NOTAS DA AUTORA: OI, ANARQUISTAS!!
Já podem começar a me xingar pela demora porque dessa vez vocês tem motivo para isso! rs Estive sumida das redes sociais devido a uma extração de juízos que precisei fazer, mas agora estou de alta e está tudo certo. Inclusive, os dias de repouso me deixaram animada para voltar com Cliff a todo vapor. Espero que o próximo cap não demore tanto, pois temo que se esqueçam de Cliff e de mim. ):
Se gostarem do capítulo, comentem muito para eu entender que ainda estão por aqui, o.k.? ;;
Obrigada a @nxshyms que betou o capítulo na semana do aniversário dela e merece o mundo todinho por isso. Grata por tanta dedicação!
Boa leitura, pessoal! ♡
- - -
A Sombra que assusta o branco e se apaga madrugada afora é uma pobre peregrina ao nosso desencontro. Eu me apresento apenas na sua ausência ou quando ela age pelos cantos, amarrando-se pelos dedos, copiando os meus movimentos e ficando em pé enquanto ainda não é cedo. Sombra não nasce, é lapidada e se quebra ao alvorecer. Sombra não morre, mas permanece no domínio alheio. Resta meio de lado, meio em silêncio, meio para baixo, desejando a completude que engavetou em segredo. Sombra dorme no alçapão e veste os monstros de linho, colhidos para o jogo cênico. Sombra é um monólogo interno, correndo pelo palco e abraçando a verosimilhança em protagonismo. O roteiro é falho e a plateia assopra todas as respostas. Até que chego, titeriteiro, manipulando o ritmo pelas sutis linhas e como um aposentado pantomímico, soliloqueio. Te sirvo à tônica em verso, onde os fonemas são atendidos e a linguagem é ensinada.
Eu me inspiro em espaçamentos e expiro contextualidade, nas vogais e soantes, compondo pensamentos para desgastar o tinteiro e resgatar a unicidade. Sombra, acorda só por um instante que o café já esfriou na garganta e o seu coração está hiperventilando! Aponte-me qualquer melodrama ou até mesmo um ponto cego no paraíso e me desafie, olhando dentro dos meus olhos para acusar a minha inocência pelas suas inconsequências romancistas.
Nas palavras é onde eu me desfaleço e no sétimo dia, é quando eu me reescrevo. Benjamin que se cale por um momento, faça silêncio arteficialístico, e me assista criar o que ele falhou ao se atrever a enumerar. Nesse roteiro, sou cinéfilo andante e não me perco, mas amarro as cenas dos bastidores e ensaio sentimentos para performar um roteiro enxuto, para os maiores dos problemas e as menores das soluções. Nesse enredo, saúdo-me enquanto com versos, descanso para me ditar. Sou o teu projetor em cena, espelhando para anotar.
Sombra, cative-os e incendeie esse chão infestado de dinheiro enquanto eu levito pelas paredes, gargalhando, quebrando na quarta tentativa e tecendo calhamaço, contando o tempo que empreguei para juntar toda essa papelada conforme as cortinas vão se fechando. E quando eu cair de lá de cima, por um mero acidente do destino, tinja-me num retrato e conserva-me na sua estante, apertando a minha estória entre outras histórias porque eu nunca fui de mim mesmo. Espalhe o luto e ajeite a minha casa, jogando todos os papéis vazios no inferno, pois no meu repouso, me tornarei aprendiz e conhecerei a verdade, e a verdade libertará a minha saudade.
Arte é identificação. E reverboreando-a, recitarei as escritas para quem ficou e quiser se ler. Sou Reflexo, e você tem o meu endereço.
- - -
ESPANHA, BARCELONA.
Este é o Caminho. O lema era popular dentro da Associação. Por esse motivo, pisar em fronteiras desconhecidas nunca foi o meu forte. Os trovões costumavam me assustar nas demarcações e eu sempre acabava voltando para a única estrada que aprendi. Para o único caminho que ainda me lembro. E o que também me faz esquecer de quem eu sou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CLIFF | ChanBaek
FanfictionByun Baekhyun odiava perder. O pseudônimo repetido pelos torcedores era o mesmo. Serpiente Azul, o prodígio em motocross, luta de rua e a persona que Baekhyun tinha criado. Em busca de um corpo para treinar suas técnicas de tatuagem, além de um quar...