Pov. Mia Vettel
Quando eu tinha acabado de fazer 18 anos, meu sonho era fazer medicina, estar no hall da fama dos melhores e mais importantes médicos de todo o mundo. Os meus pais me disseram apenas uma coisa "Ou você desiste desse sonho idiota, ou não se considere mais nossa filha". Hoje eu posso dizer que não tenho mais pais. Para eles eu tinha duas opções, me tornar atleta de alguma área do automobilismo ou fazer uma faculdade de administração e ajudar meu pai a cuidar da empresa dele. Minhas duas irmãs mais velhas fizeram administração, são o orgulho do papai, elas nunca gostaram de mim, sempre falavam que mamãe e papai davam mais atenção para mim do que para elas. Sebastian foi para o automobilismo, ganhou campeonatos, se tornou uma estrela, motivo de orgulho para papai. Ele só aceitava o que conhecia de perto, por experiência ou algo do tipo. Hoje minha família é o Seb, Hanna, as crianças e a Isabela. Antes eu pensava que tinha o Carlos, o pior é que mesmo minha mãe me deserdando ela me avisou sobre ele.
Eu não ouvi.
Carlos Sainz apareceu na minha vida um ano depois da briga com os meus pais. Decidi ir assistir umas corridas do Sebastian, as primeiras pela Ferrari, era o primeiro ano do Sainz na fórmula um, acabamos nos esbarrando em uma espécie de festa de boas-vindas que Lewis, piloto e amigo do meu irmão, tinha feito. Naquela noite eu já tinha me apaixonado por ele. Não sei se foi o sorriso dele, misturado com o sotaque espanhol e a boa lábia que ele tinha, me fizeram ficar igual uma idiota apaixonada.
No início era bem fácil manter o que nós tínhamos, eu fiquei umas cinco ou seis corridas acompanhando meu irmão. Eu fazia faculdade no Connecticut, na universidade de Yale, tive que voltar e Carlos não ficou nada feliz com isso, no início eu achei que era pela distância, meses depois tudo fez sentido. Outra coisa que não fazia sentido era que ele não me deixava seguir ele em nenhuma rede social para não dar indícios ou começarem fofocas sobre algo, segundo ele.
Eu comecei a ir a mais e mais corridas, em fins de semana que eu precisava estudar principalmente, tudo pra agradar ele. Quando eu não ia para as corridas nós brigávamos, ele sempre falava alguma merda ou me xingava, eu ficava triste, ele dizia que me amava e que só me queria mais perto, eu sempre perdoava e aí tudo se repetia, como um maldito ciclo vicioso, até as férias de verão.
Quando a folga dos pilotos começou achei que aquele era o momento para Carlos me apresentar para os pais dele, mas não rolou, ele ficou aquele mês todo sem falar comigo e quando voltou, eu tinha começado a acordar.
Carlos achou que eu estava estranha e decidiu ir me ver, pela primeira vez em sete meses, ele havia feito algo e ido até mim. Quando ele chegou, eu o abracei e nós fomos para a cama. Ah a cama, incrível como nos esquecemos do que é importante quando estamos nela né.
Quando acordei ele tinha feito um café na cama para mim. Perguntei para ele por que do sumiço e por que ele nunca tinha me apresentado para os pais dele, ele desconversava e eu insistia.
Flashback on.
-Por que sumiu esse mês?
-Muita coisa com a equipe sabe primeiro ano e tudo mais, quero mostrar serviço.
-Quando vou conhecer seus pais?
-Nunca se continuar com essas perguntas idiotas
-Não são perguntas idiotas, é que a gente está nessa a mais de seis meses e eu não to vendo nem sinal de que vá para frente, preciso saber se isso que nós temos é real para você tanto quanto para mim.
-E se eu não te apresentar para os meus pais, você vai fazer o que terminar comigo? - Sainz fala rindo de forma irônica
-Sim, é exatamente isso que eu vou fazer.
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Love Story ✔️
Fanfiction♡The Leclerc's series♡ Após o amor da sua vida te deixar de forma precoce como amar e se deixar ser amada? Uma historia sobre relacionamentos complicados que tem como sua base amor em todas as suas formas e possibilidades