This will happen

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Millie Point of View

Eu assisti o Wolfhard colocar algum tipo de tintura preta em seu cabelo, enquanto seu corpo inteiro estava coberto por armaduras feito de aço. Quando cheguei, recebi olhares tortos e muitos cochichos de todos, então entendi que sou mal vista até pelos cachorros. Aparentemente, sua matilha o amava muito, especialmente as meninas, que enlouqueceram quando o viram chegar. 

— Porquê isso? — pergunto de um símbolo que foi colocado em seu peito nu. Fiquei chocada com a forma como ele conseguia ficar sem camisa no frio intenso. 

— Significa lealdade — sorriu, e assenti entendendo. 

Estávamos em um lugar na arena, onde não havia absolutamente ninguém. No entanto, consegui tirar vantagem de ter a visão de qualquer um que entrasse em campo. E quando vi entrar um homem gigantesco cheio de tatuagens, na quais o cobriam da cabeça aos pés. Meus olhos se arregalaram e olhei para o Finn magricelo, vendo-o rir do meu espanto. 

"Ok, ele não é tão magro e tinha músculos. Porém, comparado com o mostruoso, ele era um pouco"

— Você está morto — digo sem pensar duas vezes, e o cacheado se aproxima. 

— Seu pessimismo me deixa encantado. 

— Me desculpe pelas vezes que eu te chamei de cachorro. Não quero que você morra com uma visão tão desprezível de mim — sussurro sentindo-me mal. Fazendo o Wolfhard abrir e fechar a boca. 

— Agradeço, mas quero que saiba que eu não vou morrer tão cedo — responde olhando para mim — E quando eu vencer, o que eu vou ganhar? 

— A vida — cruzo os braços. 

— Tem razão, mas quero um abraço — sorriu de lado, e fico impressionada por ele não ter pedido uma bobagem — Mas ficarei feliz se você me der outra coisa.

Não respondi, apenas neguei a proposta. As pessoas estavam começando a entrar, e em poucos minutos o campo estava cheio de cachorros, que uivavam para fazer barulho. Outros até rosnavam. Talvez eu estivesse um pouco assustada devido os seus dentes afiados, que eram usados ​​para espantar seus inimigos. 

— Quando... eu entrar na arena — começa desviando o olhar para a multidão — Se isso acontecer... Procure um cara chamado Caleb.
 
— Agora é você que está sendo pessimista — digo, vendo seu sorriso. 

— Ninguém sabe — deu de ombros e, no mesmo momento, um homem na meia-idade se aproximou. 

— Finn Wolfhard, você precisa ir — diz ele apontando para a arena, e o cacheado acena com a cabeça, desviando o olhar para mim.

— Aproveite seus três minutos de vida — digo soltando uma risada, e ele sorri de lado.

— Você vai se apaixonar por mim se eu te mostrar o contrário? 

— Com certeza não. 

Finn desceu para a arena, mas antes disso pude vê-lo conversando com algumas pessoas. Ao longe, um homem de terno preto o observava atentamente, como se o confrontasse. O Wolfhard pareceu notar e levantou a cabeça, antes de se virar para entrar na arena. Todos os participantes, que eram seis no total, estavam esperando o sinal para começar. Muito provavelmente, o homem era o alfa da alcatéia, e quando ele concordou com a cabeça, a batalha começou. Então correram para lutar pela sobrevivência. 

Ao contrário dos homens que estavam desesperados para sobreviver, Finn estava calmo. Andando pela quadra enquanto observava os seis se matarem e lutarem pelas suas vidas. Seu olhar era confiante e despreocupado. Ele olhou para mim e se submeteu, curvando-se com uma mão atrás das costas como forma de cavalheirismo. 

𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃𝐑𝐄𝐍 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐎𝐍 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora