1. TULIPAS AMARELAS

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Tulipas amarelas significam um amor sem esperança.

[Reino de Arcker, 1839 d.C.]

— Jungkook, você está prestando atenção?

— Sim, mestre!

Não, eu não estava prestando atenção, nesse momento estava preocupado com algo mais importante do lado de fora da janela.

O Príncipe Jimin, era o homem que tinha meu coração por inteiro, não podia evitar de me desconcentrar quando o via passear nas ruas do reino, com exatos 5 guardas, que já me conheciam muito bem.

— Peguem seus livros de Astrologia agora, página 406. — Mestre Namjoon, ordenou para toda a turma. Rapidamente uma ideia surgiu em minha mente, provavelmente iria me colocar em uma situação complicada, mas valeria a pena.

— Essa não! — Exclamei. — Acho que deixei meu livro no quarto, será que posso ir buscar, Mestre? — Perguntei. Sabia que ele não poderia negar um pedido como esse do aluno mais inteligente da turma.

— Vá.

Deixei a sala e fui até a rua, com muito esforço avistei a frota de armaduras à alguns metros de distância. Corri como uma corsa fugindo de caçadores, para chegar até o meu alvo. Quando finalmente o alcancei, parei em sua frente ofegante e o reverenciei.

— São pra você. — Eu estava correndo, mas ainda sim podia parar para colher algumas flores.

— Tulipas? — Ele revirou os olhos enquanto as tirava da minha mão. — Desta vez você se superou, plebeu.

— É sua cor favorita, por isso escolhi essa.

Era impossível não reparar em cada detalhe dele. Seus cabelos prateados, os olhos azuis como o céu e as roupas impecáveis e estupidamente bonitas. Príncipe ou não, ele era lindo como o nascer do sol.

— Você sabe que não pode me conquistar, não é? — Ele cochichou.

— Mas ainda posso tentar. — Pisquei. — Agora, com licença, vossa alteza, preciso voltar à aula! — Me despedi com uma reverência.

— Até outro dia, garoto! — Um dos guardas gritou.
— Está cada dia mais bonito, Caesar! — Respondi a ele.

Caesar era o único que de certa forma apoiava meus encontros desajeitados com o Príncipe, eu tenho sorte por ele ser o general. Por isso nunca fui preso por nenhum dos guardas.

Voltei o mais rápido que pude e claramente, sem livro nenhum e é óbvio que ele não ia deixar isso passar.

— Encontrou seu livro? — Pensa, pensa, pensa.

— Na verdade, acho que só não procurei direito na bolsa, Mestre. — Entrei, me sentei e comecei a revirar novamente a bolsa. — Não disse, aqui está!

— Não saia mais, até o fim da minha explicação. — Ele sempre faz isso.

Escutei toda a explicação sobre feitiços, poções e locais para encontrar matéria prima, torcendo para aquela aula acabar logo, afinal eu e meu Mestre tínhamos coisas muito mais interessantes para fazer.

E agora finalmente meu dia vai começar.

Namjoon foi discípulo do meu pai, aprendeu tudo que sabe com ele e aperfeiçoou com o tempo. Pelo que sei, ele é o feiticeiro mais cogitado e poderoso desse reino, muitos já tentaram chegar perto das coisas que ele faz, mas ninguém nunca conseguiu nem 1/3. Tenho orgulho de ser aluno dele, porque é como se fosse meu pai me ensinando, já que Namjoon foi seu aluno.

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