S/n pov:
No momento em que vi Elizabeth fechando a porta, ela levou um pedaço de mim com ela o mais profundo, eu diria, um pedaço que ainda estava intacto, ninguém tinha tocado naquele pedaço, era especialmente só pra ela, tive que vê-la saindo para perceber o quanto queria estar perto dela, mas podia.
Senti uma dor inexplicável, uma dor que de certa forma me mudou, queria gritar mas não conseguia, todas as minhas palavras verdadeiras ficaram presas na minha garganta, palavras falsas saíram da minha boca e atingiram o coração de quem não merecia, o medo me consumiu.
Nunca fui a favor da mentira, mas tive que usar isso para proteger alguém que amo, queria pedir pra ela ficar do meu lado, pedir pra ela segurar minha mão como se minha vida dependesse de seu toque mas ao invés disso eu deixei ela ir embora da minha vida, seu perfume doce ainda estava presente no quarto, fechei os olhos e pude sentir sua mão pegar a minha
Na falsa esperança de que ela tivesse voltado para mim, abrir rapidamente os meus olhos encontrando o nada, nunca me senti tão sozinha e desamparada como agora. Estava com medo, minha cabeça está doendo, minha mente se passavam todos aqueles bons momentos que tive com Sebastian, me faziam acreditar que ele não fosse assim, foi apenas um momento de raiva ou fui tola demais para pensar que o homem que juro me amar e me proteger não seria capaz de fazer o que fez?
Meu corpo inteiro estremeceu ao ouvir a porta se abrindo e revelando que era Sebastian, quando olhei para ele, percebi que o amor que tinha havia se transformado em dor, que todas aquelas promessas eram vazias, meu coração tinha sido partido por duas pessoas totalmente diferentes, só que uma era inocente e eu fui condenada a ficar com o culpado.
Sebastian: Meu amor - fala num tom de graça assim que entra dentro do quarto
S/n: Não me chame assim - sinto uma lágrima solitária escorrer em meu rosto, antes adorava ouvir isso vindo de sua boca, agora a única coisa que sinto é repulsa
Sebastian: Tinha que ver como ela saiu daqui - ele parece nem escutar o que falei - Coitada não aguentou ouvir a verdade - ele caminha de um lado para outro rindo - Eu sei que agora você não consegue ver, mas depois que essa ilusão passar as coisas vão se esclarecer e vai me agradecer por tudo - sorriu de lado
S/n: Você se ouve quando fala? - pergunto fazendo ele suavizar a expressão
Sebastian: Amor- seu tom de voz agora era suave, não continha nenhum pingo de felicidade -Quantas vezes vou ter que me desculpar pra você ver que eu sinto muito? - Ele caminhou lentamente até chegar perto da minha cama e se sentou na beirada do colchão, uma de suas mãos pousou em minha perna e a outra limpava as lágrimas que escapavam do meu rosto
S/n: Nada que você faça ou diga vai mudar o que fez - enquanto falo tiro sua mão que estava perto da minha intimidade, ele ri e se levanta
Sebastian: Vamos aumentar a nossa família - olho para ele incrédula - Amanhã você terá alta e assim que melhorar podemos fazer o nosso bebê - ele continua - vamos cuidar dele ou dela juntos como sempre sonhamos - ele se aproxima e coloca as mãos em meu rosto segurando o mesmo para que olhasse diretamente em seus olhos azuis
S/n: NÃO! - falo já com raiva e emburro suas mãos afastando-as do meu rosto - Eu não quero - ele volta com ás mãos em meu rosto mas agora estão firmes o bastante para me machucar
Sebastian: Querida - ele aperta mais meu rosto, sinto meu pescoço estralar e uma dor tomar conta do local - Você não entende o quanto eu te amo, fiz tudo isso por medo de te perder - ele manteve firme suas mãos
S/n: Está me machucando - assim que falo sua expressão muda, ele me solta e começa a chorar
Sebastian: Me desculpa, meu amor - fala entre as lágrimas, suas mãos rodearam minha cintura e sua cabeça pousou em meus seios - me desculpa - de certa forma isso não me machuca mas tenho que fingir que ainda me importo
S/n: Vamos conversar depois, ok? - não queria estressa-lo, estava com medo do que ele poderia fazer
Sebastian: Meu amor, coloquei câmeras por toda a casa, com sensores de movimento, elas ficaram ligadas 24 horas por dia e contratei uma empregada permanente que cuidará das tarefas enquanto você fica de repouso - se afasta do meu corpo, vai até a cadeira que havia ali do lado da cama e se senta, desfaz sua postura
S/n: Por que tudo isso agora? - encaro ele que esfrega suas mãos na calça
Sebastian: Pra garantir que aquela vadia vai ficar longe de você - seu cenho estava franzindo e seus lábios contraídos
S/n: Não chama ela assim! - encerro as mãos apertando com toda força que conseguia
Sebastian: Inacreditável - nega com a cabeça - Você ainda defende ela? - se levantou e se aproximou, ficando cara a cara comigo, meu corpo começa a suar frio - Eu virei um monstro por conta dela
S/n: Não há como você se tornar algo quando você já era - acabei falando sem pensar nas consequências, estava esperando ele me bater mas ele apenas riu
Sebastian: Amor, você está delirando por causa dos remédios - ele se aproxima mais do meu rosto - Prometemos ficar juntos para sempre, lembra? É isso que vamos fazer - ele avança em meus lábios mas não faço nenhum movimento - Se você dificultar as coisas, já sabe o que acontece, né? - sussurra contra meus lábios - Não se esqueça disso...se não eu faço você se lembrar - ele deixa um selinho em meus lábios e se levanta
S/n: Pode me deixar sozinha? - estava segurando minhas lágrimas, sentia nojo de mim mesma
Sebastian: Claro, meu amor - deixa um beijo na minha testa, caminha até a porta antes de sair ele fala - Eu farei de tudo para ser sempre minha - quando ele fecha a porta me permito chorar
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O Preço Do Amor
Fanfictionuma matadora de aluguel foi contratada por um empresário para matar uma jovem adulta, mas de uma maneira diferente ele queria que ela se aproximasse de s/n para que quando ela descobrisse a verdade não seria apenas uma dor física, mas emocional...