um mundo chamado poesia

29: Queda no limbo

Meu limbo
Me encontro em ti
Tão sozinha em sentimentos
Tão banhada na ilusão do amor
Meu limbo que diz que sou tão frágil para amar
Meu limbo em minha queda
Queda de anjos quebrados
Queda de desencontrados
Canções cantadas com lágrimas de tristezas
Lágrimas que lavam o amargo de meu ser
Meu limbo e minha queda
Foi aonde te encontrei
Foi aonde me apaixonei
E foi aonde me quebrei
Meu limbo de ilusões
Aonde sonhei que te amava
Aonde pensei que existia além do mar
Dos céus te olhei e te amei
Do limbo te vi e me encantei
Dois pecados se misturando e se amando
Em parte de mim que me partiu em partidas de ti
Até um coração sanguíneo se torna poético quando quebrado
Em horas iguais quis te encontrar
Porquê eu quis tanto te amar?
Era o romântico humano que foi me contaminando sem minhas condições despertar
No limbo nem tudo é lindo mas foi tua voz que de lá ouvir
Seu grito dolorido
Era dor e me encantei por isso
Achei bonito
Por isso cair
Paixão, palavra que nunca tinha conhecido
E foi isso que se voltou contra mim
Em fogo clamaste como se fosse tua salvação
Era como uma bela canção
sua voz de pecador então me envolveu
Foi tão forte que cedi
E por teu amor morri
Caí nesse limbo de corações partidos
E dele não sabia mais fugir
Do limbo me tornei rainha então
Rainha quebrada e enganada por ti
Ainda posso ver o azul dos meus sonhos
Ainda posso ouvir o cantar dos anjos
Meu coração não se esqueceu
Ainda choras por ti
Você foi embora aos poucos
Enquanto eu ainda procurava tua paixão
Tua paixão que se escondeu de mim
Não esqueci
Por isso não quis sair dessa tua ilusão de mentiras
No limbo caminho em direção a um alguém perdido no tempo contínuo
Ainda escuto aquela canção de ninar
E espero ser escolhida para aquela dança tão prometida
E caminhar para o sol que se põe
para a lua que ilumina a escuridão
Para às estrelas que me fazem desejar
E para os infinitos universos e suas possibilidades de emoções
Para eles quero andar e aprender o que é paixão de verdade
Ser do limbo não é minha única direção, então se preciso vou andando em desertos e lutando com escorpiões
Voltar ao meu eu novamente
Um eu que sabia sorrir mesmo na solidão
Voltar novamente
Mesmo sendo um vaso quebrado
Aínda assim com essas rachaduras vou seguindo em frente
Recuperar minhas asas
E para o céu voar novamente
Aprender ser livre na mente
Sem àquelas terríveis correntes em meus tornozelos
Sem quedas de desesperos
Se tornando livre novamente
E dessa forma sem o limbo lhe fazendo prisioneira
Prisoneira da paixão.