onde ele está?

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Bakugou

Ainda na cama, escutei vozes vindo de algum lugar, parecia uma propaganda ou um jogo de futebol sendo narrado em um rádio, os pequenos chiados as vezes incomodava mas, o que se falavam eram audível e entendivel.

* Agora, a previsão do tempo...per...de Tóquio O clima continua e continuará com a queda de neves, em...Shirakawa-go é de senso comum, aconselhável que os moradores fiquem em casa...a tempestade durará até o amanhecer, agradeço pela atenção dos ouvinte e tenha um bom dia.

- Você acordou.- Midoriya estava sentado na beira da cama, enquanto um rádio ligado pairava em cima da mobília rústica ao lado da cama.

- Sim.

- Você disse que ia sair hoje né? Tome cuidado, a previsão do tempo diz que é pra cair neve pesada esse ano.

Ele se aproxima de meu rosto, e descansa os lábios em minha testa deixando um beijo.

- Vou sim, pode deixar.

Me levanto e sento na beirada da cama, ando por todo quarto enquanto procuro algo pra vestir e ele me segue com o olhar a cada passo que dou no cômodo.

- Logo logo você vai fazer um buraco em mim de tanto que me olha.

- Eu não faço buraco em seu corpo, não é do meu feitio, em vez disso eu prefiro alargar os que você já tem.

- Mas o q- vou nem falar nada, não é como se eu pudesse argumentar alguma coisa que o faça criar juízo nas coisas que fala.

- Que horas você volta?

- ainda são 09h:20 da manhã- ainda virado em direção ao relógio em cima da cornija da lareira, viro os olhos para cima enquanto raciocínio a quantidade de horas.

- Vai demorar muito?

- Umas 15h:00 eu volto- respondo após ter os pensamentos interrompidos- então umas 15h:30 eu tô por aqui.

- ....

- O que foi?- termino de abotoar a calça jeans preta e me viro para olha-lo- ficou quieto do nada.

- Você...- ele puxa a palavra por um curto período e ainda olhando para mim- O que você acha da ideia de ser como eu?

-.....

Isso me pegou de surpresa, não posso responder isso no calor do momento, não posso dizer que não quero pois se eu me tornasse como ele eu poderia viver muitos anos ao seu lado- abaixo a cabeça e foco na camisa preta no pé da cama- mas se eu me tornar um vampiro e acontecer algo com ele vou viver eternidades de solidão absoluta.

- Esqueça o que eu perguntei.

- O que? - finalmente paro de focar na camisa e olho para ele.

Ele já não está mais na cama, e sim na minha frente, suas mãos rapidamente envolvem meu rosto.

- Não vou ficar bravo se você não querer, está tudo bem.

Seus braços arrodeiam meu corpo e me abraçam com força, sua respiração faz cócegas em meu pescoço, mas não me afasto do abraço, parando para pensar, acho que esse foi nosso primeiro abraço tão significativo.

- Eu não sou contra...- sussurrei na altura do seu peito - só tenho medo.

- Está tudo bem, eu gosto de você assim, não deixaria de amar você mesmo se você fosse um mendingo ou algo pior. Além disso, não quero que se preocupe com seus medos, eu vou te proteger até mesmo do que vem de dentro de você.

Vampiros e SérvosOnde histórias criam vida. Descubra agora