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S/n pov:

Todo amor é propenso a mágoas, não importa de que maneira você ama, quando menos esperar, estará com feridas abertas, elas se curam, mas ficarão visível. Amar alguém com cada parte do seu ser e ver cada parte morrer lentamente quando a desilusão acaba, todo esse sentimento é afetado, vai embora tanto espaço para o vazio .

Nunca pensei que o vazio fosse tão intenso, a verdade é dolorosa e aceitá-la é ainda pior, o homem que uma vez me jurou que seu sonho era ser pai é o mesmo homem que está ameaçando duas crianças inocentes, isso é tudo minha culpa...

Não há como consertar algo que já está quebrado, não há resgate para uma alma escura e nem luz para um corpo sem alma, a dor está me consumindo, posso vagar pelos cantos obscuros da solidão enquanto vejo até onde meu limite conseguiu ir.

Acordo com o som estridente do celular que estava sobre a mesa, abro os olhos rapidamente por causa do susto, sinto uma mão entrar na minha camisola branca do hospital, se aproximando da minha intimidade, olho para o homem que amei tanto, seu sorriso malicioso entrega seu desejo de me ver assim, meus olhos desenhavam desgosto.

Sebastian: Bom dia, meu amor - Um canto de sua boca elevou-se, não conseguia dizer nada, parecia que algo estava me impedindo de dizer as palavras

Sebastian: Você fica ainda mais gostosa assim - Disse enquanto pressionava os dedos da mão esquerda nos meus lábios enquanto a outra tentava afastar minhas pernas no qual estava lutando para ele não conseguir

S/n: PARA! - Gritei, chamando a atenção dele que parou na mesma hora, o azul de seus olhos estavam escuros, seu rosto num tom avermelhado

Sebastian: Me desculpe, querida - esfregou a testa - DROGA! - gritou socando o sofá - Estou fazendo tudo errado - puxou o ar com força - Mas como isso pode estar errado se eu te amo? Você me deixa assim, S/n - choramingou

S/n: Isso não é amor, Sebastian - Meu peito subia com a respiração e caia rapidamente

Sebastian: Como não? - colocou as mãos no quadril

S/n: Você acha que isso é amor? - sinto minhas mãos ficarem trêmulas

Sebastian: Claro que sim, eu sinto isso - ele caminhou para perto da cama

S/n: Que amor é esse que choramos mais do que sorrimos? - fecho meus punhos na esperança de conter meu nervosismo

Sebastian: Acho que você não consegue entender o quanto te amo - esbravejou - eu te amo tanto que sou capaz de matar por você - ele se inclinou ficando cara a cara comigo - você é o amor da minha vida - seus lábios encostaram nos meus, não conseguia movimentar minha cabeça, tentei emburra-lo com minhas mãos mas ele as pressionou contra o colchão, sentia uma vontade imensa de vomitar ali mesmo, sua língua pedia passagem, mas se eu cedesse arrancaria a mesma com meus próprios dentes

S/n: Já chega - falei quando senti suas mãos subirem em meus seios

Sebastian: Vamos uma rapidinha?- sugeriu enquanto apertava meus seios, não conseguia sentir nada além de nojo e medo

Dr Derek: Como está a nossa pac... - ele abre a porta do quarto rapidamente mas logo para quando vê o que o Sebastian estava fazendo em meu corpo, agradeço aos céus por ele ter entrado agora - Desculpe atrapalhar o casal, mas peço que espera por sua recuperação primeiro - Sebastian se afasta da cama e esfrega as mãos nas calças

Sebastian: Eu que peço desculpas - ri sem graça - foi minha culpa - diz olhando para o chão

Derek: te entendo - fala enquanto faz anotações - Somo homens, é do nosso instinto - Para de anotar e colocar a mão no ombro do Sebastian

Derek: Você vai ter que ser forte - aperta o ombro do mesmo - ela vai ter que ficar 1 mês de repouso - Sebastian me olha - vai ter que se virar sozinho - Derek sussurra a última parte

Derek larga as anotações na mesa e se aproxima de mim, ele analisa cada parte do meu pescoço com cuidado, ele faz algumas checapes pra ver se estava tudo correto, seus dedos percorrem em meus hematomas, consigo sentir sua respiração quente

Derek: Está tudo certo, você já pode ir pra casa hoje mesmo - sinto um aperto no meu coração, vejo o Sebastian vibrar em comemoração

S/n: Eu não posso voltar - sussurro enquanto lágrimas descem em meu rosto

Sebastian: Porque não pode? - se aproxima da cama, sentando na beira do colchão

S/n: Nã-Não tenho roupa pra ir embora hoje - suspirei em frustração pela minha mentira

Sebastian: Meu amor, já arrumei tudo para você - pego em minha mão - Pode ficar tranquila, sempre vou cuidar de você - seus lábios se curvaram em um sorriso

Derek: Acho que estou sobrando aqui - diz se virando pra sair - Vou mandar uma enfermeira vim aqui e ajudar você, Dra S/n - caminha lentamente até a porta - Sebastian, me acompanha, por favor - Sebastian acena com a cabeça

Sebastian: Volto logo - beija minha testa - Logo vamos ser uma família, minha querida - ele se levanta e vai até a porta antes de sair ele solta uma risada sarcástica

Assim que ele sai o silêncio se forma no lugar, eu estava parada como uma estátua, sem vida, sem vontade de tentar viver, olhando para a parede branca, ouço passos rápidos do lado de fora meu coração se enche de esperança assim que vejo a maçaneta girar e a porta se abrir lentamente

Enfermeira: Desculpa a demora, querida - ela entra dentro do quarto com uma maleta, meu sorriso se desfaz

S/n: Poderia ter demorado mais - ri sem graça

Enfermeira: A Senhora quer que eu volte outra hora? - apontou com a cabeça em direção para porta

S/n: Não, estava só brincando - forcei um sorriso simpático

Enfermeira: Não consigo entender - suspirou alto

S/n: Entender o que? - perguntei enquanto observava ela arrumar os equipamentos

Enfermeira: O humor dos médicos - sacudiu a cabeça em negativo, continue olhando - Vai dizer que é melhor? - ela cruza os braços e franze o cenho

S/n: Depende muito de cada médico - falei enquanto ela me ajudava a me sentar na cama

Enfermeira: Que nada, tudo igual - tampa a boca com uma mão depois que fala - Desculpa

S/n: Tudo bem - sorri e ela me encarou

Enfermeira: Seu sorriso é lindo, não deixe que apaguem ele - senti minhas bochechas queimarem

S/n: Obrigada - coloquei uma mexa de cabelo atrás da orelha que estava solta em meu rosto - Continua me falando dos médicos - falei risonha pra enfermeira que me lembrava minha avó

Enfermeira: Ah, minha querida - fala sacudindo a cabeça em indignação - Vou te contar viu, marco uma consulta, chego no dia da consulta, vou igual um zumbi que lutou na segunda guerra mundial e o médico pergunta se está tudo bem - seu tom de voz estava levemente alterado no qual fazia ficar engraçado

S/n: Não faço isso não - me defendi

Enfermeira: Hum, só acredito vendo - me falou me fazendo rir, meu corpo doía

S/n: Estou falando sério - semicerrei meus olhos

Enfermeira: Tá bom, enfim - suspirou alto - falei pro médico que estava ótima, que só tinha ido lá pra ver se ele era bonito

S/n: E o que ele falou? - a enfermeira já tinha me ajudado a colocar a blusa

Enfermeira: Ele perguntou o que eu tinha achado, ai perguntei se ele era parente do chucky - rimos juntas, imaginei toda a cena e sua indignação deixa tudo mais engraçado, por minutos me esqueci do que me esperava lá fora...



O Preço Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora