ATENÇÃO!! ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS FORTES DE TORTURA! SE SENTE RUIM LENDO, POR FAVOR, PELO SEU BEM, PULE ESTE CAPÍTULO.
Eu achei pesado e aguento muita coisa, então, por favor, se você não se sente confortável com tortura, NÃO LEIA PARA O SEU BEM!
Tempi
A felicidade foi embora quando escutei a sinfonia do lugar. Não abri meus olhos desde que cheguei nesse novo lugar, mas os pedidos de ajuda e por perdão eram constantes, junto aos meus arrepios. Os gritos eram assustadores, na maioria pareciam ser de dor e sofrimento, eu sinto pavor estando nesse lugar, mesmo ainda não tendo coragem de abrir meus olhos, o lugar em si mostrava quem era. Eu cubro meus ouvidos pelos gritos, que aumentavam cada vez que eu insistia em dizer a mim mesma para não abrir os olhos, meu corpo se encolheu e minha cabeça ficou rente ao meu peito, como se quisesse me proteger de algo. Meu pavor aumenta quando sinto mãos segurando meus pulsos, fazendo eu abrir meus olhos e olhar para os meus pés, percebendo o quão sujos estão, de sangue. As mãos ainda seguravam meus pulsos, às vezes apertando, outras apenas mexendo meus dedos, como se estivesse testando minha pele, para ver se era real.
Meu corpo permaneceu no mesmo lugar, sem mover um músculo, como se estivesse preso em um transe. Minha mente dizia que algo estava errado, que eu fugir, pois aquelas mãos não estavam apenas me segurando, e sim me prendendo neste lugar. Eu sentia que deveria correr, sair dessa prisão que não me deixava fazer o que eu queria. De primeira, apenas comecei a mover meus olhos, não apenas focando nos meus pés, mas tentando observar tudo que conseguia a minha volta. Depois tentei levantar minha cabeça, bem devagar, como se qualquer movimento em falso, eu quebrasse meu pescoço. As mãos, que antes pareciam apenas segurar com delicadeza, começou a apertar, fazendo as unhas cravarem lentamente na minha pele.
- Inferno - Sussurro, sentindo as unhas irem mais fundo na minha pele.
Eu continuo tentando levantar a cabeça, tendo cada vez mais a visão daquele lugar, na qual, uma parte de mim dizia já conhecer. Eu conseguia sentir as unhas entrar lentamente na minha pele, era agonizante, ainda quando sinto uma gota escorrer e cair no meu ombro, deixando mais sangue na minha camisa. Naquele lugar eu não sentia dor, as vezes que eu deixava de olhar o lugar e ver meu corpo, eu observava meu joelho totalmente arranhado, com sangue e sujeira, mas não sentia dor. As unhas que enterravam na minha pele deveriam doer, mas era apenas uma sensação muito estranha, incômoda, como se fosse de propósito. E era por causa disso que eu não conseguia sair dessa enrascada.
Parecia que meu corpo queria que sangrasse, ele procurava dor enquanto as unhas entravam na minha pele, procurava alguma coisa que pudesse me machucar. Como se só dessa forma eu pudesse sair. Tento me concentrar em algo que não seja a agonia de não sentir dor, olhei novamente a minha volta vendo que estava em algum tipo de sala. As paredes eram de tijolos, cor vermelho sangue, não tinha janelas e onde era para ter uma porta ou algo para bloquear a saída, havia nada. Eu podia simplesmente sair correndo daquele lugar, procurar alguma ajuda e sair desse inferno, mas meu corpo não respondia mais minha cabeça, estava presa e nem era por alguém ou coisa. Meu próprio corpo estava preso nele mesmo e eu não sabia o que fazer.
Minha mente buscava qualquer resposta que poderia me tirar daqui. Um ponto forte, é que não existia um bloqueio no lugar que estava, tudo estava ao meu favor para fugir desse quarto, menos o meu corpo. Comecei a sentir minhas pernas tremerem, não era por medo ou de ficar muito tempo parada, e sim pela adrenalina estar acumulada no meu corpo. A adrenalina queria passar por cada veia no meu corpo, acelerar meu coração e fazer eu ouvir meus próprios batimentos, fazer meus olhos dilatarem tanto até que não tivesse mais cor, apenas o negro das pupilas. Minhas mãos não deixavam eu ouvir direito o que acontecia a minha volta, estavam abafando gritos que me deixavam horrorizada, mas também não deixava sussurros que me deixavam curiosa.
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A Filha Escondida Do Olimpo II - Um Novo Olimpo
AksiPrimeiro livro: A Filha Escondida Do Olimpo. Tempi irá passar pelo inimaginável, como se já bastasse a sua morte, novas coisas estão por vir. Irá relembrar visões, que apesar de diferentes, vai marcar como suas cicatrizes. Os sentimentos profundos...