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Pov Elizabeth:

Tentei reprimir meus sentimentos por S/n, com todas as minhas forças, mas as emoções de quando estava perto dela fizeram tudo transbordar.

Queria que tudo isso fosse embora, essa coisa que está dentro de mim está causando uma dor que nenhuma arma poderia causar.

A imagem dela me mandando embora fica se repetindo na minha mente, mesmo sabendo que ela não queria dizer aquilo me faz pensar se um dia isso vai realmente acontecer...

Somos grandes falsos em relação a sentimentos, as pessoas gostam de se sentir amadas, esse sentimento nem precisa ser verdadeiro, basta só dizer "te amo", nem precisa saber o que significa sentir isso, o importante é ter alguém, nem que seja por minutos...

Quando disse que a amava me senti mais sozinha do que nunca, porque a deixei naquele quarto com um monstro esperando por ela, queria tê-la em meus abraços como se minha vida dependesse disso mas estava tão confusa, preciso de um tempo pra pensar, não posso demorar muito, preciso salvar minha s/n.

Dirigindo sem rumo e pensamentos com um único destino, não demora muito para o vazio consumir meu corpo, com as duas mãos no volante e as lágrimas rolando pelo meu rosto expressando toda minha dor, presto atenção no caminhão em minha frente que estava acelerando, o velocímetro marcava 100 km/h, a música que tocava no rádio do meu carro me inspira a ultrapassar.

Toco com força o pé no acelerador e ultrapasso o caminhão que estava na minha frente, só paro de acelerar quando não consigo mais ver o caminhão, com minha visão ampla e a estrada vazia me permito gritar, até meu pulmão pedir ar, olho para o velocímetro que agora marcava 180 km/h

Quando me concentro exclusivamente em algo, isso me consome, mas prefiro correr o risco, preciso ter ela para mim, faço a volta com o carro mas agora com um rumo, diferente da ida, volto com calma, não tinha pressa alguma em chegar em casa, sabia que só me sentiria em casa se ela estivesse aqui comigo.

Estaciono meu carro na minha vaga, entro no prédio e vou direto para o elevador, pressiono o número da minha cobertura, quando o elevador para e as portas se abrem sinto minhas pernas fraquejarem, a cada passo que dou meu coração se parte, sinto que estou mais distante dela, deixando para trás a única pessoa que me fez amar.

Pego as chaves que estavam na minha bolsa quando vou colocar na fechadura percebo que já estava aberta, empurro a porta não com forte apenas o suficiente para ter uma visão do local.

Olho em volta e encontro uma bolsa jogada no canto do sofá, eu sabia muito bem a quem ela pertencia

Elizabeth: Natasha - falo um pouco alto - Eu sei que você está ai - caminho lentamente até a cozinha, pego um copo na estante e uma garrafa de whisky

Natasha: Você demorou - escuto a voz dela se aproximando juntos com o barulho de seus sapatos

Elizabeth: Como conseguiu entrar aqui? - falo me servindo um copo de whisky

Natasha: Foi fácil - ela desce o último degrau da escada - Você sabe que sei fazer de tudo - me viro para encará-la, mas meus olhos estão perdidos em seu corpo, ela estava enrolada em uma toalha

Elizabeth: Não tem chuveiro em casa? - levo o copo de whisky até a boca

Natasha: Eu tenho tudo em casa, só não tenho você - ela se aproxima e eu saio, caminho até meu sofá, sento sem postura, largo o copo de whisky na mesinha de centro

Elizabeth: E você já me teve? - direciono meu olhar para ela

Natasha: De todas as formas possíveis - ela tira a toalha e meus olhos percorrem seu corpo - Eu preciso de você, Elizabeth! - ela se senta em meu colo colocando uma perna de cada lado, ela distribuí beijos pelo meu pescoço, aperto a almofada do sofá

Elizabeth: Para! - falo tentando sair

Natasha: Me toca - ela pega minha mão colocando a mesma no seu centro
- Olha como você me deixa - sinto seu íntimo molhado

Elizabeth: NÃO! - falo alto e por um impulso acabo empurrando ela que acaba caindo no chão - Desculpa, eu não posso mais fazer isso - me levanto e abraço meu próprio corpo, me viro ficando de costas para ela, não queria ver seu corpo nú, mas queria que ela fosse a S/n, mas não era

Natasha: Porque você está agindo como uma idiota? - Dava pra perceber pela sua voz o quanto ela estava com raiva

Elizabeth: Você não é ela - Minha voz sai falha, meus olhos estão marejados

Natasha: Ela? - ao escutar isso, um sentimento inexplicável explode em mim, sorrio enquanto olho para o copo de café que guardei quando ela deixou cair o meu

Elizabeth: Sim, você não se compara a ela - Me viro mas dessa vez mantenho contato visual, não ligo para seu corpo descoberto - Aliás, ninguém se compara a ela - caminho em direção a toalha que estava jogada no chão, me abaixo e pego a mesma, vou até ela e entrego em suas mãos a toalha - Se cubra, por favor! - ela puxa a toalha de minhas mãos

Natasha: Você acha mesmo que ela vai te amar? Mesmo sabendo quem você realmente é? - ela esbraveja

Elizabeth: Ela não precisa me amar - a olho com raiva - só o fato dela ter conseguido despertar algo em mim já vale a pena - viro o copo tomando todo o líquido que tinha dentro dele

Natasha: Esse tempo todo eu deixei você fazer o que quiser comigo e com o meu corpo, deixei você me usar e se satisfazer, sabe por que eu fiz isso, Elizabeth? - ela estava lutando para não chorar, sua voz mostrava isso - Porque eu amo você - sinto um aperto no meu coração mas a única coisa que penso foi que minutos atrás eu estava dizendo essas três palavras - Eu te imploro - ela se aproxima mas eu me afasto - Deixa te mostrar que posso fazer você ser feliz, eu faço d- faço um sinal com a mão, não deixo ela terminar de falar

Elizabeth: Você não é ela - falo séria, pego a garrafa de whisky e subo para o meu quarto, deixando Natasha sozinha na sala, consigo escutar seu choro por longos minutos, ela chora por mim enquanto eu choro por outra, só pego no sono quando escuto o barulho da porta se abrir e fechar.

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