A Filha Escondida Do Olimpo II - Um Novo Olimpo

Cicatrizes

Tempi

Conforme meus olhos notam o que realmente está acontecendo e minha mente absorver a dor à minha volta, o desespero em meu sangue percorre cada vez mais rápido. Aquela sensação da primeira vez que vi essa imagem vem à tona como uma bola de basquete pode entrar facilmente na sua cesta, da mesma forma uma flecha consegue sair de seu arco e acertar o alvo com apenas uma mira.

Meu irmão, Hades, continuou observando meus olhos, que, apesar de estarem perdidos, conseguem focar à minha frente, sentindo a dor, sofrimento e a aflição. Ao sentir minha única lágrima percorrendo meu rosto assustado, sinto sua mão - mesmo sendo o dono do Submundo, consegue ser tão delicado quanto uma pena - recolhedo-a, acariciando meu semblante dolorido, tentando encontrar algo para me acalmar.

Ao longe, noto Apolo olhar-me, protegendo um de seus filhos, quando terminou uma de suas lutas, entregou um arco mágico para o filho, que logo começou a jogar flechas flamejantes nos monstros que tentam machucar. O Deus do Sol correu até onde estou, tocando o ombro de Hades, que apenas o olhou confuso, sem entender o que eu estou sentindo. Vejo apenas meu amigo sussurrar algo em seu ouvido e então o semblante de meu irmão muda, podendo observar a raiva e a tristeza em seu olhar. Antes mesmo que pudessem dizer algo, um grito alto fez nós três encararmos um ao outro e meus olhos arregalam forte ao notar de quem é. Eles tentam me segurar, mas meus braços se desviam facilmente, sentindo meus pés pisando fundo no chão.

Desvio de lanças, sangue, dor e diversos outros gritos antes de chegar ao principal. Vejo o corpo de Grover no chão e em cima do seu corpo uma Benevolente tão feroz e com sangue em seus olhos, a raiva presente em seu corpo de monstro e grande comparado com o corpo pequeno. Vejo as garras prontas para acabar com o corpo frágil de um ser tão desastrado, mas gentil do generoso Sátiro, porém, me supreendo ao ver meu irmão Zeus entrar na frente e transformar em pó e voltar, a nada e delicada Benevolente, para o seu devido lugar.

Zeus carregou Grover com seu jeito delicado de ser, apesar de ser conhecido como um Deus bruto, meu irmão consegue ter uma delicadeza com seres que sabem seu lugar e que conseguem sua confiança. Meu irmão observou a sua volta e seus olhos param nos meus, mas logo o desespero se tornou presente no verde vasto de seus olhos.

Um grunhido alto e forte juntamente com a respiração ofegante, um pouco acima da minha cabeça, onde meus cabelos balançam de acordo com o soprar que sai das narizas enormes do monstro. Essa mesma respiração vaga sobre minhas vastas e conturbadas lembranças, relembrando claramente de uma das minhas primeiras brigas com um monstro como esse.

Quando menos espero, sinto as mãos brutas do enorme monstro me segurando nos braços juntamente com meu corpo, erguendo alto. Estou pronta para sentir meu corpo sendo jogado com força, mas não deixo isso acontecer. Como meus pés estão perto do rosto do Minotauro, chuto com força seu nariz, sentindo meu corpo quase cair em um dos seus chifres, mas esquivo das pontas segurando com força neles, caindo no chão, de costas para ele. O Minutauro, curvado para trás resmungando ainda pela dor no rosto e suas costas estarem parecendo uma ponte, tenta novamente me ter em suas mãos, mas sou mais ágil e puxo seu corpo. Jogo seu corpo passar por cima do meu e vejo ele cair em cima de outro Minotauro, com sua barriga sendo dilacerada pelo chifres e logo se transformando também em pó.

Ao lado daquele Minotauro atingido está Clarisse, como rosto espantado pelo ato ter acontecido ao seu lado. Seu rosto se move até encontrar o meu, com os arregalado, vejo sua mão segurando uma lança e, em poucos segundos, vejo essa mesma lança passar lado do meu rosto, centímetros para não acertar meu rosto. Ouço um grito atrás das minhas costas e, com o vento leve que passa pelo Acampamento, vejo o mesmo pó do Minotauro. Ao olhar para trás vejo apenas o restante de uma Benevolente antes de torna-se totalmente em pó, como o mesmo monstro que matei há pouco.