32 | depois da tempestade, há um arco-íris

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HASSELT, 2020

O cheiro de terra, misturado com o aroma de flores, entrou pelos poros de George, assim que ele pisou para fora do carro, em frente a casa dos Hayes.

O céu azul estava repleto de nuvens escuras, que começavam a se agruparem, dando a todos a noção de que poderia cair água a qualquer momento. O Sol ainda teimava em iluminar o dia, mas em pouco tempo, não poderia resistir aos avanços das nuvens de chuva.

A copa das árvores balançavam em ritmo dançante de acordo com o vento que batia em suas folhas, trazendo frescor. Os pássaros cantavam ao longe, em uma sinfonia alegre e deliciosa de ouvir, as borboletas se perdiam pela extensão do campo que parecia não ter fim.

Aquele era um pedaço do paraíso, foi a primeira coisa que passou pela cabeça do piloto. Imediatamente, ele entendeu a escolha de Blue ao permanecer ali, pelo tempo que fosse necessário. Ele também gostaria de ficar naquele lugar por um tempo.

As coisas dentro da escuderia inglesa estavam em fase de adaptação. Os novos donos se instalavam aos poucos, trazendo uma metodologia diferente, mas que tentava não apagar os grandes feitos que a família Williams tinha deixado.

George sentia muito a falta de Claire, não poderia negar, no entanto, ele precisava abrir a mente para receber tudo que estava por vir. Por isso, o sossego daquele lugar, lhe trouxe alento e calmaria, o fazendo querer ficar ali pelo tempo que fosse, sem problemas, trabalho e uma série de fatores que mexiam com sua cabeça.

O piloto olhou em direção a casa e soltou a respiração, esvaziando-se do nervosismo que sentia. A palma de suas mãos suavam como torneiras, mesmo com a temperatura média. Ele queria entrar por aquela porta e abraçar a namorada, lhe beijando em seguida.

— Vem, vamos! — Marie se aproximou, tocando o ombro dele. — Vamos entrar. — sugeriu, fazendo o caminho até os degraus da pequena escada que dava para a varanda da casa.

George suspirou mais uma vez e seguiu a engenharia, fazendo o mesmo trajeto da loira. Os dois pararam em frente a porta e Marie bateu na madeira, ouvindo um grito em resposta. Em segundos, a estrutura de madeira foi aberta, revelando Cate e um sorriso surpreso.

— Oi, Marie! — a italiana saudou a loira, olhando para o piloto em seguida. — Oi, você é o George, certo? — o britânico sacudiu a cabeça em concordância, dando um sorriso fraco.

— Sim. — ele confirmou. — Muito prazer em conhecer você. — estendeu a mão para que Cate apertasse.

— É bom conhecer você. — ela disse sincera. — Eu sou Cate, a noiva do Derek. — George sacudiu a cabeça. — Entrem e fiquem a vontade. — deu espaço para que os dois entrassem.

BLUE | GEORGE RUSSELLOnde histórias criam vida. Descubra agora