Final alternativo parte 2.

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Aurora Grace.

Chicago, Illinois.

Minha cabeça ainda tenta associar os fatos. Inacreditável.

— Consegue ver? - ele questiona novamente.

Claro que consigo. Consigo ver perfeitamente as imagens que nós sempre sonhamos em ver.

— Meu. Deus. - silabo ainda incrédula. Cubro minha boca com a mão e me apoio na bancada.

— O pulmão esquerdo está limpo. - o pneumologista diz. - Os tumores simplesmente desapareceram.

Justin vai simplesmente enlouquecer.

— E-eu não consigo acreditar... Isso é sério mesmo? - questiono e eles confirmam. - Caramba... Meu deus...

— Apenas duas manchas no direito. - ele observa. - É um milagre, Aurora. Definitivamente.

Eu assinto.

É claro que é. Fazia pouquíssimo tempo que o pulmão esquerdo estava comprometido e agora ele está completamente limpo.

É um misto de sensações. Estou surpresa, mas também extremamente feliz, é a notícia que todos nós estávamos esperando. É a confirmação de que nosso trabalho está dando certo.

— E-eu preciso avisá-lo. Justin precisa saber. - digo logo afobada.

— Calma, Grace. - um deles diz rindo baixo. - Primeiro se recomponha. Depois nós tiramos ele e aí sim você conta.

Eu assinto nervosa e então eles começam a retirar Justin da máquina.

Como será que ele iria reagir?

Seu corpo esguio segue para outra sala e então ele reaparece com suas roupas normais. Vou o seguindo com o olhar pelo vidro e então um sorriso aparece involuntariamente em meu rosto. Meus pés formigam.

Nós estamos então na sala de controle a sós, sem os médicos que haviam saído há três minutos.

Bieber me olha sem esperança, como se estivesse aguardando novamente a mesma notícia: "nós achamos novos tumores nos seus pulmões". Mas dessa vez não é isso que eu tenho pra dizer.

Antes que ele pense em falar algo, pego em sua mão, entrelaço nossos dedos e vou guiando por entre os corredores do Memorial até pararmos na sala em que nos casamos.

Ou melhor, escrevemos nossos votos.

— Mas o que voc-....

Antes que ele tente, puxo uma cadeira e o faço sentar, e então sento em seu colo em seguida, exatamente a mesma posição em que estávamos naquele dia.

— Queria te contar em um lugar especial. - sorrio de canto enquanto ele me olha levemente assustado.

— Sobre...?

— Seus resultados.

E o loiro suspira.

— O que temos dessa vez? Tumores pelo fígado? - debocha em um tom amargo.

Nego sorrateiramente.

— Dessa vez nós temos seu pulmão esquerdo totalmente limpo. - respondo em alto e bom som.

Os braços dele estão enrolados em meu corpo e logo após a notícia sinto que Justin se afasta imediatamente.

— Como?

— É, limpíssimo. Zero.

Aquelas órbitas carameladas me encaram perdidas. Elas passam por toda a sala e param em mim novamente.

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