14. ASTROMÉLIAS

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Astromélias simbolizam riqueza.

[Reino de Arcker, 1839. - Narração Jimin]

Aquele portal tinha cores vibrantes de vermelho, dourado e preto. Cores intensas que simbolizam coisas extremamente óbvias sobre o Príncipe.

Engraçado como é fácil ler pessoas como ele, angustiadas, solitárias e arrogantes, essas sempre são as mais fáceis, porque tentam cobrir toda a escuridão de dentro com uma armadura por fora.

Depois de alguns minutos, pude ver a saída, uma passagem onde passava a luz fortemente me impedindo de abrir os olhos por alguns segundos, mas logo que atravessamos pude ver uma paisagem magnífica que iam de flores super coloridas à árvores tão altas como os prédios de Nova Iorque, ao longe era possível ver um castelo de paredes brancas e torres com os topos azuis, era como se eu estivesse entrando em um livro de história. Eu estava preso, mas ainda sim maravilhado com a beleza daquele lugar.

— Vamos para o castelo. — O Príncipe ordenou, pouco antes de uma figura masculina aparecer na nossa frente como um feixe de luz.

— Vossa Alteza. Permita-me acompanhá-lo. — O homem alto de cabelos escuros disse, recebendo apenas um aceno de cabeça.

O mesmo direcionou o olhar para mim logo depois que o Príncipe passou por ele, me fitava com pena.

Após uma longa caminhada, chegamos ao castelo. A porta principal era de madeira de Buloke Australiano era decorada com prata e bem no meio havia um cadeado de cobre. Logo que chegamos em frente a ela, os guardas abriram-na, dando espaço a visão de um hall coberto de prata e cobre, com uma escadaria enorme a alguns metros da porta principal.

No teto havia uma pintura de uma paisagem do reino, porém no formato de uma redoma, parecia ter sido pintado todo à mão. Os pilares eram de mármore branco, assim como o chão e as paredes e eram altos o suficiente para competirem com o Empire State Building.

— Chame o Rei e diga que estou esperando na Sala do Trono. — O Príncipe deliberou para uma das criadas.

Andamos entre um corredor e outro. Neles as paredes repletas de pinturas em aquarela chamavam atenção, assim como os móveis e objetos reluzentes, de ouro e pedras preciosas.

Eu estava tão distraído observando os detalhes que mal me toquei que havíamos chegado ao que (em meu leigo entendimento sobre isso) supostamente seria a tal sala do trono, até porque uma sala gigante com um vitral enorme e três poltronas com estofados vermelhos e estrutura de prata, só poderia ser.

Os guardas não me deram respiro nem por um mísero minuto. Continuavam ali, segurando meus braços sem esboçar nenhum tipo de reação.

Um outro guarda apareceu no meio da sala, este usava armadura de prata, diferente dos outros dois ao meu lado, ele segurava um bastão que usou para bater com força no chão duas vezes seguidas.

— Senhores! O Rei está a caminho. — Ele bradou.

Não demorou muito para que os guardas se curvassem, para a figura que exalava poder e exuberância à nossa frente, usando vestes em tons de azul e detalhes em prata, não posso mentir, o homem era lindo. Os cabelos do Rei eram pretos e os olhos também, diferente do Príncipe seu olhar exalava tranquilidade e compreensão.

— Papai. — O Príncipe dobrou seu corpo levemente diante do pai.

— Que bom que está seguro. — O Rei ainda não tinha percebido minha presença. — Aliás, onde esteve este tempo todo? Já estava mandando os guardas procurarem você.

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