Quarta feira, 4 de maioDean e eu finalizamos uma caçada no sul Wyoming, era um espírito vingativo que nos deu mais trabalho do que o esperado.
Quando terminamos de solucionar o caso, eu quis voltar ao Bunker, mas Dean preferiu ir para um bar, então o deixei lá, e voltei sozinho, embora a ideia não me agradasse, sei o quanto Dean pode exagerar as vezes.
Sam e Eileen estavam em casa, ela estava indisposta pela gravidez e como era de se esperar, meu cunhado fez todo o possível para que ela se sentisse melhor, Dean costuma dizer que se Sam pudesse ele carregaria aquela criança, não tenho dúvidas disso.
Aproveitei o tempo, para dar atenção a Romeo e Thomas que precisavam cuidar de seus pelos, eles são felinos carinhosos e adoram atenção, os gatos se parecem bastante com os humanos em certos aspectos, talvez seja por isso que gosto tanto deles.
As horas foram passando, e como Dean não voltava, resolvi ir atrás dele.
Como havia previsto ele ainda estava no bar, mas precisamente jogado no balcão, tão bêbado que mal podia pronunciar o próprio nome.
- Dean! - gritei seu nome e em uma tentativa frustrada de me encarar ele quase caiu do banco, mas me apressei para segurá-lo.
Ele me olhou, provavelmente não me enxergando, e agradeceu.
- Obrigado... eu preciso ir embora - disse tentando se levantar, sem sucesso.
Acertei sua conta com o barmen e o carreguei até o impala, o guiando pra casa, ele provavelmente me mataria se soubesse que estava a conduzindo, mas como naquele momento ele não sabia se quer o que significava "baby", não dei importância à isso.
Deixei o impala na garagem e o carreguei pra dentro, Sam que estava na sala do Bunker massageando os pés de Eileen, me encarou quando me viu entrar com Dean em meus braços.
- Hm.. Deixa eu adivinhar? Ele tomou outro porre! - deduziu.
- Bastante previsível para o Dean, infelizmente - assenti.
- Cara, isso tem que parar - ele disse decepcionado - precisa de ajuda?
- Eu cuido disso, não se preocupe - assenti e subi o levando para nosso quarto.
Ele não parava quieto o que dificultou no processo de despi-lo para levá-lo ao banho.
- Ei... não pode fazer isso - ele esperneou.
- Dean, preciso que colabore, você precisa de um banho, e não vou conseguir fazer isso se não parar de se debater.
- eu não posso... Não posso...
- Dean, está falando coisas sem sentido, eu realmente preciso que me ajude a ajudá-lo - insisti.
- SAI COM ESSA MAO PRA LÁ - ele me deu um tapa tentando se esquivar - EU SOU CASADO!
Dei um breve sorriso ao finalmente entender o motivo de sua resistência as minhas tentativas de tirar suas roupas.
- Eu sei disso Dean! Mas preciso que você me deixe te dar um banho, está bem?
- Não... Só o meu marido pode fazer isso... cadê ele? CASTIEL!
Segurei seu rosto entre minhas mãos e olhei em seus olhos.
- Dean! Olhe pra mim, sou eu Castiel.. Seu marido!
- Cas... - ele parecia estar tentando processar - você pode me ajudar, eu acho que bebi um pouco demais...
- Sim, você bebeu - constatei - e é exatamente o que eu estou tentando fazer mas pra isso preciso que me deixe tirar sua roupa, está bem?
Ele assentiu.
- Nos vamos... transar? - perguntou rindo e me deixando corado.
- Não Dean, não vamos, olhe só o seu estado, vou te dar um banho, apenas isso.
- Você vai tomar banho comigo uh? - fez bico.
- Dean...
Ele me encarou manhoso.
- Está bem, vamos lá.
O levei até o banheiro, e entrei no chuveiro com ele, nas primeiras gotas d água ele se encolheu me abraçando.
- Cas... esta frio - ele tremeu.
- Está tudo bem Dean, eu estou aqui.
- Castiel... Cas!
- Eu estou aqui Dean, olhe pra mim - olhei em seus olhos - você está bem.
- Me perdoa... Me desculpa Cas... - ele começou a chorar.
- Pelo que está se desculpando?
- Eu te envergonhei... eu sou um idiota, não desiste de mim!
- Eu estou aqui, não estou? - seguirei seu rosto entre minhas mãos - eu nunca vou desistir de você está bem? Agora pare de chorar.
Ele assentiu me abraçando, e acho que poucas o vi tão frágil e tão sensível como naquele momento.
- Eu te amo Castiel...
- Eu também amo você Dean - depositei um beijo no topo de sua cabeça e ele tentou beijar meus lábios mas desviei.
- Me beija Cas, você não quer me beijar?
- Não Dean, não vou beijá-lo assim, inconsciente - eu disse - o amor precisa ser consentido, e você não está em condições de responder por seus atos.
- Mas nós somos casados - ele riu - pode me beijar quando quiser.
- Eu sei e exatamente por isso que te respeito - expliquei - o fato de sermos casados não me dá a liberdade de fazer o que quiser de você, eu prefiro que você esteja consciente, e são, é sobre isso que o verdadeiro amor se trata, saber respeitar os limites, e eu respeito os seus.
- Você não existe Cas - ele sorriu novamente - você é perfeito demais pra mim... Eu não mereço isso.
- Você merece sim Dean... É uma pena que não perceba isso.
Quando saímos do banho o vesti e nos deitamos em nossa cama, ele se aninhou em mim como sempre fazia e logo adormeceu, então o deixei na cama e preparei alguns remédios pra quando ele acordasse com dor de cabeça e mau humor.
Eu detesto ver Dean bêbado, porque sei que ele não faz isso apenas por lazer, é algo profundo, pra suprir coisas que ele perdeu ainda na infância, e isso dói tanto em mim quanto dói nele, talvez até mais. Por isso cuido dele, por isso me preocupo, mesmo que aquilo não fosse meu dever eu faria mesmo assim, porque as dores de Dean também são minhas.
Sei que quando acorda ele se sente culpado, envergonhado, e se autossabota, e por isso fiquei do seu lado, pra que ele saiba que sempre vou estar aqui, assim como Sammy.
Dean se acostumou a ver todos indo embora, ele precisa se acostumar com a ideia de que algumas pessoas ficam.Eu escolhi ficar.
Notas da autora: Querido diário hoje eu boiolei 🤧💚💙
Até o próximo capítulo meus bb
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Dean And Me
FanfictionAlguns momentos do nosso amado casal, eternizados pelo ponto de vista do nosso querido anjinho de sobretudo. Castiel relata sua história de amor com Dean, e abre seu coração revelando todos os seus sentimentos pelo homem que deveria proteger. Venha...