um começo conturbado

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Em um certo país, em uma certa floresta bem próxima a cidade grande havia uma mansão…

- ANTHONY VEM LOGO, ESSA JÁ É A CENTÉSIMA VEZ QUE EU TE CHAMO PRO CAFÉ DA MANHÃ E VOCÊ NÃO VEM!! SE VOCÊ NÃO ACORDAR AGORA EU VOU DAR A SUA PARTE PARA A LILLYA!!
Uma voz feminina grita ao longe, parecendo vir do andar debaixo da casa.

   Enquanto isso no quarto de Anthony, ele estaria se remexendo na cama tentando achar alguma desculpa para continuar dormindo.

  Anthony se revira em sua cama até chegar um ponto em que ele cai e simplesmente responde enquanto se arrasta pelo chão

- Tá…já tô descendo…

Anthony diz isso alto o bastante para ser ouvido. Ele se levanta troca de roupa, de seu pijama listrado de azul com branco para uma camisa branca sem mangas, uma calça jeans azul marinho e um par de tênis pretos. Após isso ele destranca a porta de seu quarto com um tipo de reconhecimento ocular ajustado a sua altura, então ele apenas sai de seu quarto e vai em direção a cozinha de onde a voz feminina viria. À medida que ele se aproxima, seria possível ouvir algo como uma multidão inteira conversando ao mesmo tempo.
Essa é sua família, uma das mais ricas do mundo. Ela praticamente manda em tudo.
Introduzindo, nesse mundo o'que manda é quanto dinheiro você possui, quanto mais câmbio, mais poder.

Uma criança, pequena de aproximadamente 10 anos, uma tubarão, bem arrumada, usando uma calça preta, camisa preta e um jaleco, fala olhando para Anthony com uma cara de tédio imenso.

- Até que enfim não é Anthony…?
Pensei que ia ter que ir pessoalmente te acordar.

- A é que-
Anthony é interrompido por uma outra pessoa na mesa, um tubarão forte, alto,  tendo aproximadamente 40 anos de idade e com certa semelhança a Anthony. O mesmo estaria usando um terno azul completamente azul Royal, a única coisa que se destaca entre todo esse azul é um tipo de broche preso quase que precariamente em sua fedora. Este broche seria dourado, com um símbolo nele, um leão do lado esquerdo e um tubarão no direito, com suas cabeças cruzadas…orgulhosos…magníficos…poderosos…
Assim como o August, Lyssandra também esse broche, muito bem preso ao seu jaleco.

- Deixa eu adivinhar.. no computador até de madrugada de novo?
O tubarão maior pergunta, já imaginando a resposta.

- Talvez…? Anthony diz um pouco envergonhado
- Mas enfim, bom dia tio August! Como você dormiu essa noite? Aliás…cadê a mãe e o pai?

- Só você mesmo em Anthony…mas respondendo a sua pergunta, eu dormi muito bem sim! Você pelo contrário…tá acabado… E seus pais saíram mais cedo hoje, você sabe, negócios políticos e esse blá blá blá todo. August fala de maneira meio entediada.

- Entendo.. bom, e cadê a minha irmãzinha favorita?

- AQUIII!!
uma pequena tubarão aparece do nada atrás de Anthony, ela e Lyssandra são gêmeas idênticas,
a única diferença entre ambas são suas roupas, enquanto Lyssandra se veste de maneira mais formal na maioria da vezes, lillya gosta de usar roupas como vestidos ou saias, no momento ela está usando um vestido branco florido, cabelo trançado em duas marias-chiquinhas com uma presilha de cabelo também em forma de flor segurando sua franja

Por incrível que pareça, Anthony não se assusta com a aparição repentina de sua irmã mais nova. Ele se vira para Lillya e fala com um enorme sorriso em seu rosto.

-LILLY!!! PEQUENA!!!
  Anthony fala eufórico enquanto abraça sua irmã

-TOTO!! como você dormiu maninho?

A garotinha pergunta enquanto retribui o abraço.
Eles se separam do abraço e Lilly aparece sentada na perna de Anthony enquanto o tubarão acaba de comer seu café da manhã. Ambos ficam conversando por um tempo…

Enquanto isso, em outro local dessa mesma cidade teria uma outra família, também com bastante câmbio, porém não tanto quanto os Leone e também…bom…vejam por vocês mesmos…

Jacob, um bode. Como todos os dias, acorda com o seu alto despertador, mais tarde que todos da casa. Ele se troca para suas roupas normais, uma calça jeans, um gorro preto, um par de tênis e sua clássica camisa vinho escuro. Ele sai de seu quarto rapidamente torcendo para não acabar encontrando ninguém no caminho. Infelizmente ele encontra. Um coelho e uma tigresa no corredor próximo a escada. Ambos com corpos esguios, aparentando ser ágeis e fortes, embora não tenham muitos músculos

-Ora ora ora…se não é o "pobrezinho" do nosso maninho
O coelho, mais alto que Jacob fala, tentando o amendrontar enquanto Jacob apenas não fala nada e fica encarando o chão com receio.
-Sem poderes, sem altura e sem voz! Quem diria não é?!
Acho que não tem ninguém mais inútil que você!
Jacob continua calado, pois sabe que caso fale alguma coisa, pode acabar levando uma surra para o coelho.
Ah qual é?! Fala alguma coisa, inútil! Tu não é mudo!-

-A tigresa da uma cotovelada no antebraço do coelho falando meio baixo
Jasper…já deu não é…vamos deixar o Jacob em paz…perder nossos pais já deve ter abalado o garoto o bastante…

-Abalado…tá…conta outra…ele pensa, desejando mais que tudo poder pular no pescoço de seus "irmãos"...machucar eles…pelo menos uma vez em sua vida…

-Hump! Eu nem posso mais brincar com o garoto Virgínia? Caralho! Para de ser estraga prazeres!
…tá bom…falou aí nerd!

O coelho sai andando, porém antes, ele dá um puxão no chifre de Jacob que se queixa em silêncio pelo ato, logo após isso o coelho sai com um sorrisinho, como se achasse toda a situação até que engraçada.

Virgínia pensa em falar alguma coisa, porém desiste e sai de lá deixando transparecer um pouco de vergonha.

Que bela família eu tenho…
Jacob resmunga em seu pensamento, sabendo que se falar algo vai ser pior pra ele.

Jacob apenas sai e esbarra em Virgínia de propósito, indo em direção a cozinha ele abre a geladeira e rapidamente pega um copo de suco de morango e uma fatia de bolo de cenoura amanhecido. Ele volta rapidamente ao seu quarto, abre a porta, entra, se tranca lá dentro e começa a tomar seu café da manhã.
Assim que acaba ele pega seu celular, e como de costume sai do quarto pela sua janela. Ele pula na árvore ao lado e desce escapando por ela, assim que está no chão, ele manda mensagem a alguém e sai do local indo em direção ao centro da cidade.

O legado dos LeoneOnde histórias criam vida. Descubra agora