Capítulo 13: Mortes

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Pov Sunoo

Acordei com Hoon se mexendo, permaneci com os olhos fechados e escutei o arfar dele assim que acordou e percebeu como estávamos, ele tentou se afastar e eu, fingindo um reflexo, soltei a mão de Hee, fazendo-o acordar também, e puxei Hoon pela cintura pra perto de novo. e com a minha mão esquerda, que estava entre eu e Hoon, eu segurei a mão de Hee no momento em que ele tentou tira-lá da minha cintura.

- O que ele tá fazendo? - Hoon perguntou.

- Ele parece tá com frio - Hee falou.

- É, pode ser, mas não é uma boa ideia eu ficar tão perto, de nenhum de vocês. - Hoon disse e, depois de alguns segundos, como se tivesse lido pelas feições de Hoon, Hee falou.

- Você também sente, não é? O coração acelerar perto da gente? - Hee disse como se desabafasse.

- Sinto, mas isso deve ser coisa da minha cabeça.

- Não é algo da sua cabeça quando mais de uma pessoa sente, e eu também sinto. - Hee falou soltando minha mão e se levantando.

- Sério? Você não tá brincando comigo não, né? Porque se tá, não tem graça - Hoon falou se levantando também, assim que ele fez isso eu me encolhi, como se sentisse frio, e virei pra onde antes tava Hee, tentando encontrar algo, e quando não encontrei nada, me abracei.

- Eu jamais brincaria com os sentimentos de alguém - disse e depois de uma pausa continuou - Ele realmente tá com frio, me ajuda a cobrir ele. - Hee falou.

Senti eles me embrulharem com o saco de dormir antes de andar na direção de onde tava a fogueira ontem, depois de alguns segundos ouvi o barulho do fósforo riscando e o calor que vinha da fogueira.

- Você acha que ele sente por nós o mesmo que sentimos por ele? Ou ele nos vê apenas como aliados? - Hoon perguntou e eu abri levemente os olhos, conseguindo vê ele abraçado à Hee com a cabeça em seu peito, enquanto Hee lhe fazia cafuné.

- É difícil saber os sentimentos dele, ele não deixa transparecer, nem nas feições, nem nas ações, a gente só vai saber se ele contar. - Hee respondeu.

- Queria perguntar, mas não sei se teria coragem e nem se conseguiria algo além de um não como resposta. - Hoon disse.

- Você é sempre pessimista assim? - Hee perguntou.

- Não é ser pessimista, é aceitar a realidade de que alguém tão lindo e carismático como ele, não vai me amar. - Hoon falou.

- Além de pessimista, é dramático. - Hee disse e segurou no queixo de Hoon, olhando em seus olhos - Você não tem como saber a resposta até chegar a hora, se nós carregamos esse sentimento, ele pode carregar também, pode ser o destino - falou dando um selinho rápido em Hoon, que abriu um pequeno sorriso.

- Tem razão, esperança é a última que morre, não é mesmo? - Hoon disse, roubando um selinho de Hee e se levantando pra correr.

- Seu danado, volta aqui! - Hee disse se levantando e correndo atrás dele.

Eles deram algumas voltas na caverna, até Hee segurar Hoon e puxá-lo pro saco de dormir, assim que caíram eu fingi acordar no susto, me sentando rapidamente e logo sendo atacado por Hee, que fazia cócegas em Hoon e agora em mim também, demos altas gargalhadas até nos acalmarmos.

- Algum de vocês pode me explicar o ataque de cócegas logo pela manhã? - perguntei, vendo-os dar de ombros - Tá bom então... e sua perna, melhorou? - perguntei pra Hoon.

- Sim, a ferida fechou e eu consigo até correr, olha. - falou dando uma volta correndo na caverna, me fazendo sorrir.

- Ótimo, então a gente come alguma coisa e saímos em busca dos meninos logo depois - disse enquanto me levantava, vendo-os assentir.

EN- 100° Edição: Jogos Vorazes A Tradição Onde histórias criam vida. Descubra agora