Millie Point Of View
Ele parecia estar confuso, na verdade, ele estava confuso. Provavelmente se perguntando como eu sabia disso, ou qual foi o motivo da crise que que tive, e bla, bla, bla. Não posso culpa-lo, porque me perguntaria várias coisas também. Mas eu não irei contar o que aconteceu naquele quarto, pois não me sinto pronta. Talvez um dia bem distante eu confio no Wolfhard o suficiente para me sentir bem e contar os meus secredos mais obescuros.
— Ela contou isso para você? — pergunta confuso, e eu me levanto da cadeira rapidamente.
— Isso não importa. Eu vou me deitar — digo começando a caminhar para o meu quarto, porém ele me para.
— Por favor, me diz o que houve.
— Quer saber o que aconteceu? — pergunto, e o Homem assente — Nada. Nada aconteceu. A magia que eu faço nas crianças não funcionou com ela, então não tenho o que fazer.
— Você quer... devolve-la? — pergunta assustado, que me fez negar.
— Não, de jeito nenhum. Eu só queria que ela tivesse em uma família que pode dar amor o suficiente. Você consegue isso para mim? — pergunto, e o Finn concorda pensativo — Ok, agora eu vou dormir.
— Posso ir com você? — pede me seguindo.
— Claro!
— Sério!? — sorriu animado.
— Não.
Alguns dias depois...
Duas semanas se passaram após eu ter conhecido o cachorro meloso, e eu posso se dizer que as coisas parecem estar ótimas. Tirando o fato dele continuar no meu pé e fazendo tudo por mim, como se eu fosse uma grávida ou uma doente. Às vezes irrita com o Finn pensando que eu preciso de ajuda para tudo, mas em alguns momentos eu acho ótimo ter ele aqui comigo. Por exemplo agora, onde não vou precisar ficar pegando sempre a escada para pegar fruta.
— Então além de feiticeira, você vende tortas? — pergunta colocando as amoras na cesta, e eu assenti.
— Alguns amam os meus doces, outros gospem em mim e jogam elas fora — digo a última parte sorrindo sem humor, e o cacheado para de pegar as frutinhas, me olhando com pena.
— Só por você ser bruxa? — o Wolfhard me encara confuso.
— Sim, horas. Quem iria comer as tortas de uma mulher que usa magia negra?
— Eu — responde sem pensar duas vezes, e automaticamente as palavras somem da minha boca — Deve ficar deliciosas.
Ele sorriu tão espontâneo... como se não precisasse pensar em se expressar ou raciocinar o que queria. Isso é algo que eu o admiro, mas infelizmente, nunca irei conseguir demonstrar o mesmo. O jeito dele de tentar me fazer sorrir é incrível, e isso parece ser algo da sua listinha há muito tempo.
— Você é um idiota — desvio o meu olhar para baixo, fazendo com que o cacheado sorrisse mais ainda.
Depois de um tempo, voltamos para a casa, onde eu lavei as amoras enquanto o Wolfhard curiava a minha casa, pegando em objetos e lendo livros que eu tinha. Eu estava tão concentrada que nem me importei e continuei no trabalho para lavar as frutas. Na quais estavam tão doces e maduras, que acabavam derretendo na boca.
— Você poderia pegar o... — paro de dizer ao ver o Wolfhard parado, enquanto olhava para a janela. Franzi o cenho e caminhei até o homem, vendo que o mesmo encarava a lua cheia, que nascia pelo Horizonte — O que houve?
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𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃𝐑𝐄𝐍 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐎𝐍 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞
Roman d'amour[CONCLUÍDA] Em um lugar distante daqui. Onde a luz do sol nunca bate na terra, a fumaça da chaminé está presente em todas as casinhas de uma aldeia. Uma jovem contém um único poder de enfeitiçar pessoas inocentes, principalmente crianças, cujas vida...