Kayc passou na farmácia e comprou lenços, álcool e uma pomada. Paramos em algum lugar na rua e ele fez questão de limpar o sangue e passar a pomada, eu fiquei quieto e só falei o necessário, ver e sentir ele tão perto de mim me deixou nervoso demais.
Em alguns momentos percebi e senti que o Kayc estava meio desconfortável por estar limpando sangue, as vezes ele me olhava como se quisesse me devorar e eu ficava mais nervoso.
E então, fomos pra lanchonete:
- Como está se sentindo? (Kayc)
- Tô bem melhor. (Falei)
- Que bom. (Kayc)
- Que tal esfihas de carne e frango? (Perguntei)
- Na verdade eu não quero comer, não tenho fome. Fique a vontade pra escolher? (Kayc)
- Vou escolher de queijo então. (Falei)
- Ótimo. (Kayc)
Fiz o pedido das esfihas e enquanto a gente comia, comecei a perguntar da vida dele;
- Faz muito tempo que você veio pra cá?
- Faz mais ou menos um mês. (Kayc)
- Onde você morava? (Perguntei)
- Na Irlanda, morava em uma pequena cidade no norte do país. (Kayc)
- Então você já é acostumado com o frio. (Falei)
- E você? Faz muito tempo que mora aqui? (Kayc)
- Eu nasci aqui, então faz 17 anos que moro aqui. (Falei)
- Nunca se mudou de cidade? (Kayc)
- Não. E você? (Perguntei)
- Bom, eu nasci nessa cidade no norte da Irlanda, essa é a primeira vez que estou fora da minha cidade. (Kayc)
- Estranho. (Falei)
- O que? (Kayc)
- Você sair de uma cidade no norte da Irlanda e atravessar os Estados Unidos inteiro pra vim pra Seattle. Você deve ter um bom motivo para ter feito isso. (Falei)
- Sim eu tenho um bom motivo. (Kayc)
- Você veio sozinho? (Perguntei)
- Sim mas em breve alguns parentes meus vão vim também, acho que semana que vem eles já estão aqui. (Kayc)
- Interessante. (Perguntei)
- Te deixei curioso, não deixei? (Kayc)
- Não. (Falei)
- Quem sabe um dia eu te falo o motivo de eu ter vindo pra cá. Você deve estar pensando que algo grave aconteceu, afinal não é todo dia que un irlandês que mora no interior sai do seu país sozinho e vem pros EUA. (Kayc)
- Que bom que você me entende. (Falei)
- Bom, a única coisa que posso te dizer por enquanto é que sim, aconteceu algo muito grave pra ter feito eu sair da Irlanda. (Kayc)
Quando ele falou isso, a minha curiosidade aumento mil vezes mais, descobrir o motivo pelo qual ele veio pra Seattle se tornou minha missão de vida.
Terminamos de comer e ele me trouxe de volta pra casa, já era quase 10 horas da noite.
- Mais uma vez, obrigado por hoje. (Falei)
- De nada, fiz apenas minha obrigação. (Kayc)
- Sua obrigação? (Perguntei)
- Sim, ajudar as pessoas que eu gosto e precisam. (Kayc)
Antes de sair do carro falei:
- Até amanhã Kayc.
- Até amanhã Christian. (Kayc)
Sai do carro e entrei em casa, dei uma boa desculpa pros meus pais e sobi pro meu quarto, tranquei a porta.
Kayc não conseguiu se camuflar, tem umas coisas que eu ainda não falei, quando eu falei "Até amanhã Kayc", notei que a cor da pupila dos olhos dele mudou de marrom pra vermelho e depois voltou pra morrom de novo, foi uma coisa rápida e estranha.
Enquanto ele estava na farmácia comprando os coisas pra limpar o sangue, dei uma rápida observada no carro inteiro, vi que atrás do banco dele tinha uma pequena caixa e quando abri essa caixa tinha tubos vazios, aqueles tubos usados em coletas de sangue, alguns tinham informações de pessoas como nome e tipo sanguíneo.
Senti que ele poderia ser perigoso e mandei mensagem pra Mariana e ativei a minha localização pra se algo acontecer ela saber onde estou. Quando ele voltou da farmácia, tentei agir normalmente.
Sentei no chão do quarto e minha única saída pra saber tudo sobre o Kayc era consultar meu velho e grande amigo, o tarô.
Continua...
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O Aluno Novo
Подростковая литератураChristian é um adolescente de 17 anos e está terminando o ensino médio, sua vida muda completamente ao conhecer um aluno novo. Kayc chegou recentemente da Irlanda e junto com ele, grandes mistérios e perigos viram. As inseguranças de Christian e o...