Dean And Me

Apenas nós

Quarta feira, 3 de fevereiro

Dean acordou de péssimo humor esta manhã, não me surpreendi, já me acostumei com suas variações de humor repentinas.

Ele não me diz, mas sei que ele anda preocupado por ainda não ter conseguido restaurar minha graça, embora eu o diga que ele não tem nenhuma responsabilidade sobre isso, e que estou bem, ele não parece convencido.

Decidi surpreendê-lo com um café da manhã, então quando ele desceu, encontrou a mesa posta com todas as suas guloseimas favoritas.

- O que aconteceu aqui? - questionou erguendo a sobrancelha.

- Bom dia Dean! Eu... Preparei o café pra você - respondi com um pouco de receio.

Ele analisou a mesa com uma expressão indecifrável e caminhou até mim.

- Fez tudo isso sozinho é? - indagou.

- Sim, exceto pelos croissants.

Ele abriu um sorriso orgulhoso.

- Mandou bem! - disse antes de me dar um beijo estalado na bochecha.

Ele se sentou a mesa, e começou a se serviu até que me encarou.

- Não vai comer não? - perguntou.

- Bem... Eu fiz pra você!

- E daí? você é meu convidado - disse fazendo sinal para que eu me juntasse a ele.

- Está bem!

Tomamos café enquanto ele folheava o jornal a procura de um caso.

- Olha só isso Cas, duas garotas foram vítimas de ataque de animal em Illinois, suspeito não?

- Acha que pode ser um caso?

- É o que vamos descobrir - ele disse se levantando.

- Espere, vou com você!

Me levantei para segui-lo mas ele me impediu.

- O que houve Dean? - questionei confuso.

- Sabe o que é Cas, é que eu... Acho melhor você ficar aqui! Sabe eu não quero que se machuque, você está sem sua graça e eu não...

- Pare Dean! - interrompi antes que ele pudesse terminar - não vou ficar aqui enquanto se arrisca, posso não ter meus poderes, mas ainda posso ser útil, além do mais, não vou permitir que vá sozinho à uma caçada contra algo que nem sabemos o que é, eu vou com você!

- Cas tem certeza disso? eu não quero que você se machuque!

- Eu vou com você Dean, não tente me impedir - insisti.

Ele sorriu.

- Anjinho teimoso, está bem, você pode vir - ele me depositou um beijo, e o segui.

A caçada não nos custou tanto, e em algumas horas estávamos de volta ao Bunker, era apenas mais um caso de vampiros.

Dean me parabenizou pela forma como agi diante dos monstros, é sempre bom orgulha - lo.

Estava um tanto cansado e me deitei assim que chegamos, e então ele se juntou a mim, seus olhos verdes encontraram os meus e tudo o que pensei naquele instante foi na sorte que tenho por estar junto dele.

- Ei Cas!

- Sim, Dean... - senti meu ar falhar quando ele aproximou mais seu rosto do meu.

Ele não disse nada, apenas me depositou um beijo, e em seguida foi distribuindo vários outros ao redor do meu pescoço, e senti minha pele se arrepiar.

Não existem palavras quando o assunto é o toque de Dean, ou seus beijos, nada que eu escreva aqui é capaz de descrever a sensação de quando seus olhos esmeraldinos encontram os meus, quando sua pele se encosta na minha, ou nossos lábios se encontram.

Em todos essses anos na terra, encontrei explicação para centenas de perguntas, mas nunca encontrei uma resposta para definir o efeito que Dean Winchester causa em mim, me sinto totalmente entregue em seus braços, e isso é a mais bela e incrível sensação que um anjo pode sentir.

- Dean... - precisei interrompê-lo, mesmo que aquela não fosse minha verdadeira vontade.

- Que foi? Fiz algo errado? te machuquei? - ele perguntou analisando meu pescoço.

- Não, não é isso Dean... Mas acho que deveríamos organizar as coisas, Sam e Eillen devem estar chegando a qualquer momento.

- Droga! Esqueci completamente - ele passou a mão pelo rosto - temos que arrumar essa bagunça!

Dean não é nem de longe um homem organizado, e isso jamais me incomodou, ao contrário de Sam.

O ajudei a organizar as coisas e em seguida tomamos um banho.

- Prontinho! Nem parece o mesmo Bunker - ele sorriu.

- Podemos comer alguma coisa agora, se quiser - sugeri.

Ele olhou para mim e sorriu.

- É uma boa ideia - disse mordendo os lábios antes de avançar sobre mim me beijando.

Outro ponto sobre Dean é seu interminável apetite sexual, ele poderia facilmente fazer sexo comigo por um ou dois dias interuptos.
Obviamente isso também não é um problema para mim, o fato é que ele respeita muito meu espaço e minhas vontades, e eu quase sempre estou disposto a amá-lo a tarde toda.

De qualquer forma naquele momento não foi uma boa ideia, visto que Sam e Eileen chegaram e por pouco não nos flagraram durante o ato.

- Boa tarde... Tudo bem aqui? - ele questionou sorrindo.

- Ótimo Sammy, nós estamos muito bem, não é Cas? - tentou disfarçar sem muito sucesso.

- Sim, estamos sim, quero dizer... Como foi a viagem?

- Excelente! Mas cansativa não é querida?

Eileen concordou sorrindo.

- Porque não vão tomar um banho e descansar irmãzinho? Cas e eu fazemos o jantar - ele sugeriu.

- Está bem - ele deu a mão para Eileen que o seguiu - Ah! Não se esqueçam de lavar as mãos, por favor!

Dean me encarou envergonhado e não pude evitar rir da situação.

- Isso é tudo culpa sua, seu anjo safado! - ele acusou.

- Não tenho ideia do que está dizendo, que eu saiba, você quem sugeriu que fazer sexo no sofá pudesse ser uma boa ideia - dei de ombros.

- E você concordou! Afinal anjos não são pra isso? para nos impedir de ter ideias ruins?

- Tecnicamente sim, mas não quando essas ideias nos beneficiam - conclui.

- Pra onde foi aquele Castiel inocente? sinto falta dele - disse sorrindo.

- Não tenho ideia, mas se tem alguém que pode encontrá-lo de volta, esse alguém é você - constatei.

Fizemos o jantar, Dean e eu nos damos bem na cozinha, e esses pequenos detalhes nos aproximam cada vez mais.

Ele está guardando suas armas e sei que quando acabar, vai me fazer largar tudo para fazermos amor, e eu não vou negar, porque cada vez é como a primeira, e nos entendemos na cama como nos entendemos em qualquer outra situação de nossas vidas, perfeitamente.

Não temo mais por nós como temia antes, quando acreditava que ele seria incapaz de me amar na mesma intensidade que o amo, ou quando acreditava que ele acordaria algum dia e perceberia que já não sente mais o mesmo por mim.

Hoje sei que nada disso é possível, porque Dean não me ama pelo que faço, e sim pelo que sou, e porque sei que mesmo que tudo tivesse sido diferente, que tivéssemos nos encontrado de outra forma, ainda assim nos pertenceriamos, e iriamos nos amar do mesmo jeito.

Nosso amor estava escrito!

Notas da Autora: sou cadela deles não nego 🤧💙💚