha muito potencial para chegar às finais.

Noémie sabia disso e por isso seu humor não estava dos melhores. 

As jogadoras sempre eram mais cobradas do que os jogadores, e isso fazia com que tivessem que se esforçar o dobro para que não sofressem com a pressão dos fãs e da mídia. Algumas jogadoras não se importavam com as falas maldosas do público, como Billie. Mas outras se importavam, como Noémie.

Não é que ela sentisse raiva pelo time adversário ter vencido, ela só ficava pensando em como o seu time sofreria com a perda, a culpando e a chamando de péssima capitã como antes já havia acontecido.

Ela culpava o treinador por ter colocado a jogadora errada na hora errada, e culpava a novata por seus erros de campo e falta de entrosação com o restante do time.

A única coisa que ela sabia, era que elas poderiam ter ganhado, e isso estava fazendo seu rosto ter uma carranca raivosa desde que saíram do Estádio.

— Você podia parar de fingir que está triste por mim — Billie riu, subindo no colo de Noémie e fazendo com que ela deixasse a taça de vinho na mesa de centro.

— Eu estou triste, porque eu gosto de jogar contra o seu time e agora isso não vai mais acontecer, mas eu estou feliz que é menos um adversário para encararmos — Ela não escondeu, até porque não adiantava mentir para Noémie.

Se a jogadora tivesse no seu lugar, pensaria a mesma coisa.

— Veja pelo lado bom, eu posso te fazer esquecer da raiva — Billie se inclinou, sussurrando para a -não tão- rival.