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S/n pov:

O homem que sempre amei, acabou sendo o oposto de tudo aquilo que acreditava que ele fosse, pode ser minha culpa, talvez os sinais fossem evidentes mas estava cega para ver ou comecei a ver defeitos que não tinha visto antes, parar de amar alguém é tão difícil mas eu sei muito bem que depois do primeiro tapa não tem como parar, é como um vício que não tem cura, cresci em um lar violentos, meus pais brigavam até não aguentar mais e eu não queria que isso acontecesse o mesmo comigo, mereço ser feliz.

Penso em tudo que vivemos juntos, por mais que não quisesse aceitar, lembro de cada detalhe e percebo que esse Sebastian sempre esteve lá de alguma forma, tudo começou com ele se oferecendo para pagar as contas dos lugares que íamos, depois ele me fazia duvidar de todos os meus amigos dizendo que uma hora ou outra eles iriam me machucar, antes de sair sempre tive que avisá-lo , no começo estava tão apaixonada que não me importava, gostava do jeito que ele cuidava de mim, mas depois virou rotina. Acabei aceitando coisas que pareciam normais, mas eram abusivas, Sebastian nunca foi protetor ,ele só queria estar no controle da minha vida e eu deixei.

Me sinto completamente sozinha, estou sendo covarde por não consigo enfrentá-lo, depois de tudo o que ele disse, antes de Elizabeth entrar no quarto, ele colocou essas palavras na minha boca

Conversa:

Abro meus olhos lentamente me acostumando com a luz branca que focava em meus olhos, o Doutor Derek, meu colega de trabalho estava parado ao lado da minha cama, assim que faço forças para me inclinar sinto uma pontada na minha cabeça fazendo com que levasse a mão no local

Derek: Ei, calma ai - ele tirou com cuidado minha mão do ferimento que estava coberto com gaze - foi um acidente entanto - olho confusa para ele que tinha um sorriso em seu rosto, sua expressão estava mostrando o quão preocupado ele estava

S/n: Acidente? - tento forçar minha mente para se lembrar do que havia acontecido e de como eu havia parado ali

Derek: Não se lembra? - se aproxima me olhando com cuidado

S/n: Como eu vim parar aqui? - faço a pergunta que não parava de aparecer em minha mente

Derek: S/n... - ele suspira alto - Você acabou tropeçando na escada e acabou caindo, seu noivo Sebastian viu, felizmente ele te trouxe a tempo, em consequência disso teve um pequeno corte na cabeça e fraturou sua vértebra cervical - na verdade eu tinha tropeçado, mas havia uma razão

S/n: O Sebastian, ele está aí? - pergunto e Derek acena com a cabeça positivamente

Derek: Você tinha que ver como ele estava, quando chegou aqui, a recepcionista ficou impressionada com o quanto que ele te ama S/n, se não fosse por ele você não estaria aqui - de certa forma não foi culpa dele penso comigo

S/n: É... - suspiro

Derek: Bom - falo se virando de costas - Vou avisar suas amigas e seu noivo que você está bem - fala enquanto caminha em direção a porta

S/n: Carina e Maya? - pergunto com um sorriso

Derek: E tem outra mulher com elas - ele para um pouco pra pensar e sem perceber um sorriso bobo brota em meus lábios - poderia me apresentar pra ela? - ele me pergunta e meu sorriso se fecha

S/n: Putz, Derek - nego com a cabeça - Não vai dar, ela já está comprometida - ele franze os lábios e sai

No pouco tempo que fiquei sozinha no quarto, perdi-me nos meus pensamentos estava disposta a perdoar o Sebastian, ele não era assim talvez a culpa fosse minha tudo isto acontecer, até que ele entrou no quarto

Sebastian: S/n - fala assim que entra, seu semblante estava fechado, quando me olhou não havia remorso

S/n: Sebastian - falo baixo esperando ele continuar e pedir desculpas pelo que fez

Sebastian: Eu só vou dizer isso uma vez - ele se aproxima mas não olha em meus olhos - Você consegue me entender? - olho confusa para seu rosto, sua mão estava cortada mas não havia pontos

S/n: Fala logo, está me assustando -ele ri

Sebastian: Você cuida de muitas crianças, não é? - ele coloca a mão no meu pulso e com seu toque sinto meu corpo começar a tremer

S/n: Não entendo onde você quer chegar - tento tirar sua mão mas ele segura com força

Sebastian: Você entende sim- suas palavras saem ríspidas - Não se faça de boba, senão eles vão sofrer e adivinhe minha querida - ele se aproxima do meu rosto me fazendo sentir seu hálito quente - Você será culpada por tudo - meus olhos se arregalam e ele se afasta

S/n: Você não teria coragem - sinto meus olhos marejarem

Sebastian: Eu - aponta pra ele mesmo - Claro que não, não sou um monstro - ele faz uma careta -Mas tem muitas pessoas que fariam por dinheiro - ele se senta na ponta do colchão pegando seu celular que estava no bolsa da jaqueta dele e mostra uma foto do Tommy e Billy - Tão jovens, é uma pena se algo acontecesse com eles, ainda mais agora que eles estão vivendo uma vida normal - ri

S/n: Por favor- tento tocar em sua mão mas não consigo - Não faça nada com eles, eu... - suspiro alto - eu não vou dizer nada sobre a nossa briga

Sebastian: Eu sei que não - toca na minha mão - Mas... - ele se levanta e começa a caminhar de um lado para outro - Não é só isso que você vai ter que fazer pra manter eles em segurança -cruza os braços

S/n: Faço o que você quiser - minhas lágrimas estavam queimando meu rosto - Só deixa eles fora disso, por favor - suspiro alto tentado parar de chorar - eles são crianças Sebastian

Sebastian: Por isso mesmo eles merecem viver - se inclina para frente - Você nunca mais vai falar ou ver aquela vadia - encerra os punhos - foi ela quem fez isso em você

S/n: Mas... - tento falar mas ele me interrompe

Sebastian: Quem vai ter que morrer primeiro pra você entender quem manda aqui SOU EU! - ele grita - E você sempre será minha - fala calmo mais num tom falso - Vou sair e quando ela sair quero que ela nunca mais volte - ele se aproxima da porta - se não já sabe

Assim que ele saiu a Carina entrou não tive tempo de assimilar ou pensar numa solução, apenas mandei ela ir embora

O Preço Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora