♡The Leclerc's series♡
Após o amor da sua vida te deixar de forma precoce como amar e se deixar ser amada? Uma historia sobre relacionamentos complicados que tem como sua base amor em todas as suas formas e possibilidades
Depois da briga com Lorenzo, Mia entrou e voltou para dentro do hospital e se sentou entre Colin e Arthur, Malena os avisou que só poderiam entrar no quarto quando Isabela acordasse. Já haviam feito uma lavagem gástrica nela e só restava esperar.
-Aqui tá o prontuário dela, sei que vão querer olhar.
-Obrigada Malena
-Eu vou tentar fazer liberarem ela o mais rápido possível, sei que se ela ficar muito tempo aqui no hospital ela vai enlouquecer de verdade- Malena fala se sentando ao lado da matriarca dos Leclerc.
-Se for preciso ela ficar, nós vamos entender.
-Dona Pascale eu cuido da Isabela há quase quatro anos, e ela odeia que fiquem em cima dela e isso inclui um bando de enfermeira olhando ela 24 horas por dia. Quando ela acordar antes da consulta psiquiátrica, eu vou entrar e conversar com ela, tranquilizar e preparar ela, se eu achar que ela precisa ficar mais um tempo aqui eu vou pedir pra deixarem ela.
Malena e Pascale continuaram conversando sobre a monegasca, enquanto Colin e Mia observavam o prontuário da amiga.
-Mia pode me explicar um pouco mais sobre esse câncer da Isa
-Claro Arthur. Ele é no sangue e começa na medula, que é um líquido que fica dentro do nosso osso. O câncer desse jeito é chamado de leucemia, mas isso eu acho que você já sabe. A Isa tem um tipo de leucemia, que não é tão comum em adultos da idade dela, mas é facilmente tratado com um remédio que se chama inibidor de tirosina quinasse. A tirosina quinasse ela é uma proteína que ajuda de certa forma as células do nosso corpo a crescerem e se multiplicarem, então usando os inibidores as células doentes são impedidas de se reproduzir e crescerem.
-Então é fácil de tratar e ela vai ficar bem né? - Arthur falou respirando fundo quase como se todo o ar estivesse lhe escapado dos pulmões
O monegasco mais novo estava com os olhos vermelhos e tremendo
-Arthur eu acho que você está tendo uma crise de ansiedade. Malena pode trazer um ansiolítico pro Arthur
-Oi Arthur, pode respirar fundo pra mim?
-Eu não consigo- Ele tentava realmente, mas parecia que o ar não estava mais ali.
-Colin busca o remédio. Vou te falar uns números pode me dizer algo que represente eles na sua vida. 19, 17, 16, 2, 3, 5
-19, é a data de aniversário da Isa, 17 era o número que Jules usava e número da sorte da minha irmã, 16 aniversário do Charles e o número do carro dele, dois é o número do meu carro, três e cinco não me fazem lembrar nada.
A respiração do mais novo já estava mais calmo e ele já estava tremendo menos, assim que Colin chegou com o remédio
-Desculpa a demora, o pessoal desse hospital é insuportável.
-Está melhor Arthur?
-Sim Malena, obrigada.
-Dra. Stewart a Isabela acordou, tem no máximo 30 minutos com ela antes de eu ir fazer a consulta.
-Obrigada Dr. Edmond
Quando entrou no quarto, Malena viu Isabela olhando para as janelas.
-Deu um susto em todo mundo doidinha
-Eu sei
-Bom nós temos 30 minutos antes do psiquiatra entrar, quer me contar alguma coisa:
-Tenho leucemia
-Jura gênia?
-Jules tinha comprado uma casa para a gente
-A casa da estrada?
-Sim. O irmão dele me deixou uma carta que achou no quarto do Jules, e tinha uma carta e as chaves da casa. Eu estava brava depois que sai da consulta, tinha tomado o primeiro inibidor, fui até a casa, depois no cemitério e aí eu vegetei com garrafas de bebida, as garrafas de vinho, eram só de hoje. No primeiro dia eu tomei a aspirina no horário certo, hoje eu não sei o que deu em mim eu só. Nada estava fazendo mais sentido na minha vida
-Você sabe sim o que aconteceu com você Isabela, agente já passou dessa fase. Você conhece seu corpo e os sinais
-Eu não quero voltar a tomar antidepressivos, ansiolíticos e aquele monte de remédios Mali.
-Olha vamos fazer assim, agora eu vou estar aqui perto, vamos voltar com as três seções por semana, e consulta quinzenal com o psiquiatra e aí vemos no que dá o que acha?
-Tudo bem
-Sua mãe, Arthur, Mia e Colin estão lá fora, eles já sabem da leucemia, dos remédios e de tudo ok. Lembra que eles te amam e só querem o seu bem
-Ok
-Vou chamar o psiquiatra
Isabela e Dr. Edmond conversaram por uns 40 minutos, e o psiquiatra resolveu que liberaria a monegasca, se ela voltasse e fizesse testes, de acordo com os termos de Malena.
-Vou chamar sua família, e Isabela, a dor nunca passa, mas a gente pode transformar ela em outra coisa- Dr. Edmond fala dando um sorriso para a monegasca.
Todos entraram na sala e Isabela os olhou entrar. Seus olhos pararam no irmão mais novo que tinha os olhos inchados. Ela estendeu os braços e ele entendeu que era para ele.
Arthur sempre achou o abraço da irmã o melhor lugar do mundo. Arthur sabia que a mais velha tinha um abraço só para ele, que nem Charles, nem Jules e nem Max poderiam sentir. O abraço de Isabela era um reino encantado, um reino encantado só dos dois, ele moraria ali facilmente.
-Me desculpa maninho
-Não se desculpa, por favor, nada disso é sua culpa e você não merece essa merda toda na sua vida. Independente de tudo eu te amo Isa, pra sempre.
-Eu te amo Arthur, pra sempre carinha.
Os dois soltaram o abraço
Pascale logo se sentou ao lado da filha na cama
-Como é bom te ver bem meu amor
-Me desculpa mãe
-Está tudo bem filha- A mais velha beijou a cabeça da filha
-Eu queria pedir desculpa para todos vocês, sei que eu deixei todos preocupados, mas eu vou me esforçar pra ficar bem. Sei que estão sabendo da leucemia também e eu vou seguir o meu tratamento à risca pra dar tudo certo
-A gente ta aqui pro que você precisar Isa- Colin fala passando a mão no pé dela
Isabela não precisava de muita coisa. Tudo que ela precisava pra melhorar, ou pelo menos tentar, estava naquela sala.
Ela sentiu falta de Lorenzo ali, mas fez uma nota mental para perguntar para Mia o que aconteceu mais tarde.
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