capítulo 10

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**Informações importantes**

1º A primeira vez que este livro foi postado, ele tinha dois finais diferentes. Um na versão Amazon e outro na versão Wattpad. Aqui será postado a segunda opção.

2º - Livro já se encontra a venda no Amazon por 5,99 ou na versão impressa por 26,00+ frete.

3º - Será postado 02 vezes por semana. E será colocado até o final sem epílogo. 


 Saímos do carro carregando as nossas compras e procurando um lugar para nosso piquenique. Logo avistamos o lindo casarão antigo da família Lage e decidimos nos sentar de frente para o mesmo e perto do chafariz. Fiquei extasiada com tamanha beleza desse parque, apesar de já estar a quase um ano no Rio, não tinha tido tempo de visita-lo e me arrependi de não tê-lo feito antes.

  É tão bonito quanto o jardim botânico, mas possui um charme próprio dos anos 20 , mesclado com uma linda fazenda, me senti num filme antigo com tal paisagem.

  O mesmo estava cheio, mas ainda havia lugares vagos no grande gramado em frente a antiga casa, nos acomodamos de forma preguiçosa e estendemos a canga de modo a colocarmos todos os quitutes sobre a mesma.

  O clima entre nós estava calmo e íntimo, parecia que nos conhecíamos a anos e não somente a poucas semanas, me fazendo deixar para trás toda a angustia que havia passado no dia anterior e logo pela manhã.

  Meu alemão tinha esse poder sobre mim. Energizando me e tomando tudo para si, com ele conseguia esquecer meus problemas e tristezas, acreditando que o futuro poderia reservar algo muito melhor.

  Tommas me deitou sobre a canga na qual havia espaço de sobra para nós e as comidas, e se acomodou ao meu lado, com a cabeça apoiada em um dos braços.

-  Tem idéia do quanto é linda? — disse-me quase num sussurro.

  Abri um sorriso escancarado e dei de ombros. Sempre me senti envergonhada ao ser elogiada.

-  Sou uma pessoa normal. Não me sinto nem feia e nem bonita, acho que estou mais para comum.

  Ele balança a cabeça de forma negativa e sibila:

-  Você não tem noção de como chama a atenção morena. É alta na medida certa, tem um corpo lindo e esbelto e um tom de pele maravilhoso. — Dá uma gargalhada e diz:

-  Faria muito sucesso no meu país , no meio daquele monte de gente branca. Com certeza chamaria a atenção pela sua beleza exótica.

  Me senti lisonjeada pelas suas palavras e nos beijamos de forma carinhosa. Com tal proximidade fiquei curiosa para conhecer mais daquele deus germânico na minha frente, pouco sabia sobre a família e rotina de Tommas, a não ser as poucas informações que recebi logo que nos conhecemos.

-  Posso te chamar de Tom? — ele sorri com aqueles maravilhosos dentes brancos e responde:

-  Claro Bia, apesar de ninguém me chamar assim, nem mesmo minha família, não me incomodo com isso. — fico nas nuvens que aos poucos vamos nos entendendo.

-  Você sabe a minha idade mais eu não sei a sua Tom e nada sobre a sua vida.

  Ele fica um pouco pensativo e se instala um silêncio incomodo entre nós. E logo me arrependo de ser uma abelhuda de boca grande . E tento conserta meu erro.

-  Tudo bem Tom. Se você ainda não se sente confortável para falar sobre sua intimidade, eu entendo e não vou ficar chateada por isso.

  Ele parece se recuperar de um transe e me olha intensamente.

Um amor estrangeiro(Somente degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora