Capítulo 12

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Quando a Sara falou que tinha um vampiro em casa, meu coração acelerou mais do que já estava acelerado.

Rapidamente liguei pro Kayc e ele atendeu;

- Oii Christian. (Kayc)

- Kayc?? (Perguntei)

- Tem um vampiro na minha casa. (Falei)

- Como assim? Você está seguro???? (Kayc)

- Eu tô com a minha prima aqui no meu quarto, alguém entrou em casa e é um vampiro, tranquei a porta do meu quarto e estamos tentando fazer o mínimo de barulho possível. (Falei)

- Não vai adiantar, ele sabe que tem humanos na casa pelo cheiro de vocês. Tentem se esconder e ficarem seguros, eu estou indo. (Kayc)

Assim que desliguei a chamada, começamos a ouvir passos lentos na escada, algo estava subindo para os quartos.

Sara e eu fomos pro canto do quarto, do lado do guarda roupa e ficamos lá em silêncio.

O vampiro começou a entrar em cada quarto e olhar tudo lá dentro, ele estava procurando por humanos.

Só restou dois quartos, o de hóspedes e o meu que é o último.

- Sara, acho que o Kayc não vai chegar a tempo. (Falei)

E então, o vampiro se aproximou da porta do meu quarto, senti como se ele soubesse que tinha gente ali.

Ele tentou abrir a porta mais estava trancada, e então, com um só empurrão ele arrombou a porta.

Eu e a Sara gritamos, o vampiro olhava fixamente nos meus olhos, parecia que ele ignorou a presença da Sara. Estranhei, senti como se eu fosse importante.

Lembrei do spray de alho que estava na mochila.

- Finalmente, vou ser o primeiro vampiro a experimentar seu sangue. (Vampiro)

Quando ele disse isso, percebi que eu só tinha duas opções, ou eu ficava ali esperando ele me atacar, ou eu tantava pegar o spray de alho. Respirei e decidi tentar pegar o spray de alho.

Me levantei e ele ficou olhando pra mim, ele continuava olhando pros meus olhos.

Olhei pra mochila, contei até três mentalmente e corri.

Na hora que corri ele veio com tudo pra cima de mim e bati com tudo na parede, depois cai do chão e ele me levantou com uma só mão.

Ele segurou firme meu pescoço enquanto sentia o sangue percorrendo pelas veias do meu pescoço.

Foi nesse momento que a Sara pegou uma cadeira e quando foi tentar jogar nele, ele à empurrou contra parede com tal força que ela chegou a desmaiar.

Tentei correr e ele me pegou de novo, quando finalmente estava prestes a me morder, o Kayc chegou, o vampiro me soltou e os dois se encararam por instantes, e então, Kayc atacou o outro vampiro.

Os dois começaram a brigar, uma briga bem violenta. O vampiro deu um soco no Kayc e o Kayc empurrou ele contra a janela fazendo o vampiro voar pra fora de casa, Kayc correu e pegou o vampiro na rua.

O vampiro já não tinha tantas forças, o Kayc pegou ele pelo pescoço e apertou até separar a cabeça dele do corpo, e depois, o corpo decapitado do vampiro se desintegrou no ar, virou pó.

Kayc voltou pro quarto e fomos socorrer minha prima, Sara.

Depois de uns minutos, Sara acordou. Dei uns remédios pra ela, por sorte ela não se machucou tanto como eu pensei. Ela evitou falar com o Kayc e estava nítido no rosto dela o desconforto com a presença do Kayc ali.

Arrumamos o quarto.

- Vou pra casa, tô com um pouco de dor ainda. (Sara)

- Tem certeza? (Perguntei)

- Sim, quero a minha casinha. (Sara)

- Se quiser eu posso te acompanhar até lá e depois eu volto. (Kayc)

- Não, não precisa, obrigada. (Sara)

Sara foi embora.

- Por pouco eu não estaria morto, se não fosse você eu não sei o que teria acontecido comigo. Obrigado.  (Falei)

- Não tem que agradecer, sou seu amigo e estou aqui pra te proteger. (Kayc)

- Já imaginou, Christian vampiro? (Perguntei ironicamente)

- Prefiro nem imaginar, não quero isso pra você. (Kayc)

- Então é isso que acontece quando se mata um vampiro? Eles virão pó e se desintegram no ar? (Perguntei)

- Sim, quando se arranca a cabeça de um vampiro, viramos pó, essa é uma das maneiras de se matar um vampiro. (Kayc)

- Você pode demorar mais um pouco aqui? (Perguntei)

- Posso, não tenho horário pra voltar pra casa hoje. (Kayc)

- Quer assistir algum filme comigo? (Perguntei com um sorriso no rosto)

- Claro, por que não? (Respondeu Kayc com um sorriso no rosto também)

Eu ainda não estava bem, não queria demostrar que ainda estava assustado pro Kayc não ficar preocupado. Deixei ele escolher o filme enquanto eu fiz um pouco de pipoca.

Era 17:20 da tarde e o Kayc estava no meu quarto assistindo Titanic comigo. Eu estava me sentindo mais seguro ao lado dele.

Na metade do filme eu dormi, deitei minha cabeça no ombro do Kayc e apaguei. Tudo que lembro e de sentir ele passando a mão pelo meu cabelo, fazendo um cafuné.

Quando acordei já estava de noite, eu estava sozinho no quarto. Ouvi a voz dos meus pais, eles já estavam em casa.

Me levantei da cama e vi um papel do lado da TV;

Seus pais chegaram e não tinha como eu ficar mais tempo aí, vi que você estava dormindo e não quis te acordar, ajeitei você na cama e te cobri antes de ir embora. Até amanhã.

- Kayc

Guardei o papel e desci pra falar com meus pais.

Continua...

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